tag:blogger.com,1999:blog-42116698553666112902024-03-12T23:07:37.731-03:00O contorno da sombra“Talvez haja mais compreensão e beleza na vida quando os raios ofuscantes do sol foram suavizados pelos contornos da sombra."
(Virginia M. Axline)Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.comBlogger4049125tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-894729809842785202018-02-02T11:00:00.015-02:002022-11-28T10:05:49.719-03:0010 anos de blog e 1 adeus<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-MaCsHUc72xI/WkbPRVsTisI/AAAAAAAASHo/3b1Hd6GSskMysITlihd2kvzB89F7kpPbQCLcBGAs/s1600/time-to-say-goodbye-10.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="990" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-MaCsHUc72xI/WkbPRVsTisI/AAAAAAAASHo/3b1Hd6GSskMysITlihd2kvzB89F7kpPbQCLcBGAs/s640/time-to-say-goodbye-10.jpg" width="608" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Poppins;">No longínquo dia 2 de fevereiro de 2008, começamos este blog com os melhores propósitos, mas ainda sem saber ao certo aonde iríamos chegar e até quando estaríamos no ar.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">O tempo — este velho senhor da razão — se encarregou de nos dar a resposta. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span>Dez anos no ar, mais de 4.000 artigos publicados, alguns milhões de páginas vistas por alguns milhões de visitantes, um infarto (do Helio) e um AVC (do Gustavo) vencidos e superados, muitas amizades que foram e continuam sendo verdadeiros presentes, algumas divergências pontuais mas nenhuma inimizade, zilhões de informações cuidadosa e imperfeitamente filtradas para serem compartilhadas, pequenas decepções e enormes alegrias, enfim... no balanço final, ficamos extremamente felizes com os resultados obtidos, muito além do que esperávamos quando demos o primeiro passo desta prazerosa jornada.
</span><br />
<span><br /></span>
<span>Afinal, <i><b>O Contorno da Sombra</b></i> durou mais tempo do que prevíamos e foi uma experiência muito mais fascinante do que imaginávamos.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Os queridos leitores já sabem que tudo que aqui divulgamos foi feito com enorme carinho e dedicação, sem interesses escusos nem quaisquer perspectivas de ganhos financeiros.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">Muitos artigos tiveram uma repercussão gigantesca e se tornaram referência para gente de todo tipo, desde pessoas que buscam auxílio para algum problema existencial que as aflige até trabalhos acadêmicos de universidades conceituadas, e também serviram de "gancho" para ótimas conversas e "incubadora" para grandes amizades.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span>E tudo começou com a proposta de se ter um olhar diferente do comportamento religioso na esfera pública, fora das 4 paredes das igrejas e do território do sagrado, para tentar compreender as suas muitas imbricações socioeconômicas, culturais, políticas e (às vezes) jurídicas com a realidade da vida, do cotidiano duro da gente feliz ou sofrida de todo o planeta.
</span><br />
<span><br /></span>
<span>Empenhamo-nos por publicar um amplo espectro de vertentes e visões de mundo de maneira que todos se sentissem representados e respeitados no nosso ambiente conjuntamente construído para a convivência pacífica de polos contrários. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">Exatos dez anos depois, portanto, chegou a hora de — serenamente — dizer adeus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span>Julgamos que a nossa missão foi cumprida. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Poppins;"><span><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Poppins;"><span>Foi uma experiência válida e validada por nossos leitores, além de muito gratificante.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Esforçamo-nos para deixar um legado bastante variado de textos e artigos criteriosamente selecionados que — até quando for possível — continuarão no ar e poderão ser lidos, relidos, pensados, debatidos, reconsiderados e contextualizados como o retrato detalhado e marcado com a profundidade de uma larga janela de tempo (no Brasil e no mundo) que teve seus dilemas próprios característicos identificados e esmiuçados.
</span><br />
<span><br /></span>
<span>Talvez daqui a 200 anos, se ainda existir o universo, eles proporcionem a um pesquisador do futuro um belo <i>insight </i>de um período em que, independentemente da angústia que caracteriza a busca humana por significado, fomos felizes e vivemos intensamente.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span><br /></span>
<span>Chegamos à conclusão de que é hora de baixar as portas de maneira tranquila e sensata.</span><br />
<span><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span>Aprendemos a identificar os sinais dos tempos em todas as áreas da vida e não temos nenhuma dificuldade em admitir que o ciclo deste blog se encerrou.
</span><br />
<span><br /></span>
<span>Resta-nos uma certa nostalgia no ar, permeada de ótimas recordações que nos animam a prosseguir em outras áreas, mas nos convence e conforta a ideia de que o fluxo e refluxo naturais e inexoráveis das ondas e dos sabores e saberes das nossas vidas devem ser assimilados e não teimosamente resistidos.</span><br />
<br />
<span>Tanto quanto for possível, manteremos no ar nossas páginas no <a href="https://twitter.com/blogocontorno" target="_blank">twitter</a> e no <a href="https://www.facebook.com/Blog-O-Contorno-da-Sombra-232445923441536/" target="_blank">facebook</a>. Siga-nos, adicione-nos e curta-nos por lá que, de vez em quando, segundo se nos apresentar a ocasião, compartilharemos artigos e avisos que nos parecerem relevantes para o conhecimento de todos.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Só este blog ficará sem atualizações constantes, talvez alterando apenas uma ou outra informação pontual que precise ser corrigida ou complementada. Se necessário, alguns comentários serão eventualmente respondidos e publicados.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Esporadicamente, quando sentirmos vontade de matar a saudade de emitir nossa opinião ou reflexão, publicaremos os textos no nosso outro blog, o <a href="http://peregrinauta.blogspot.com/" target="_blank">Peregrinauta</a>, que será atualizado sempre que se nos ocorrer a feliz conjunção de desejo e oportunidade. </span><br />
<span><br /></span>
<span>Acompanhe-nos lá pelo <a href="https://twitter.com/peregrinauta" target="_blank">twitter</a>, se quiser e puder nos dar esta honra.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span>Pensamos, agora, em nos dedicarmos a novos desafios, especificamente no portal <a href="http://www.e-cristianismo.com.br/" target="_blank">e-cristianismo</a>, onde temos uma atuação mais teologicamente concentrada em estudar e fornecer subsídios àqueles que — com um coração puro — procuram humildemente servir ao Senhor (2ª Timóteo 2:22).
</span><br />
<span><br /></span>
<span>Se pudermos ter o prazer de sua companhia, adicione-nos, curta-nos ou siga-nos na página do <b>e-cristianismo</b> do <a href="https://www.facebook.com/ecristianismo" target="_blank">facebook</a> ou do <a href="https://twitter.com/e_cristianismo" target="_blank">twitter</a>.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">É num desses lugares (ou em todos), que os amigos do blog poderão nos encontrar quando quiserem nos rever ou descobrir por quais paragens estamos caminhando.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">As matérias serão mais específicas e o trabalho será mais pontual e menos frequente, mas manteremos nosso foco na qualidade do material oferecido.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">Resta-nos, portanto, agradecer o carinho, a atenção e o respeito com que nossos amigos leitores nos brindaram e prestigiaram ao longo desta década.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">Esperamos tê-los servido bem dentro de nossas limitadas possibilidades humanas, e desejamos a todos vocês o melhor para suas vidas e suas buscas pessoais, intelectuais e/ou espirituais.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;"><span><br /></span>
<span>Permitam-nos que nos despeçamos ouvindo a aveludada e poderosa voz de Yolanda Adams cantando "Victory" no mais autêntico <i>gospel</i>, logo abaixo.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Reflete bem o espírito de gratidão e celebração com que anunciamos a nossa retirada deste pequeno palco virtual que nos deixa tão boas recordações.</span><br />
<span><br /></span>
<span>Fecham-se as cortinas, recolhemo-nos aos bastidores, mas — apesar das despedidas e dos sobressaltos — o espetáculo da vida continua para todos nós. Desfrute-o!</span><br />
<span><br /></span><span>Por gentileza, não se esqueçam de serem felizes!</span><br />
<span><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Poppins;">Muito obrigado e adeus!
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/B3mINTjVyEw" width="560"></iframe></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">
</span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-88618046772365498482018-02-01T11:00:00.000-02:002018-02-01T11:00:22.946-02:00As mulheres de Stalingrado, 75 anos depois<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-MvHum1CNfUA/Wm5GHBEygmI/AAAAAAAASL4/3G4Wtj13JUkd9w_6JZJEJnfs_aSfFiTZgCLcBGAs/s1600/lidia-litviak-en.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="600" src="https://2.bp.blogspot.com/-MvHum1CNfUA/Wm5GHBEygmI/AAAAAAAASL4/3G4Wtj13JUkd9w_6JZJEJnfs_aSfFiTZgCLcBGAs/s1600/lidia-litviak-en.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lydia Litvyak, a "Rosa Branca de Stalingrado"</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cinco anos atrás, comentamos longamente sobre a importância da batalha de Stalingrado nos destinos da Segunda Guerra Mundial e da humanidade como um todo, e convidamos você a reler esse artigo clicando <a href="http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2013/02/stalingrado-70-anos-depois.html" target="_blank">aqui</a>.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Amanhã, 2 de fevereiro de 2018, o planeta relembra os 75 anos do desfecho daquela batalha, que influenciou decisivamente na derrota alemã, para desespero de Hitler e seu delírio nazista, o que nos reacende a esperança de que o mal nunca tem a palavra final.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Nunca conseguiremos agradecer e valorizar o suficiente esse sacrifício de mais de 1 milhão de soldados e civis que deram sua vida nessa luta, mas - em homenagem a eles - republicamos aqui artigo do <a href="https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/26/cultura/1516972221_680345.html?%3Fid_externo_rsoc=FB_BR_CM" target="_blank">El País</a> que celebra especialmente as mulheres que mostraram a sua força em meio a tanta morte e insanidade:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">
75 anos de Stalingrado: o decisivo papel das mulheres na maior batalha da Segunda Guerra Mundial</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Com todos os homens no Exército, trabalhavam nas fábricas, dirigiam tratores e criavam os filhos.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Também tiveram de assumir todas as funções militares conforme o país perdia seus soldados
</i></span></div>
<br />
<strong style="background-color: white; border: 0px; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: "Benton Sans", sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: inherit; font-variant-east-asian: inherit; font-variant-numeric: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Lyuba Vinogradova</strong><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "benton sans" , sans-serif; font-size: 14px;"> </span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Passaram-se 75 anos do final daquela que foi certamente a maior batalha da Segunda Guerra Mundial, 75 anos desde o momento em que os russos, seus aliados e milhões de pessoas de todo o mundo deram um suspiro de alívio coletivo. Todos vinham acompanhando as informações de Stalingrado com angústia e de forma compulsiva, haviam perdido o ânimo quando parecia que o destino da cidade pendia de um fio, e se alegraram quando chegavam boas notícias. O aterrador e imparável avanço dos Exércitos de Hitler por toda a Europa desde 1939 se deteve. O preço foi a destruição de uma bela cidade à beira do rio Volga.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A caminho da cidade sitiada, em agosto de 1942, o escritor Vasili Grossman, que mais tarde elogiaria a heroica luta pela defesa de Stalingrado, notou repetidamente e com grande tristeza o imenso ônus que recaía sobre as mulheres. Com todos os homens incorporados ao Exército, elas tinham que se virar como podiam. Trabalhavam nas fábricas, dirigiam tratores e criavam os filhos sozinhas. Não tinham ninguém em quem se apoiar. Eram cada vez mais convocadas para cobrir os buracos deixados pelas terríveis perdas do primeiro ano de guerra. Começaram a assumir funções outrora masculinas. A espantosa catástrofe lhes endureceu o coração.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“Hurra, hurra, hurra! Os alemães estão totalmente destruídos, os prisioneiros de guerra partem em longas filas. Dá nojo vê-los. Cheios de muco, esfarrapados, congelados. São a escória!”, escreveu uma jovem de Stalingrado em seu diário em 3 de fevereiro de 1943. Referia-se aos soldados e oficiais do Sexto Exército da Wehrmacht, que haviam se rendido na véspera. Cerca de 100.000 prisioneiros, dos quais só metade sobreviveu. Andavam em fila e tentavam se manter perto dos guardas ou no centro da coluna, para estarem mais ou menos a salvo dos civis. Os alemães capturados ofereciam uma imagem patética: mortos de fome, enregelados e doentes, envoltos em mantas para se aquecer. Os guardas, em vingança pelas atrocidades germânicas, davam um tiro nos que não tivessem força suficiente para andar. E as mulheres, os velhos e as crianças do lugar se postavam no acostamento da estrada para tentar arrancar suas mantas, atirar pedras, empurrá-los, chutá-los e cuspir na sua cara. Depois de meio ano de uma batalha que cobrou mais de um milhão de vidas de soldados e civis, não restava qualquer compaixão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O objetivo da ofensiva alemã em Stalingrado era interromper as comunicações entre as regiões centrais da União Soviética e o Cáucaso e estabelecer uma cabeça de ponte a partir da qual invadir a região e suas jazidas petrolíferas. O ataque durou de meados de julho até meados de novembro de 1942, e sua interrupção ocorreu a um preço terrível para a URSS. Enquanto os soldados defendiam a cidade, os habitantes e centenas de milhares de refugiados vindos de outras regiões ficaram abandonados à própria sorte. Anna Aratskaya, que morava em Stalingrado, escreveu em 27 de setembro: “Nossa casa queimou, assim como a nossa roupa, que tínhamos enterrado no pátio. Não temos roupa nem sapatos, não temos um teto sob o qual nos refugiar. Quando este pesadelo terminará?”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A cidade havia se tornado um "gigantesco campo de ruínas" pelos bombardeios maciços dos alemães, particularmente o de 23 de agosto. Haviam ficado em pé algumas casas com janelas quebradas, algumas paredes ou uma chaminé. Muitos soldados "que nunca mais se levantariam jaziam nos pátios e nas ruas, centenas deles, mesmo milhares, mas ninguém os contava. As pessoas vagavam entre as ruínas em busca de comida ou qualquer coisa que pudesse ser útil". Vasili Grossman comparou esta cidade espectral com Pompeia, mas com a diferença de que, em meio do caos, restaram almas vivas, centenas de milhares delas. Os civis também lutaram brutalmente em Stalingrado, não pelo seu país, mas pelas suas próprias vidas e pelas de seus filhos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Sem teto, com as casas destruídas pelas bombas ou pelo fogo, não havia outro remédio a não ser tentar encontrar lugar em um barco para atravessar o rio Volga. Quantos morreram na costa esperando uma oportunidade de cruzá-lo, quantos se afogaram no rio quando suas embarcações foram atingidas por um projétil? Outros preferiram nem tentar. Tornou-se comum viver em buracos escavados na parede de um barranco. Muitos fizeram isso na costa íngreme do Volga, onde testemunharam cenas assustadoras na água. À medida em que avançavam os alemães, até quase chegarem ao rio, as pessoas também tiveram que abandonar esses buracos. Como sobreviveram durante os meses que a batalha durou? Muitos morreram pelas balas de franco-atiradores alemães enquanto tentavam encontrar cereais queimados nos locais destruídos. Outros arriscaram suas vidas para roubá-los do Molino Gerhardt, protegido por soldados soviéticos. "Quando acabou o cereal, comemos lama", lembrou um sobrevivente.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Talvez o próprio Stalin, ou algum de seus colaboradores, ordenou que fosse proibida a evacuação de civis? Realmente existiu essa ordem ou, como em tantos outros lugares, simplesmente não havia recursos suficientes para evacuar a população porque o rápido avanço dos alemães pegou-os de surpresa? Dizem que havia, sim, uma ordem implícita de Stalin para manter os civis na cidade para que os soldados, muitos dos quais eram locais, lutassem com mais paixão para proteger suas famílias.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-mU3u3YZ42SY/Wm5HYZnNFiI/AAAAAAAASME/hNTC8NwFjGMdZypOFlHXOU64Mg8ayPsXwCLcBGAs/s1600/women%2Bred%2Barmy%2Bwwii.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="635" height="428" src="https://2.bp.blogspot.com/-mU3u3YZ42SY/Wm5HYZnNFiI/AAAAAAAASME/hNTC8NwFjGMdZypOFlHXOU64Mg8ayPsXwCLcBGAs/s640/women%2Bred%2Barmy%2Bwwii.jpg" width="608" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mulheres lutando no Exército Vermelho</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A verdade é que muitos soldados haviam sido recrutados na cidade e nos seus arredores pouco antes da batalha ou mesmo assim que ela começou. À medida que os combates se desenvolviam, muitos adolescentes passaram a trabalhar nas fábricas militares e se incorporaram de forma oficial ou extraoficial ao Exército. Entre eles, havia muitas garotas. Embora ainda não tivessem idade para se alistarem, queriam contribuir com a batalha e acelerar o fim do pesadelo. Além disso, o Exército oferecia alguma esperança de melhor alimentação para civis mortos de fome.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Durante algumas semanas, Alexandra Mashkova viu como, toda madrugada às quatro da manhã, jovens recrutas subiam a ladeira até o Volga, atravessavam o barranco em que suas famílias haviam escavado suas casas e desapareciam em direção a Mamáyev Kurgán, uma colina que domina Stalingrado. Pareciam-lhe assustados e muito jovens; na verdade, haviam nascido em 1924 e tinham quase a mesma idade que ela. A maioria nunca voltou, mas alguns foram vistos mais tarde, feridos, voltando a pé ou se arrastando. Pouco a pouco, as adolescentes começaram a ajudar esses soldados machucados, tapando suas feridas ou carregando-os em macas improvisadas até o rio. Alexandra, que tinha 17 anos, juntou-se ao departamento médico de uma unidade militar e cruzou para o outro lado do Volga. Aprendeu com rapidez e brevemente estava pronta para ajudar o cirurgião. No começo, tinha muito medo quando precisava segurar um soldado durante a operação "enquanto lhe amputavam a perna ou abriam o seu braço até o osso", mas "você se acostuma a tudo". Muito rapidamente, as jovens enfermeiras comiam, sem se preocupar, na própria sala de operações improvisada. "Tínhamos pedaços de pão no bolso, então limpávamos as mãos de sangue na roupa branca, pegávamos o pão e o colocávamos na boca".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A motorista Angelina Kolobushhenko pensou que havia enganado a morte quando a febre tifoide a afastou do 1077º Regimento Antiaéreo, formado quase exclusivamente por mulheres, a maioria adolescentes. Depois de disparar contra os aviões que bombardeavam Stalingrado, as jovens deviam mirar os canhões contra os carros de combate que haviam conseguido chegar à fábrica de tratores da cidade. Quase todas morreram, inclusive as encarregadas pelos telefones, as cozinheiras e as enfermeiras. Poucas sobreviveram.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando se curou, Angelina foi enviada para outro regimento antiaéreo. Tinha aparência frágil depois da doença, feia e esquelética. As outras garotas a desprezavam e se negaram a dormir na mesma vala que ela. Diziam que podia contagiá-las. No entanto, duas semanas depois, estava totalmente recuperada, recebeu um novo uniforme e, como não havia nenhum veículo disponível para ela, começou a treinar para manejar as armas propriamente ditas. Sentiu-se muito orgulhosa quando a sua unidade, a 5ª Bateria, derrubou um avião alemão. As jovens correram para a planície para buscar a tripulação da aeronave, encontraram-nos e os prenderam. Os três alemães eram muito jovens, um alto e de rosto arrogante e outro menor e mais agradável, mas Angelina lembrou especialmente do terceiro, que tinha queimaduras terríveis e dores insuportáveis quando foi encontrado. Nunca esqueceu seus grandes olhos azuis, cheios de sofrimento.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As motoristas do frente, toda hora andando para cima e para baixo, viam e ouviam muitas coisas. Em novembro, começou a parecer que a situação estava mudando. Havia cada vez mais prisioneiros alemães, e Angelina sentia pena tanto deles quanto dos que viu morrer de frio. Ela e suas camaradas tinham botas novas de feltro e casacos de pele de cordeiro. Sentiam pena dos prisioneiros alemães, com seus casacos finos e estranhos sapatos de palha por cima das botas, nem um pouco preparados para o bruto inverno russo. Quando foi anunciado que havia um grande grupo de soldados alemães cercados, Angelina entendeu que não sobreviveriam por muito tempo, com suas roupas de verão, quase sem comida, na cidade destruída ou na estepe, sem lugar para se refugiar, nem madeira para fazer fogo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Duas contemporâneas de Angelina, as pilotos de combate Lidya Litvyak e Katya Budanova, voavam com seu regimento para impedir que os alemães arremessassem provisões para as tropas sitiadas. As duas haviam pilotado aviões esportivos e haviam sido instrutoras de voo antes da guerra, mas aprenderam mais em seus 10 meses de exército do que em toda a carreira anterior. Outro piloto lembra a reação do comandante do regimento quando chegaram quatro mulheres com suas tripulações. "Me dói ver uma mulher lutando na guerra. Me dói e me dá vergonha. Como é possível que nós, os homens, não tenhamos conseguido evitar que fizessem um trabalho tão pouco feminino?". As jovens tiveram que demonstrar suas habilidades e comprometimento. Klava Nechaeva, de 23 anos, morreu em sua primeira missão, depois de convencer seu chefe a deixá-la participar da batalha. As duas corajosas mulheres desafiaram a morte com várias missões no inferno de Stalingrado e sobreviveram àquele inverno, mas ambas caíram em agosto de 1943.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando a batalha de Stalingrado chegou ao fim, centenas de milhares de mulheres haviam se alistado ao Exército. O país havia perdido tantos homens que as autoridades não tiveram outra alternativa que não fosse utilizar mulheres em todas as funções militares. Não existem dados concretos sobre as mulheres que serviram, de modo que os cálculos variam muito, desde meio milhão a quase um milhão. O fronte se transferiu e as jovens que continuavam vivas e com boa saúde foram com ele. Muitas das mulheres que entrevistei continuaram lutando até o final da guerra e estiveram em Berlim para comemorar a vitória (muitos soldados estavam convencidos de que Berlim deveria ficar em ruínas como os alemães haviam deixado Stalingrado). Continuaram presenciando a morte e a dor e perdendo suas camaradas. Mas nunca voltaram a viver uma situação tão desesperadora quanto a de Stalingrado, nunca voltaram a sentir que estavam sendo esfaqueadas tão profundamente que poderiam perder a guerra.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: x-small;"><b>Lyuba Vinogradova </b>é autora de <i>As Bruxas da Noite</i> e <i>Anjos Vingadores</i> (ambos pela editora Passado e Presente). Os testemunhos citados neste artigo são de entrevistas realizadas pela própria autora e do projeto 'Iremember. Lembranças de veteranos da Segunda Guerra Mundial'. (<a href="http://www.iremember.ru/">www.iremember.ru</a>).
</span><br />
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-79222068885586167122018-01-31T11:00:00.000-02:002018-01-31T11:00:17.616-02:00Série da TV portuguesa associa evangélicos brasileiros à corrupção<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-s0fBDWhL9mk/WnG8KDnxIII/AAAAAAAASMo/XwJ11g6YKuAFiVFPXBf0j_s2Dm-T6GJMwCLcBGAs/s1600/serie%2Brtp%2Bpais%2Birm%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="405" src="https://3.bp.blogspot.com/-s0fBDWhL9mk/WnG8KDnxIII/AAAAAAAASMo/XwJ11g6YKuAFiVFPXBf0j_s2Dm-T6GJMwCLcBGAs/s640/serie%2Brtp%2Bpais%2Birm%25C3%25A3o.jpg" width="608" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Igreja da Felicidade Universal e Bem Estar Geral - a IFUBEG</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Po</span><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">r que será?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A matéria saiu no <a href="http://www.comerciodojahu.com.br/noticia/1374176/serie-lusa-trata-de-corrupcao-a-brasileira" target="_blank">Comércio do Jahu</a>:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Série lusa trata de corrupção à brasileira
</b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Produção, disponível gratuitamente na internet, satiriza política, religião e relação entre os dois países
</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Com um grande escândalo de corrupção prestes ser revelado, a ministra da Cultura de Portugal resolve distrair a população patrocinando a criação de uma telenovela grandiosa. O Brasil, que tem experiência de sobra tanto em falcatruas como nos folhetins, é escolhido como parceiro ideal nesta empreitada.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É esse o ponto de partida da série “País Irmão”, exibida agora pela RTP (televisão pública de Portugal), que recorre ao humor ácido e aos clichês das telenovelas para contar uma história política.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Gravada nos dois países, a produção traz rostos conhecidos dos brasileiros, como os atores Marcos Pasquim, Pedro Cardoso e Natália Lage.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A trama narra bastidores dessa fictícia operação abafa, mas com expedientes usados na corrupção real: preços superfaturados, produtora fictícia, edital fraudado, e muitos conflitos de interesses.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 18 episódios, explora a trama dos personagens conforme avança na montagem da novela luso-brasileira, escrita por pai e filho que têm uma relação complicada.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A escolha por uma telenovela como mote não foi à toa. “Portugal é provavelmente o único país da Europa que passa três horas de novela no horário nobre”, conta o escritor Hugo Gonçalves, que assina a trama juntamente de Tiago Santos e João Tordo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“A telenovela é a forma como o Brasil mais chega aos portugueses”, conta o roteirista, que morou por quatro anos no Rio e adquiriu repertório para muitas das piadas e tiradas presentes na trama.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em um dos episódios ambientados no Rio, a produtora Branca, vivida por Natália Lage, fica cansada de ver um colega português ser sucessivamente enrolado pelos cariocas. De maneira didática, a personagem explica para ele o funcionamento da brasileiríssima “lei de Gérson” (de se levar vantagem em tudo).
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os autores também brincam com a dificuldade que muitos brasileiros têm em entender o sotaque lusitano e as diferenças no português de cada lado do Atlântico.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A sátira política também se mistura à religiosa em “País Irmão”. É que para dar vida à novela de época “Corte Tropical”, que conta história da fuga da família real portuguesa para o Brasil, os políticos corruptos se unem a uma ambiciosa igreja evangélica.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em troca de apoio e dinheiro para o projeto, o grupo pede que o governo ceda a concessão de um canal de TV, um prédio em área nobre da cidade e o direito de escalar uma fiel da igreja como personagem central da história.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O núcleo da Igreja da Felicidade Universal e Bem Estar Geral (Ifubeg) é recheado de tiradas ácidas. Em determinado momento, os políticos se queixam de como é difícil enrolar o alto funcionário da igreja vivido por Marcos Pasquim. “Quando se trata de aldrabice (trapaças), a religião leva milhões de anos de avanço”, diz o mafioso, resignado.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“País Irmão” pode ser assistida gratuitamente no site da RTP (<a href="http://www.rtp.pt/" target="_blank">www.rtp.pt</a>).
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>40 anos de sucesso
</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Embora hoje não tenham o mesmo alcance do passado, as novelas brasileiras ainda fazem muito sucesso em Portugal. “Gabriela, Cravo e Canela”, exibida em 1977, inaugurou a obsessão local com as tramas brasileiras.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Segundo a Globo Portugal, mais de 200 folhetins da emissora já foram exibidos. Muitos em horário nobre.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O sucesso incentivou o país de Camões a criar as próprias tramas, que hoje já exportam atores para o Brasil.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“A telenovela é, e com muito mérito, a única indústria audiovisual que Portugal tem. Mas há pouco espaço e pouco dinheiro para apostar em coisas diferentes. E mesmo quando se aposta, é um combate duro. Porque chegam a estar 3 milhões de pessoas a ver novelas no horário nobre”, diz Hugo Gonçalvez.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-36948451666725754092018-01-30T11:00:00.000-02:002018-01-30T11:00:15.621-02:00Rodrigo Maia doa dinheiro público brasileiro a igreja em Belém (Israel)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-6R1M9AJ5DsQ/Wm-ks7fSdaI/AAAAAAAASMU/83qjBm0vSugLhh_AJg3BpTL3H9vQQ4fEwCLcBGAs/s1600/rodrigo%2Bmaia%2Bmichel%2Btemer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-6R1M9AJ5DsQ/Wm-ks7fSdaI/AAAAAAAASMU/83qjBm0vSugLhh_AJg3BpTL3H9vQQ4fEwCLcBGAs/s1600/rodrigo%2Bmaia%2Bmichel%2Btemer.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Manja aquele ditado popular "fazer moral com o chapéu alheio"?</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Pois é... a informação é do <a href="https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/maia-doa-rdollar-792-mil-de-cofres-p%C3%BAblicos-para-restaurar-templo-crist%C3%A3o/ar-BBIio7Q?ocid=st" target="_blank">MSN Notícias</a>:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Maia doa R$ 792 mil de cofres públicos para restaurar templo cristão</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No comando interino do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), doou R$ 792 mil dos cofres públicos para a restauração da Basílica da Natividade, em Belém, na Cisjordânia.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os recursos foram autorizados por meio de medida provisória, publicada nesta sexta-feira (26), e serão repassados ao governo palestino por meio de dotação orçamentária do Ministério das Relações Exteriores.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O aporte ocorre três meses depois de Maia ter viajado com uma comitiva parlamentar para a cidade de Belém e feito uma visita ao templo religioso.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na época, foi solicitada à comitiva brasileira a doação de recursos para a finalização da obra de restauração. Em Jerusalém, ficaram hospedados no hotel de luxo David Citadel, cuja diária é de cerca de R$ 1.400 por quarto.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A viagem feita no final de outubro foi duramente criticada por acontecer em um momento crítico da política brasileira e pelo fato de ter sido custeada pelos cofres públicos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A Basílica da Natividade é um dos templos cristãos mais antigos do mundo e, segundo a lenda, foi construída sobre o local onde Jesus Cristo teria nascido. Com informações da Folhapress.
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-44111350216006485772018-01-25T10:56:00.001-02:002018-01-25T10:56:04.084-02:00Doença estranha faz turistas crerem que são "profetas" em Israel<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" src="https://1.bp.blogspot.com/-qmm1gl56y4c/WmnTbnSESeI/AAAAAAAASLg/6xrkU-jHIsosqJKtwd8YPti8wArxPmjKACLcBGAs/s1600/Jerusalem%2Bsyndrom.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Oliver MacAfee, mais um "profeta" assumido e sumido em Israel...</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Se bem que o que tem de "profetas" e "profetadas" aqui por nossos lados... não é pouco, não!
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A notícia pitoresca saiu na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42754597?ocid=socialflow_twitter" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Síndrome de Jerusalém, o curioso transtorno que faz as pessoas acreditarem que são profetas ou messias</span></b>
</div>
<span style="color: #45818e;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O misterioso desaparecimento em novembro do turista britânico Oliver McAfee no deserto de Negev, em Israel, jogou luz sobre um transtorno psiquiátrico insólito: a síndrome de Jerusalém. Os médicos agora temem que o jovem sofra do problema.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">McAfee, um jardineiro de 29 anos, é um devoto cristão que chegou a Israel em 2017.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ele deixou seu emprego em Essex, na Inglaterra, em abril do ano passado. Queria percorrer a Europa de bicicleta, uma viagem que seus amigos descrevem como "descoberta pessoal".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Foi visto pela última vez na cidade israelense de Mitzpe Ramon.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Seus familiares entraram em contato com a polícia do país no final de dezembro para informar o desaparecimento. Desde então, foram feitas buscas com helicópteros, cachorros e equipes de resgate - nada até agora deu certo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As autoridades israelenses acreditam que McAfee esteja vivo, segundo Micky Rosenfeld, superintendente e porta voz da polícia local. Viajantes encontraram na área alguns pertences do jovem, como uma bolsa, chaves e comprimidos. "Ainda estamos examinando sua bicicleta e outros objetos pessoais", disse à BBC.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O porta voz acrescenta que a polícia também encontrou folhas com citações bíblicas e uma área com areia rodeada por um número significativo de pedras.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>'Braço direito de Jesus'</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Enquanto a busca continua, vários psicólogos em Israel têm falado sobre a síndrome de Jerusalém, uma estranha condição psiquiátrica que poderia ter afetado McAfee.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Estima-se que a síndrome afete uma centena de pessoas por ano, que desenvolvem uma espécie de angústia mental ao visitar lugares sagrados da região.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há algo comum na maneira como esse transtorno se manifesta nos pacientes. "O denominador comum é que as pessoas pensam que estão vivendo um momento de redenção iminente, que vai acontecer em Jerusalém ou, no caso do turista no deserto de Negev, em qualquer lugar próximo da região percorrida por Jesus", diz Pesach Lichtenberg, professor de psiquiatria da Universidade Hebrea.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A pessoa acredita que vai desempenhar um papel importante nesta segunda vinda de Jesus: ou para avisar ao mundo ou ser o braço direito de Jesus", diz Lichtenberg, que também é o fundador e diretor do Soteria House, um centro de tratamento holístico para psicoses. No local, atualmente há várias pessoa que pensam que são um messias.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O acadêmico desconhece o caso de McAfee e acredita que existe muita especulação a respeito.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Segundo Lichtenberg, a síndrome de Jerusalém pode se manifestar de várias maneiras. "Normalmente as pessoas, antes de chegarem a Jerusalém, já apresentam algum tipo de problema mental prexistente", explica. Quando desembarcam na cidade, o transtorno acaba por se manifestar.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A síndrome se sobrepõe a uma doença mental ou enfermidade que o paciente já tinha.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Talvez eles venham para Jerusalém atraídos por uma sensação de que têm uma espécie de missão a cumprir. Talvez eles abram a Bíblia, encontrem um verso e sintam uma espécie de chamado", explica Lichtenberg.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O psiquiatra comenta também que normalmente essas pessoas são bastante religiosas e podem pertencer a várias denominações, como a muçulmana, a judaica ou a cristã.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cem turistas por ano</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Mas mesmo pessoas que não têm um passado religioso podem ser dominadas por uma sensação de espiritualidade ou de transcendência, que pode se cristalizar em algo religioso", explica o psiquiatra.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Qualquer turista que venha a Jesusalém pode sentir algo incomum, uma intensidade no ambiente, algo que as empurra para o 'outro lado'", diz Lichtenberg.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Segundo um artigo publicado em 2000 na revista British Journal of Psychiatry, uma média de 100 turistas é encaminhada a cada ano para a clínica de saúde mental Kfar Shaul com síndrome de Jerusalém.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os casos com os quais Lichtenberg trata são de israelenses. Quando os pacientes são estrangeiros, normalmente são tratados em seus países, longe de Jerusalém.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-53482746699627462402018-01-18T11:00:00.000-02:002021-01-13T11:09:00.635-03:00O pastor que virou caminhoneiro crossdresser<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-ZIP8ulEXoEI/Wl5k7o344GI/AAAAAAAASLQ/TO-ZppH_7PwKSCDhigRVf1nfDrkUvRZ4ACLcBGAs/s1600/pastor%2Bheraldo%2Bafrodite%2Bcaminhoneiro%2Bcrossdresser.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" src="https://4.bp.blogspot.com/-ZIP8ulEXoEI/Wl5k7o344GI/AAAAAAAASLQ/TO-ZppH_7PwKSCDhigRVf1nfDrkUvRZ4ACLcBGAs/s1600/pastor%2Bheraldo%2Bafrodite%2Bcaminhoneiro%2Bcrossdresser.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A notícia é da <a href="http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42654982" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A história do caminhoneiro que se assumiu crossdresser e roda o Brasil de salto alto</span></b>
</div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">Vinícius Lemos
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O caminhão Mercedes, de cor azul bebê, estaciona e abre as portas. A motorista, Afrodite, de 68 anos, desce com destreza em cima de um par de saltos, habilidade conquistada nas décadas em que utilizou o calçado escondida de todos. Seu vestido é de cor preta, uma forma de luto, em respeito à morte do homem que foi um dia.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Afrodite nasceu Heraldo Almeida Araújo - nome que consta em todos os seus documentos -, mas há cerca de seis meses pede para ser chamada pelo nome feminino, es<i></i>colhido por conta da admiração que nutre pela deusa grega do amor, da beleza e da sexualidade.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em meados do ano passado, decidiu se assumir como <i>crossdresser</i>, prática na qual homens utilizam roupas e acessórios considerados femininos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Desde criança, sempre me senti mulher. Perguntava para a minha mãe por que meus seios não cresciam e ela dizia que homens não têm seios. Nunca entendi por que nasci assim", revela.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Afrodite se considera heterossexual e parou de se envolver com mulheres há alguns anos. Em meio às mudanças dos últimos meses, espera virar transexual e passar a se interessar por homens, deixando para trás uma vida que avalia como triste, por não ter conseguido ser quem realmente é.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Já foi cabo do Exército, caminhoneiro, eletricista, empresário e pastor. Casou-se duas vezes e teve uma filha. E arrumava formas para suprir os desejos escondidos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Na infância, eu pegava roupas de algumas primas e usava. Depois, quando adulta, eu mesma costurava minhas roupas, escondida, ou comprava algumas peças. E usava roupas íntimas femininas, como calcinha ou sutiã, por baixo das roupas masculinas."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Usou roupas de mulher pela primeira vez aos 13 anos, quando pediu às primas que a vestissem e maquiassem. Agora, mais de cinco décadas depois, decidiu que irá fazer a cirurgia de redesignação sexual. "O procedimento, junto com o silicone que pretendo colocar, vão fazer com que eu complete esse ciclo", diz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A vida de Afrodite assemelha-se à de diversas <i>crossdressers </i>brasileiras. Conforme Cristina Camps, uma das diretoras do <i>Brazilian Crossdresser Club</i> - dedicado a praticantes do <i>crossdressing </i>e transgêneros -, muitas demoram décadas para se assumir.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Normalmente, essa vontade surge na infância, mas em função dos padrões da sociedade, somente na faixa adulta irão compreendê-lo. Geralmente, os homens se assumem entre quatro paredes, pelo receio de serem descobertos e perderem as conquistas profissionais e sociais."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Não há levantamentos sobre o número de <i>crossdressers </i>no Brasil. Entretanto, Cristina explica que mais de 3 mil homens já passaram pelo Brazilian Club. "O <i>crossdressing</i>, no Brasil, ainda é embrionário. Nós somos o primeiro clube voltado a esse fetiche no país. Surgimos em 1997, mas, antes disso, certamente centenas de pessoas já eram adeptas da prática. É difícil mensurar", comenta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Casamentos</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nascida em Jacarezinho (PR), Afrodite hoje vive em Cuiabá (MT). Durante a infância no Paraná, ela se recorda que sempre teve tendência a escolher atividades relacionadas às meninas, o que a tornava alvo de comentários dos colegas de classe. "Ele riam de mim, por causa do meu jeito mais delicado."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na puberdade, teve uma crise de identidade. "Fiquei revoltada quando nasceram os primeiros pelos em mim e minha voz engrossou. Foi estudando anatomia que passei a entender que não poderia ter seios. Mas ainda assim, mantive meu sonho de um dia me tornar mulher", declara.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando se mudou para São Paulo, ainda na adolescência, começou a trabalhar em uma tecelagem e passou a costurar roupas femininas para si, quando ficava sozinha. E usava-as apenas dentro da fábrica, porque não tinha coragem de sair à rua.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Manteve o costume de usar, secretamente, roupas íntimas femininas nos períodos em que serviu o Exército, em que foi funcionária pública em Corumbá (MS) e, posteriormente, caminhoneira. Na cidade sul-mato-grossense, conheceu sua primeira mulher, de quem escondeu o fetiche. Eles se casaram em 1974.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Muitas vezes, eu tinha que viajar de caminhão, a trabalho, e usava lingeries. Mas nunca usei nada na frente dela", relata. Certa vez, a mulher encontrou, no bolso de uma calça de Heraldo, calcinhas que haviam sido utilizadas pelo próprio marido. "Talvez ela desconfiasse, mas não falou nada."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Foi também nesse período que Afrodite teve a única filha, Tatiana, um ano após o casamento. Foi um dos momentos mais importantes de sua vida.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Eu sempre quis ter uma filha, porque acreditava que me identificaria mais", comenta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O casamento durou 16 anos e terminou após Afrodite engatar um romance com outra mulher. Depois desse relacionamento, pela primeira vez, ela arriscou sair na rua com roupas femininas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Eram coisas discretas. Comecei no fim de 1995. Eu não conhecia sobre <i>crossdresser</i> nem transgênero, só tinha muita vontade de andar vestida de mulher e de ser uma", relata.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ela deixou de esconder os desejos aos amigos mais próximos, mas logo desistiu de usar roupas femininas em público. "O preconceito era muito grande nas ruas. Não cheguei a ser alvo de nenhuma agressão, mas ouvia comentários como 'bicha' ou 'viado'. Então, decidi me preservar e também desisti, temporariamente, dos meus planos de mudar de sexo."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O segundo casamento durou 14 anos e terminou em 2013. Um dos motivos do rompimento, diz a <i>crossdresser</i>, era a vida sexual do casal - Afrodite diz que sempre teve dificuldade em se relacionar com mulheres, mas tampouco se interessa por homens. "Eu me considero heterossexual, porque pessoas do mesmo sexo nunca me atraíram. Às vezes penso que posso ser assexual."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>A carreira de pastor</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Durante o segundo casamento, Heraldo, espírita kardecista desde a infância, decidiu conhecer mais sobre a religião da companheira, que era evangélica. Acabou se tornando pastor, função que exerceu por mais de 10 anos na Assembleia de Deus em Cuiabá.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Eu pregava, dava testemunhos e falava sobre a palavra de Deus. Eu fazia até culto em minha residência, para 150 pessoas. Gostava muito". E costumava liderar cerimônias religiosas com roupas íntimas femininas. "Ninguém percebia, mas eu usava, porque me sentia bem."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Com o passar dos anos, passou a se questionar sobre como a religião enxergaria o fato de se sentir como uma mulher. "As minhas fantasias continuavam e, muitas vezes, perguntei a Deus se eu estava errada. Mas me sentia em paz com minha consciência e isso me tranquilizava."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 2013, após decidir que iria se tornar <i>crossdresser</i>, deixou a Assembleia de Deus. "Muitas coisas iam contra os meus princípios e me sentia muito reprimida. Eu acho que não deveria ter ficado tanto tempo (na igreja). Hoje penso que não deveria ter retardado tanto a minha felicidade."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Relação com a família</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Afrodite conta que tinha uma boa relação com seus irmãos - com quem chegou a formar uma sociedade em uma empresa eletrotécnica - até ela passar a usar roupas femininas abertamente.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Falaram que eu estava ficando maluca. Foram me isolando e até me proibiram de atender clientes", afirma.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Afrodite chegou a registrar boletim de ocorrência contra parentes, alegando sofrer ameaças de agressão. E abriu um processo contra os dois irmãos por injúria e difamação. "Já tivemos algumas audiências e a juíza orientou que a gente faça acompanhamento psicológico", diz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A doutora em psicologia social Sandra Elena Sposito afirma que o acompanhamento psicológico pode auxiliar uma <i>crossdresser </i>a se entender melhor. "Essas pessoas podem precisar, talvez, de algum amparo para enfrentar situações de estigma e preconceito. Não pelo <i>crossdressing </i>em si, mas para que compreendam que essa situação não precisa gerar sofrimento. A dificuldade vem da forma de estar no mundo e não ser reconhecida, não poder transitar na sociedade nem se expressar socialmente."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O preconceito dentro da própria família foi justamente a parte mais difícil para Afrodite. "Eram pessoas que eu esperava que, ao menos, me respeitassem. Não imaginava que fossem me atacar dessa forma", lamenta. No entanto, ela afirma ter recebido apoio dos sobrinhos e do pai. "Ele agiu normalmente comigo. Não fez nenhum comentário quando me viu de mulher pela primeira vez."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ao recordar-se da mãe, já falecida, ela se emociona. "Ela me amaria ainda mais. Sei que ela me assiste, porque nada dá errado para mim. Sei que estou conseguindo vencer. Hoje, sinto a presença dela me encorajando", diz, entre lágrimas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Outro apoio importante veio da filha, a dona de casa Tatiana Rodrigues, de 42 anos. "Ela lidou tranquilamente com isso. Na primeira vez em que ela me viu, só me deu um conselho: 'não pinta a unha de cor muito forte quando estiver trabalhando'. Mas eu disse que gosto de cores assim, pois escondem a sujeira da unha, por conta do meu trabalho como caminhoneira."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Rodrigues conta que, até 2017, nunca havia identificado no pai um interesse em se transformar em mulher. "Nunca pensei nisso. Meu pai não era aquela figura extremamente machista, mas nunca demonstrou tendência afeminada. Era um senhor comum", explica.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Não posso dizer que (vê-lo vestido de mulher) foi algo que você olha e pensa: 'tudo bem'. A primeira coisa que pensei foi: 'nossa, é o meu pai. Aquela imagem que eu tinha antes não existe mais'. Mas a essência dele é a mesma e é isso que importa. Depois do primeiro impacto, passei a encarar normalmente, porque meu pai para mim é um tesouro, junto com a minha mãe", conta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Preconceito e mudança de gênero</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas a filha teme pela integridade física do pai. "O meu medo é que ele sofra algum tipo de violência, porque o mundo está cada vez mais perigoso e existem muitas pessoas intolerantes", diz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">É o mesmo temor do pai. "Nunca fui agredida fisicamente, mas esse é o meu maior medo", conta Afrodite.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Desde que se assumiu como <i>crossdresser</i>, ela passou a enfrentar comentários maldosos e situações constrangedoras. "Já levei empurrões em bares, mas outras pessoas entraram para me defender. Eu também já fui impedida de entrar em alguns estabelecimentos. O preconceito agora faz parte da minha rotina. As pessoas torcem o nariz, às vezes levantam e vão sentar em outro lugar. Eu ignoro, mas isso tudo machuca."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um dos momentos mais difíceis é quando precisa utilizar banheiro em algum estabelecimento público. "Muitos não me deixam entrar no feminino e eu tenho que ir ao masculino. É ruim, porque eu uso meia-calça, tenho que usar o mictório e acabo tendo que levantar o vestido. Me sinto exposta, porque sempre tem alguém que me constrange ou me xinga dentro do sanitário", lamenta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Afrodite gostaria de realizar a cirurgia de mudança de sexo ainda neste ano. Antes, porém, deverá fazer acompanhamento terapêutico, para que possa receber laudo psicológico/psiquiátrico favorável e o diagnóstico de transexualidade.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Enquanto isso, ela entrou com uma ação na Justiça para que o nome Afrodite passe a constar em seus documentos. "Expliquei para a juíza que eu não sou homossexual, sou transexual. No Fórum, todos me chamavam de Afrodite", relata. O processo ainda está em tramitação.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Atualmente, Afrodite se classifica como <i>crossdresser</i>, por não ter feito nenhuma modificação em seu corpo. Quando fizer a cirurgia de mudança de sexo, passará a se considerar transexual. "Eu quero chegar o mais próximo possível de uma mulher, que é como eu realmente me sinto", conta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><i>Crossdresser </i>há cerca de dez anos, a psicóloga e artista plástica Fe Maidel argumenta que o <i>crossdressing </i>não necessariamente precede uma mudança de gênero: "Cada pessoa tem uma maneira única de se expressar no mundo. Ser <i>crossdresser </i>pode ser o começo de um processo de conhecimento, que pode culminar na transição de gênero, ou não".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A vontade de concluir a fase de transição é tamanha que Afrodite tem tomado hormônios por conta própria, sem consultar um médico, há cinco meses. "A minha filha já me deu bronca. Ela falou: 'papai, eu convivi com o Heraldo por 42 anos e quero viver o mesmo período com a Afrodite'", comenta. A <i>crossdresser </i>prometeu suspender o medicamento até a devida indicação médica.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A redesignação sexual será, segundo ela, o começo de uma nova vida. "É um sonho que tenho desde criança. Eu preciso muito dessa cirurgia", diz. E, mesmo antes disso, Afrodite já decretou a morte do homem que era desde a infância. "As pessoas me perguntam o porquê de eu gostar tanto de preto. É porque estou de luto, em respeito ao Heraldo, que morreu."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A <i>crossdresser </i>leva uma vida solitária. Sua rotina se resume a alguns fretes no caminhão, ir a lojas comprar roupas e frequentar bares, nas noites em que está feliz. A maior parte de seus dias ela tem passado em casa, onde mora sozinha, junto com 16 gatos. Diz que há poucas pessoas com as quais pode contar. "É triste, mas eu sei que acabam se afastando de mim. Só tenho a minha filha, minha neta, meu genro e minha primeira esposa."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mesmo assim, Afrodite não se arrepende de ter se assumido <i>crossdresser</i>. "Eu só me culpo por não ter feito isso antes. O que me deixa triste é que sei que já estou velha e não vou ter tanto tempo para desfrutar desse meu sonho."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-4820162437205259572018-01-16T11:50:00.002-02:002018-01-16T11:50:49.659-02:00Brasileiro que causou crise diplomática com Venezuela diz ser "médium"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-c71ERBVNG_U/Wl4DD4KSJGI/AAAAAAAASLA/cCvyaJC_aqMyqt61lAxF_293LOJgM9jFACLcBGAs/s1600/jonatan%2Bdiniz%2Bobsess%25C3%25A3o%2Bideol%25C3%25B3gica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="338" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-c71ERBVNG_U/Wl4DD4KSJGI/AAAAAAAASLA/cCvyaJC_aqMyqt61lAxF_293LOJgM9jFACLcBGAs/s1600/jonatan%2Bdiniz%2Bobsess%25C3%25A3o%2Bideol%25C3%25B3gica.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Parece que os manuais psiquiátricos e a C.I.D. terão que abrir, em breve, espaço para as novas manias geradas pela compulsão-obsessão político-ideológica, como se não já tivéssemos lunáticos suficientes, tristemente...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A matéria é do <a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2018-01-12/brasileiro-preso-venezuela.html" target="_blank">IG Último Segundo</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Brasileiro que foi preso na Venezuela já teve internação em clínica psiquiátrica</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em entrevista ao Estadão, Jonatan Diniz reafirma que foi à Venezuela com a intenção de ser preso para divulgar sua ONG e os problemas no país</span></i>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Jonatan Diniz, o brasileiro de 31 anos que ficou 11 dias preso na Venezuela e foi expulso do país no último sábado (6), disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que viajou ao país já prevendo que seria preso. Sua intenção, afirmou, era promover sua ONG, que conforme Diniz ajuda crianças em situação de rua.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em sua entrevista ao Estadão, o brasileiro também disse já ter sido internado em clínicas psiquiátricas por ser médium. “Tenho uma mediunidade, recebo mensagens. A prisão de 11 dias na Venezuela não é nada comparado às minhas internações”, relatou.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">“Eu sabia que ia ser preso. Eu estava em um país com enorme repressão. Eu critiquei o governo e eles sabiam quem eu era. Só um burro ia achar que eu não seria preso. Eu estava tentando ajudar”, contou ao jornal.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Antes, em suas redes sociais, Jonatan havia dito que decidiu ir para o país para doar parte do dinheiro que tinha e para iniciar o projeto “Time To Change The Earth” junto com amigos ao redor do mundo. “Nada mais era que doar roupas, comidas, brinquedos e o que necessitasse para quem realmente precisasse”, escreveu.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Para o governo venezuelano, entretanto, a entidade seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”, que distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Jonatan diz que o que mais o impressionou em sua estada no país foi a participação de crianças nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro. “Sim, odiei muito Maduro nesse tempo por todas as bombas lacrimogêneas que tive que respirar e sim, vi muita barbaridade tanto de um lado quanto do outro. Quando eu não chorava pela notícia de mais um jovem assassinado que batalhava por liberdade e por um país melhor, eu chorava por ver crianças de 5, 6 anos prepararem bombas molotov no meio da avenida para se prepararem para os confrontos”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #0c343d; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O Movimento Brasil Livre (MBL), que pediu nas redes sociais a liberdade de Jonatan, quando soube que ele havia premeditado a prisão na Venezuela disse estar arrependido pelo apoio. Questionado pelo Estadão sobre o que achou disso, Jonatan disse que sequer havia ouvido falar do movimento.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-29558922078473886672018-01-15T11:22:00.000-02:002018-01-15T11:22:07.932-02:00Sobrinho autista cobrava pensão alimentícia de tio, mas TJSP negou<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-xDWmlioA9u8/Wlyqsptub0I/AAAAAAAASKw/0ldcMjGcpDwnIya8HcR_qxomeHduWKFiwCLcBGAs/s1600/Eating-Disorders-in-Men-Autistic.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="405" src="https://1.bp.blogspot.com/-xDWmlioA9u8/Wlyqsptub0I/AAAAAAAASKw/0ldcMjGcpDwnIya8HcR_qxomeHduWKFiwCLcBGAs/s640/Eating-Disorders-in-Men-Autistic.jpg" width="608" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A informação é do próprio <a href="http://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=49901" target="_blank">Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo</a>:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">TJSP nega pedido de pensão alimentícia </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">proposto por sobrinho</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Obrigação não abrange tios.</span></i>
</div>
<span style="color: #134f5c;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido de um rapaz que pleiteava pagamento de pensão alimentícia por parte de seu tio. O autor, que é portador do Transtorno do Espectro Autista, ajuizou ação sob o argumento de que a responsabilidade por seu sustento recai apenas sobre a mãe, uma vez que o pai não arca com a obrigação e a avó paterna não dispõe de condição financeira para ajudá-lo. Na petição inicial, ele afirmou que o tio paterno possui excelente padrão de vida e não tem filhos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em primeira instância, o pedido foi julgado procedente para condenar o tio ao pagamento de pensão no valor equivalente a 10% de seus rendimentos líquidos. A decisão, no entanto, foi modificada na segunda instância.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Para a turma julgadora a doutrina majoritária e o entendimento pacificado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) afirmam que a obrigação alimentar decorre da lei, que indica de forma taxativa os parentes obrigados: pais, filhos, ascendentes, descendentes e colaterais até o segundo grau – o que não abrangeria tios e sobrinhos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O julgamento ocorreu no início de dezembro com a participação dos desembargadores Carlos Alberto Garbi, João Batista de Mello Paula Lima e João Carlos Saletti.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-size: x-small;">Comunicação Social TJSP – AM (texto) / internet (foto)
</span><br />
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-4342933482259828032018-01-13T10:55:00.001-02:002018-01-13T10:55:20.255-02:00O primeiro imperador chinês queria ser (literalmente) imortal<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-Cv6jJzzuuVY/Wln-1BrBxZI/AAAAAAAASKQ/v8B71tFrBJskpvgz_rnLaXCgkAT7t9M8wCLcBGAs/s1600/QIN-SHI-HUANG-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="367" src="https://2.bp.blogspot.com/-Cv6jJzzuuVY/Wln-1BrBxZI/AAAAAAAASKQ/v8B71tFrBJskpvgz_rnLaXCgkAT7t9M8wCLcBGAs/s1600/QIN-SHI-HUANG-02.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Qin Shi Huang, o primeiro imperador da China</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A curiosa informação foi publicada na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/geral-42489673" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Como fracasso na busca de imperador chinês por 'elixir da vida' deu origem ao Exército de Terracota
</b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>O enorme poder de Qin Shi Huang tinha apenas um limite: a morte.
</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O primeiro imperador da China, o "senhor dos dez mil anos", o filho do sol, o senhor de todas as terras e dos céus, descobriu precocemente que apenas a imortalidade estava fora do seu alcance.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E, por isso, tentou alcançá-la de todas as maneiras possíveis.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Conforme revelado por um estudo recente com base em textos milenares encontrados em 2002, o imperador tornou-se tão obcecado com a ideia da imortalidade que ordenou uma busca desesperada por um elixir da vida em todos os cantos da China.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os textos, de 2 mil anos de idade e escritos em milhares de lâminas de madeira (utilizados antes da invenção do papel), dão contam de uma incrível cruzada que tomou o país asiático na busca pela poção mágica.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os documentos, encontrados em um poço na província de Hunan (região central do país), incluem um decreto imperial pelo início das buscas e, também, as ambíguas e desanimadas respostas de comunidades que não tinham outra opção senão dar uma resposta negativa ao imperador.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma localidade identificada como Duxiang, por exemplo, informou ao soberano que nenhum remédio milagroso havia sido encontrado ali.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-RY-oaIPYZjU/Wln_h6xnTYI/AAAAAAAASKY/FPAaW-PYemQcrfAXasZCq7_Sh-Y503b9ACLcBGAs/s1600/china-terracotta-army.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="678" data-original-width="1024" height="402" src="https://2.bp.blogspot.com/-RY-oaIPYZjU/Wln_h6xnTYI/AAAAAAAASKY/FPAaW-PYemQcrfAXasZCq7_Sh-Y503b9ACLcBGAs/s640/china-terracotta-army.jpg" width="608" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O exército de terracota, um legado impressionante para a humanidade.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas a comunidade não deu o braço a torcer: disse que continuaria com as buscas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Outro local, chamado Langya, parte da atual província de Shandong (no leste do país), indicou a existência de uma milagrosa planta que poderia ser colhida em uma "montanha sagrada".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas nenhuma planta ou poção mágica funcionou e Qin Shihuang morreu em 210 a.C., após 11 anos de reinado.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O imperador, que conquistou, um após o outro, os seis reinos que integravam a China, dando forma ao país como o conhecemos hoje, morreu aos 49 anos, segundo historiadores. E, até os últimos momentos da vida, obcecado com a imortalidade.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Huang construiu a Grande Muralha, forjou um vasto império - impondo sistemas únicos de escrita, dinheiro, pesos e medidas e encomendando canais e estradas - e ordenou que um exército "eterno" de guerreiros o acompanhasse ao reino da morte.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Foi assim que seus súditos construíram o formidável Exército de Terracota, uma coleção de esculturas de 8 mil soldados, cavalos e carros que foram enterrados junto com o imperador, depois que este perdeu sua última batalha: contra a morte.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-OW2y8G0ItmA/WloAF-3pvDI/AAAAAAAASKg/XLy7qMktVwg01b4ARu9Jh6RjNIzG_tUhACLcBGAs/s1600/View-Of-Terracotta-Army-Soldiers-In-Pit1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="366" data-original-width="550" src="https://4.bp.blogspot.com/-OW2y8G0ItmA/WloAF-3pvDI/AAAAAAAASKg/XLy7qMktVwg01b4ARu9Jh6RjNIzG_tUhACLcBGAs/s1600/View-Of-Terracotta-Army-Soldiers-In-Pit1.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">8 mil soldados "acompanharam" o imperador até o além.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-54883819175418728572018-01-12T11:19:00.003-02:002018-01-12T11:19:40.325-02:00O cachorro que trocou o pastor evangélico pelo padre<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Fo69sRKXJb8/Wli12Ix5M2I/AAAAAAAASKA/-2KtAbgxk9AmFtGDH_6TQCJ96Ro9KB50QCLcBGAs/s1600/dog%2Bheaven.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="513" data-original-width="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-Fo69sRKXJb8/Wli12Ix5M2I/AAAAAAAASKA/-2KtAbgxk9AmFtGDH_6TQCJ96Ro9KB50QCLcBGAs/s1600/dog%2Bheaven.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A história é antiga, a reportagem é de 2015, mas continua atual e divertida. Confira no vídeo abaixo:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/a5jy9gZsH6M" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<hr style="text-align: center;" />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-86460583320977632222018-01-11T11:00:00.000-02:002018-01-11T11:00:31.005-02:00Para os restaurantes, clientes paulistanos são os mais chatos do mundo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-v606gE0q2S8/WldXAlLg96I/AAAAAAAASJw/5DUY2KMeOtg8u88OT0NBk32-K_YUgVSdACLcBGAs/s1600/cliente%2Bchato%2Bboring%2Bcustomer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="659" data-original-width="786" height="509" src="https://4.bp.blogspot.com/-v606gE0q2S8/WldXAlLg96I/AAAAAAAASJw/5DUY2KMeOtg8u88OT0NBk32-K_YUgVSdACLcBGAs/s640/cliente%2Bchato%2Bboring%2Bcustomer.jpg" width="608" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Finalmente, alguém conseguiu colocar em palavras algo que eu já havia percebido nos meus muitos anos em que fui um feliz habitante da capital bandeirante, e que eu já havia comentado sob outro ângulo no texto intitulado "<a href="http://ocontornodasombra.blogspot.com.br/2010/11/sindrome-do-turista-paulista.html" target="_blank">A síndrome do turista paulista</a>".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O artigo foi publicado no blog <a href="http://cozinhabruta.blogfolha.uol.com.br/2018/01/08/cliente-paulistano-e-o-mais-chato-do-mundo-e-paga-caro-por-isso/" target="_blank">Cozinha Bruta</a> do portal da Folha de S. Paulo:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Cliente paulistano é o mais chato do mundo – e paga caro por isso no restaurante</span></b>
</div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">POR MARCOS NOGUEIRA
</span><br />
<br />
<i>Mimado, exigente, arrogante e rude, o cliente de restaurantes paulistano é o mais chato do mundo. É por isso que ele paga caro pela comida.</i>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu, tão paulistano quanto a estátua do Borba Gato, estou no balaio. Ouso dizer que já fui mais chato do que a maioria dos chatos – depois de medicado corretamente pela minha psiquiatra, melhorei bastante.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Claro que existem chatos de muitos tipos (caso você tenha interesse em se aprofundar no assunto, sugiro a deliciosa leitura do “Tratado Geral dos Chatos”). Em algumas partes do país, é corriqueiro o tipo de cliente que chega ao restaurante e se comporta como se fosse dono do lugar. Fala alto para caramba e deixa as crianças quicando pelo salão. Se a mesa estiver perto da entrada, estaciona o carro em frente e liga o som. Em geral, fala com os funcionários como se fosse seu melhor amigo. E não estressa com a lentidão do serviço.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essa modalidade não é muito comum em São Paulo. Não nos lugares que eu costumo frequentar.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O cliente paulistano é folgado à sua própria maneira. Por ser pagante, ele julga merecer tratamento de realeza.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O indivíduo – gênero neutro, repare – chega ao restaurante e pede uma mesa. Caso haja espera, a pessoa supõe que haja também uma área em que ela possa esperar sentada. Se a espera não permitir o consumo de bebidas e petiscos, o sujeito fica contrariado. A espera muito longa irrita sobremaneira essa gente.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">(Reservar mesa não é para o paulistano médio. Ele presume que a mesa estará à sua disposição em qualquer hora e situação.)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Uma vez acomodado, trata os garçons como serviçais particulares.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O cliente exige disponibilidade total. O atendente anota as bebidas e, quando as entrega, comanda o suco de acerola da Valentina, que a mamãe esqueceu de pedir antes. Ao trazer o suco, é instado a substituir o copo do pequeno Enzo, que queria apenas gelo, não gelo e limão. Com o copo em mãos, alguém na mesa resolve pedir lula frita. O garçom anota. Assim que ele entrega a comanda na cozinha, é chamado de volta porque deve trocar a lula por mandioca – o João Vítor é alérgico a frutos do mar, mas o tio não sabia. Então, eu um ato audaz, ele sugere que a mesa peça os pratos principais: todos entram em pânico e solicitam o cardápio novamente, numa clara manobra protelatória.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E assim vai até o pagamento da conta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Quando viaja dentro do país, o paulistano quase enlouquece nos restaurantes. Especialmente se o destino é Salvador. No estrangeiro, se comporta bem. Porque sabe que vai tomar uma bela invertida de quem serve a mesa – e porque não tem repertório linguístico para encarar uma discussão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em países mais, hum, desenvolvidos, os restaurantes informais costumam ser familiares. Os pais são donos e os filhos servem as mesas, ou algo do tipo. Mesmo quando o negócio é um pouco maior, o número de garçons é muito limitado. A pessoa tem pouco tempo de atenção a dispensar para cada mesa. Então, ela supõe que o freguês peça tudo ao mesmo tempo – a cozinha se encarrega de soltar primeiro as entradas, depois os principais.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Menos funcionários no salão, menos custo. Matemática elementar.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em São Paulo, esperamos que o botequim tenha o mesmo padrão de serviço do Fasano. Essa pressão faz com que as casas contratem mais gente. E o custo, é evidente, aparece na dolorosa.
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-58076606692055248972018-01-10T11:15:00.003-02:002018-01-10T11:20:55.021-02:00TJSP garante posse de funcionária pública com síndrome de Asperger<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-AaheG1OFZCc/WlYTEs2cbcI/AAAAAAAASJg/Q6CMKCutwaUZ7qQMz1Tmj9NZtXBQK-RdgCLcBGAs/s1600/Live-With-Asperger%2527s-Syndrome-and-Develop-Social-Skills-Step-002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="492" data-original-width="717" height="416" src="https://1.bp.blogspot.com/-AaheG1OFZCc/WlYTEs2cbcI/AAAAAAAASJg/Q6CMKCutwaUZ7qQMz1Tmj9NZtXBQK-RdgCLcBGAs/s640/Live-With-Asperger%2527s-Syndrome-and-Develop-Social-Skills-Step-002.jpg" width="608" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A informação é do <a href="http://www.tjsp.jus.br/Noticias/Noticia?codigoNoticia=49903" target="_blank">Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Justiça garante posse de candidata com Síndrome de Asperger</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Autora foi reprovada na perícia.
</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A 12ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo garantiu o direito a nomeação e posse de uma pessoa com deficiência em cargo da Secretaria de Administração do Município de Osasco. A candidata, que possui síndrome de Asperger, foi aprovada em concurso para o cargo de fiscal tributário, dentre as vagas reservadas a pessoas com deficiência, mas reprovada na perícia médica. Segundo os médicos da Prefeitura, a aspirante à vaga não apresentava deficiência alguma. A candidata entrou com mandado de segurança contra a avaliação médica que a impediu de ser nomeada.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em primeiro grau, o juiz José Tadeu Picolo Zanoni, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Osasco, garantiu a nomeação e a posse, diante da documentação nos autos que comprova a deficiência da candidata e, também, com base na legislação que considera como deficiente a pessoa com “transtorno do espectro autista”, no qual a síndrome de Asperger se inclui.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em reexame necessário do mandado de segurança, foi confirmada a decisão judicial, pelos mesmos fundamentos. Em seu voto, o relator do caso, desembargador José Manoel Ribeiro de Paula, afirmou que “existe farta documentação nos autos que atesta a deficiência da impetrante, ou seja, relatórios médicos desde 2013 assinados por médicos que compravam a existência da doença”.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Participaram do julgamento os desembargadores Edson Ferreira da Silva e José Roberto de Souza Meirelles. A votação foi unânime.
</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Reexame Necessário nº <a href="https://esaj.tjsp.jus.br/cposg/search.do;jsessionid=65FF1F5C7935F20A410FC100FD73D9CE.cposg2?conversationId=&paginaConsulta=1&localPesquisa.cdLocal=-1&cbPesquisa=NUMPROC&tipoNuProcesso=UNIFICADO&numeroDigitoAnoUnificado=1009260-43.2017&foroNumeroUnificado=0405&dePesquisaNuUnificado=1009260-43.2017.8.26.0405&dePesquisa=&uuidCaptcha=#?cdDocumento=10" target="_blank">1009260-43.2017.8.26.0405</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Comunicação Social TJSP – DM (texto)
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-51946756691250099402018-01-06T09:54:00.003-02:002018-01-06T09:56:44.186-02:00Viaduto de SP terá nome de filho do casal Hernandes da Renascer<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1iXjD8pRrmM/WlC4Cvc5eSI/AAAAAAAASJI/tMsjeV9a7xALPD8nAaTpY4iuZPcV-qIZQCLcBGAs/s1600/viaduto%2Bpedroso%2Bs%25C3%25A3o%2Bpaulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="457" data-original-width="1024" height="270" src="https://1.bp.blogspot.com/-1iXjD8pRrmM/WlC4Cvc5eSI/AAAAAAAASJI/tMsjeV9a7xALPD8nAaTpY4iuZPcV-qIZQCLcBGAs/s640/viaduto%2Bpedroso%2Bs%25C3%25A3o%2Bpaulo.jpg" width="608" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No lugar, funciona há décadas um albergue para a população de rua. </td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A informação é do </span><a href="http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,viaduto-de-sp-tera-nome-de-filho-de-fundadores-da-igreja-renascer,70002139572" style="font-family: georgia, "times new roman", serif;" target="_blank">Estadão</a><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>Viaduto de SP terá nome de filho de </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><b>fundadores da Igreja Renascer
</b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><i>Sancionada por Doria, mudança homenageia filho de Sonia e Estevam Hernandes; logradouro da região central passa a se chamar Viaduto Pedroso - Bispo Tid Hernandes
</i></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), sancionou na quinta-feira, 4, a mudança do nome do Viaduto Pedroso para Viaduto Pedroso - Bispo Tid Hernandes. A mudança é uma homenagem ao bispo evangélico Tid Hernandes, filho dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Sonia e Estevam Hernandes, morto em 2016.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A Lei Municipal 16.788/18 é de autoria dos vereadores evangélicos Carlos Apolinário (PDT) e Gilberto Nascimento (PSC) e foi aprovada na Câmara Municipal de Vereadores em dezembro.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma placa será afixada no viaduto com a nova denominação. "A execução da presente lei contará com recursos orçamentários próprios, suplementados se necessário", diz o texto.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Polêmica</b>. Outro viaduto de São Paulo foi recentemente alvo de críticas após ser batizado com o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia, que foi casada com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A lei foi sancionada em dezembro pelo então prefeito em exercício Milton Leite (DEM), presidente da Câmara, e foi chamada de uma homenagem "injusta" pela Prefeitura de São Paulo.
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-15310886199645602522018-01-04T11:00:00.000-02:002018-01-04T11:00:14.049-02:00Cuidadores e advogados são os profissionais que menos dormem<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-z05sjz0h7YE/Wk4iTecUgqI/AAAAAAAASI4/3ith3HVMRX4-Ne51B_JCERquUZJYOzSjwCLcBGAs/s1600/sleeping%2Blawyer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="500" src="https://4.bp.blogspot.com/-z05sjz0h7YE/Wk4iTecUgqI/AAAAAAAASI4/3ith3HVMRX4-Ne51B_JCERquUZJYOzSjwCLcBGAs/s1600/sleeping%2Blawyer.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A informação foi publicada no portal <a href="http://www.nacaojuridica.com.br/2017/03/advogados-estao-em-2-lugar-no-ranking.html" target="_blank">Nação Jurídica</a>:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Advogados estão em 2º lugar no ranking dos 10 profissionais que menos dormem</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um ranking americano elaborado pela rede de colchões Sleepy’s fez um levantamento dos dez profissionais que menos dormem. Em comum, as profissões lidam com situações de vida e morte ou são extremamente estressantes.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O ranking se baseia em quase 30 mil entrevistas à Pesquisa Nacional de Saúde Americana, feita pelo governo norte-americano. Os entrevistados declaram sua média de sono e suas ocupações. A pesquisa foi divulgada no site do jornal New York Times.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Confira abaixo os 10 profissionais que menos dormem:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">1. Acompanhantes de pessoas doentes (6h57min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">2. ADVOGADOS (7h)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">3. Policiais (7h1min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">4. Médicos e paramédicos (7h2m)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">5. Economistas (7h3min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">6. Assistentes sociais (7h3min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">7. Programadores de computador (7h3min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">8. Analistas financeiros (7h5min)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">9. Operadores de máquinas em fábricas (7hmin)
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">10. Secretárias (7h8min)
</span></div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">Por Amanda Previdelli</span><br />
<span style="font-size: x-small;">Fonte: Guia do estudante
</span><br />
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-13273939868147798502018-01-03T11:00:00.000-02:002018-01-03T11:10:19.246-02:00Morre 16º presidente mundial dos mórmons aos 90 anos de idade<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-FT-SyBBJ7z8/Wky-DCwdkgI/AAAAAAAASIo/Vc4w-_ftQZE6s64bc6uuLkgbiyiEkzbcwCLcBGAs/s1600/president-thomas-s-monson.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="331" data-original-width="590" src="https://3.bp.blogspot.com/-FT-SyBBJ7z8/Wky-DCwdkgI/AAAAAAAASIo/Vc4w-_ftQZE6s64bc6uuLkgbiyiEkzbcwCLcBGAs/s1600/president-thomas-s-monson.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Thomas S. Monson, 1927-2018 </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Faleceu na noite passada, na cidade de Salt Lake City, capital do Estado de Utah nos EUA e sede mundial da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (também conhecidos como SUD ou mórmons), o presidente da instituição, Thomas S. Monson.
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Depois de longa enfermidade, o passamento do Sr. Monson ocorreu na sua residência, cercado por sua família, às 22:01 h locais do dia 2 de janeiro de 2018, 3:01 h do dia 3 de janeiro de 2018 pelo horário de Brasília,
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Nascido em 1927, o presidente Monson faleceu a um mês de completar 10 anos no cargo que assumiu em 3 de fevereiro de 2008 (sucedendo Gordon B. Hinckley), e o novo líder mórmon será escolhido pelo chamado Quórum dos Doze Apóstolos da igreja logo após o seu funeral.
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Thomas Monson esteve no Brasil para dedicar o templo mórmon de Curitiba (PR) em 1º de junho de 2008.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Aos mórmons, nossos sentimentos.
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As informações aqui repassadas foram publicadas no portal da sala de imprensa mórmon no Brasil.
</span></span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-27139881822629940352018-01-02T11:00:00.000-02:002018-01-02T11:00:34.110-02:00Sumô luta para sobreviver após 15 séculos de tradição no Japão<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-c4YwRNaOB8Q/Wkt7n9jJhNI/AAAAAAAASIY/2Z7trTTZi6ovPB6nUb6nvMbnfXAbp9hpwCLcBGAs/s1600/sumo%2Bjapan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" src="https://3.bp.blogspot.com/-c4YwRNaOB8Q/Wkt7n9jJhNI/AAAAAAAASIY/2Z7trTTZi6ovPB6nUb6nvMbnfXAbp9hpwCLcBGAs/s1600/sumo%2Bjapan.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span id="goog_2027261782"></span><span id="goog_2027261783"></span><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A matéria foi publicada na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42443268" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">'Chorava todos os dias': o lado obscuro da vida dos lutadores de sumô no Japão</span></b>
</div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">Rebecca Seales
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De pé em meio ao frenesi dos flashes disparados em sua direção, o lutador anuncia com os olhos marejados sua aposentadoria imediata. "Desculpem-me do fundo do meu coração", ele diz após se curvar e permanecer nessa posição por um longo tempo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Harumafuji é um grande campeão do sumô, conhecido em japonês como <i>yokozuna</i>. Em 25 de outubro, ele agrediu um lutador mais jovem em um bar, fraturando seu crânio, um caso que foi alvo de um inquérito policial e permaneceu nas manchetes por semanas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O atleta, de 33 anos, chegou a pedir desculpas pelo ocorrido e decidiu se aposentar do esporte, mas foi acusado formalmente de agressão na última quinta-feira. Ele deve pagar uma multa, em vez de ser julgado em um tribunal.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De acordo com relatos, Harumafuji teria ficado furioso quando tentou dar conselhos ao rapaz e este continuou olhando o próprio celular.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O incidente reacendeu uma discussão sobre o esporte nacional do Japão, e não é a primeira vez que algo assim acontece. Há uma década, a reputação do sumô entrou em crise quando um rapaz de 17 anos que treinava para ser lutador morreu após levar uma surra com uma garrafa e um taco de <i>baseball</i>.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os agressores eram seus <i>toshiyoris</i>, ou anciãos, como são chamados os ex-lutadores que assumem posições de autoridade, podendo ser treinadores e gerentes de um ginásio de sumô.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 2010, o esporte levou um novo golpe com a descoberta do envolvimento de um atleta e de um treinador em um esquema ilegal de apostas em partidas de <i>baseball </i>que teria ligações com a máfia japonesa, a <i>yakusa</i>.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No mesmo ano, o mentor de Harumafuji, o grande campeão mongol Asashoryu, deixou o sumô após se envolver, embriagado, em uma briga do lado de fora de uma boate na capital do país, Tóquio. Depois, vieram à tona provas da combinação prévia de resultados na segunda divisão do esporte.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Seriam sinais de que o sumô está em declínio e que a disciplina que um dia o definiu está em decadência? Ou será simplesmente que, após 15 séculos, o lado obscuro do esporte está finalmente vindo à tona? </span></div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><span style="font-weight: 700;"><br /></span></span></div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">
<b><div style="text-align: justify;">
<b>'Os mongóis estão chegando'</b></div>
</b></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma forma de responder essas questões é olhar para a origem do esporte e para o duro regime de treinos ao qual os lutadores são submetidos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ainda que o sumô tenha surgido a partir de rituais de templos japoneses entre 1,5 mil e 2 mil anos atrás, o país não domina mais o circuito internacional da luta. Até a aposentadoria de Harumafuji, havia quatro grandes campeões. Três deles, inclusive o do agora aposentado Harumafuji, eram da Mongólia.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Rússia, Havaí, Samoa e países do leste europeu costumam enviar lutadores promissores para os ginásios de sumô do Japão, locais em que mestres treinam adolescentes na arte que um dia foi a grande atração das cortes imperiais da nação asiática.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O sumô não é apenas um esporte no país. É uma cerimônia que abre uma janela para o passado, calcada na tradição e na essência do que é ser japonês. Rituais rígidos estabelecem um código de conduta, e ser nascido no exterior não é desculpa para não receber um tratamento tão duro quanto o conferido aos nativos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Todos os lutadores devem usar trajes tradicionais em público, inclusive um coque como o de samurais. Nas competições, o triunfo e o fracasso devem gerar a mesma reação impassível. Em conversas, o lutador deve ser um modelo de humildade e falar suavemente, comportando-se com <i>hinkaku</i>, ou dignidade. O status é tal que estranhos se curvam quando cruzam com eles na rua.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cada um dos 45 centros de sumô no país aceita treinar apenas um estrangeiro, ou <i>gaikokujin</i>, de cada vez, por ordem da conservadora Associação de Sumô do Japão. E, quando conseguem chegar lá, normalmente aos 15 anos e com no máximo 23, devem comer, falar, vestir e respirar como japoneses.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Cozinhando, limpando – sem nada para o café da manhã</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"(Os lutadores) São como soldados recebendo treinamento básico", explica Mark Buckton, um ex-comentarista e colunista de sumô do jornal Japan Times. "São eles que cozinham, limpam, descascam batatas... E todos aprendem japonês."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O ginásio de sumô é regido por uma hierarquia rigorosa, com um mestre – um ex-lutador – no comando. "Não é como no futebol, em que você pode se transferir de um time para outro", diz Buckton à BBC.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Você faz parte de um ginásio para o resto da vida. A única forma de sair dele é abandonando o sumô."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os lutadores deixam o cabelo crescer, normalmente até o meio das costas, para que o cabeleireiro do ginásio possa fazer um penteado tradicional. Só lavam o cabelo a cada uma ou duas semanas, e passam nele <i>bintsuke</i>, um tipo de cera feita a partir de soja com um cheiro adocicado que acompanha o lutador aonde ele vá.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As refeições, geralmente compostas de um caldo quente rico em proteína com vegetais, são tão controladas quanto o regime de treinos, em que os jovens passam horas tentando empurrar seus enormes colegas em um círculo coberto por areia. "Eles comem muito. Mas o crucial é ir dormir logo após de comer", diz Buckton.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Eles não tomam café da manhã. Todo o treinamento ocorre pela manhã. Eles almoçam quase o mesmo que uma pessoa normal, talvez um pouco mais. Mas comem isso com uma grande quantidade de arroz. Depois, vão para a cama e só acordam no meio da tarde. Comem de novo à noite e vão dormir cedo, porque se levantam às 5h, 6h da manhã para treinar."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Ginásios mais rigorosos costumam gerar lutadores melhores? "Com certeza, com certeza", afirma o especialista.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>
Sem salário, namoradas ou telefones</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há seis competições profissionais de sumô por ano, todas no Japão. Um lutador ganha ao forçar seu oponente a sair do círculo ou ao fazê-lo tocar o chão com alguma parte do corpo que não os pés. Conforme acumula vitórias, o lutador sobe no ranking.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há cerca de 650 lutadores nas seis divisões, mas apenas cerca de 60 disputam a primeira. Eles não recebem salários nas quatro divisões inferiores. Um lutador talentoso pode levar de dois a três anos para começar a receber um salário.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Quando há pagamento, ele é bom: cerca de US$ 12 mil (R$ 39,6 mil) por mês na segunda divisão, um valor que pode chegar a US$ 60 mil (R$ 198 mil) na elite do esporte, incluindo contratos de patrocínio.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os lutadores mais jovens devem usar um traje de tecido de algodão fino, o <i>yukata</i>, e <i>geta</i>, ou sandálias de madeira, mesmo no auge do inverno. Dirigir não é permitido, mas os melhores lutadores têm motoristas, algo que é tanto um símbolo de status quanto uma necessidade, já que seu tamanho dificulta a vida ao volante.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Celulares e namoradas são tecnicamente proibidos abaixo das duas primeiras divisões, ainda que haja uma tolerância crescente com isso. Mulheres não podem morar nos ginásios, e lutadores não podem se casar ou morar em outro local com sua namorada até atingir ao menos a segunda divisão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Caso se machuque e caia para a terceira divisão, o lutador deve deixar sua mulher e filhos para trás e voltar a morar no ginásio.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O que acontece se os jovens não atenderem os padrões dos mestres ou criticarem o regime quase monástico do ginásio? "Ah, eles são terríveis", diz Buckton. "Antes do rapaz ser morto em 2007, havia espancamentos frequentes. Você via os caras com marcas nas costas e na parte de trás das pernas por não se esforçarem o suficiente."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No ano passado, segundo relatos, um lutador recebeu quase 32,4 milhões de ienes (R$ 946,3 mil) de indenização após de ter sido maltratado diariamente e ficar cego de um olho.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Depois que Takashi Saito, de 17 anos, foi espancado até a morte por ter ameaçado deixar seu ginásio, o grande campeão mongol Hakuho relatou experiências chocantes de surras que chegam a durar 45 minutos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Você pode olhar para mim agora e ver um semblante feliz, mas, na época, eu chorava todos os dias", disse.
"Os primeiros 20 minutos são muito dolorosos, mas, depois, fica mais fácil, porque mesmo que você esteja apanhando, começa a sentir menos dor. Claro que chorei e, quando meu ancião disse que isso era para meu próprio bem, chorei de novo."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Quebrando o silêncio</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas por que - em um esporte que submete seus maiores talentos a anos de punição corporal - Harumafuji foi forçado a se aposentar após agredir um lutador mais jovem? "Bem, ele bateu no rapaz em um bar...", afirma Buckton.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O escritor Chris Gould, que acompanha o universo do sumô há três décadas, diz que o "pacto de silêncio" no esporte é bem poderoso.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Há uma consistência impressionante em como o treinamento e as punições são aplicados em diferentes ginásios e ao longo do tempo. Isso significa que, quando ocorrem incidentes como o de Harumafuji, não se fala sobre o assunto para preservar o grupo", diz Gould.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No episódio mais recente, o técnico do lutador agredido foi quem fez a denúncia e defendeu mudanças no esporte. "É interessante ver um técnico ser criticado por quebrar o código de silêncio. Na maioria dos esportes, ele seria celebrado como um herói."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Com esse tipo de atitude, é possível esperar que jovens continuem se interessando pelo esporte?
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os dias em que a promessa de duas boas refeições diárias atraía jovens de famílias pobres do Japão rural para o sumô ficaram no passado, e esportes como o futebol e o <i>baseball </i>oferecem salários melhores sem o risco de sofrer violência.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Mas, apesar de tudo isso, a popularidade do sumô vem crescendo. Em janeiro, foi consagrado o primeiro campeão japonês em quase duas décadas, para a alegria dos fãs. A Associação de Sumô do Japão também tem feito campanhas publicitárias para voltar a tornar o esporte atraente.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na visão de Chris Gould, a previsões sobre a ruína do sumô foram prematuras. "Ainda não é hora de entrar em pânico quanto ao futuro. Mas a associação precisa divulgar o que o sumô defende ou não, seus valores fundamentais. A não ser que isso aconteça, o número de grandes lutadores em potencial que nem chegam a entrar para o esporte só vai continuar a crescer."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-66769731988170015132017-12-31T18:40:00.001-02:002017-12-31T18:40:47.248-02:00Feliz Ano Novo!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-QWhIIIMx-tQ/WklC_WOEuDI/AAAAAAAASII/a709MVijd_IS_iTPuoYkEaBGdXKZX4RogCLcBGAs/s1600/feliz%2B2018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="433" data-original-width="650" height="405" src="https://2.bp.blogspot.com/-QWhIIIMx-tQ/WklC_WOEuDI/AAAAAAAASII/a709MVijd_IS_iTPuoYkEaBGdXKZX4RogCLcBGAs/s640/feliz%2B2018.jpg" width="608" /></a></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-84534054680653340602017-12-30T10:00:00.000-02:002017-12-30T10:00:34.144-02:00É muito provável que a sua percepção de mundo esteja equivocada. Saiba por quê.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-soiwxJFc-sA/WkdyW9mWb4I/AAAAAAAASH4/qmdeLE3Dhfk6dDN1a-ekGbcVIJUT4GNMACEwYBhgL/s1600/misunderstanding.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="500" src="https://2.bp.blogspot.com/-soiwxJFc-sA/WkdyW9mWb4I/AAAAAAAASH4/qmdeLE3Dhfk6dDN1a-ekGbcVIJUT4GNMACEwYBhgL/s1600/misunderstanding.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Talvez você ache que 2016 foi melhor que 2017, e que não tem jeito de 2018 não ser pior.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Melhor rever esta percepção, de acordo com matéria que foi publicada na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42485737" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Por que achamos que o mundo está pior do que realmente é</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No Brasil, a taxa de homicídios hoje é bem mais alta do que no ano 2000, quase metade das meninas e mulheres de 15 a 19 anos engravidaram e quase metade dos adultos sofrem de diabetes.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essas afirmações acima não correspondem à realidade do país, mas refletem o que pensa a maioria dos brasileiros, segundo a uma pesquisa recém-divulgada pela Ipsos-Mori chamada Perigos da Percepção.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A partir de quase 30 mil entrevistas conduzidas entre setembro e outubro passado em 38 países, a enquete testou a percepção das pessoas sobre 14 temas que causam precupação ou são de grande importância na mídia. Em resumo, a ideia era saber se o que as pessoas achavam sobre esses assuntos estava perto da realidade - "realidade" essa baseada em informações retiradas "de uma variedade de fontes verificadas", segundo a Ipsos-Mori.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A conclusão da pesquisa é de que pessoas no mundo inteiro estão bem equivocadas sobre questões-chave e características da população de seus próprios países.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">E no ranking dos países cujas populações mais "erraram" - onde a média percentual obtida pelas respostas esteve mais distante do número "real" - o Brasil aparece em segundo lugar, atrás apenas da África do Sul.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Percepção x Realidade</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Mas por que existe essa lacuna entre percepção e realidade? Por que muitos enxergam as coisas piores do que são?
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Nós sabemos de estudos anteriores que isso ocorre, em parte, porque superestimamos o que nos causa preocupação", diz Bobby Duffy, diretor gerente da Ipsos Public Affairs, em texto para apresentar os resultados da pesquisa.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os pesquisadores afirmam que somos geneticamente programados para acreditar mais nas más do que nas boas notícias.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O estudo mostra, por exemplo, que a taxa de homicídios caiu na maioria dos países analisados, nos últimos 15 anos, mas que a maior parte das pessoas acredita que o quadro piorou.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No Brasil, 76% têm essa percepção, embora o índice tenha permanecido estável em relação ao ano 2000, usado como base de comparação.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A porcentagem de mulheres entre 15 e 19 anos que têm filhos também é superestimada. No Brasil, a média estimada pelos entrevistados foi de 47% - quase a metade das mulheres adolescentes do país. Mas o dado registrado no Brasil corresponde a apenas 6,7%.
v
O índice de mortes por ataques terroristas ao redor do mundo, que nos últimos anos diminuiu em relação aos 15 anos anteriores, também é percebido de forma equivocada. Apenas um quinto das pessoas entre todas as entrevistadas nos 38 países acredita que houve queda.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Reação é mais forte a imagens negativas</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nossos cérebros, segundo os pesquisadores, processam informações negativas de um jeito diferente e as armazenam de forma a estarem mais acessíveis que as positivas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um neurocientista comprovou isso mostrando a pessoas imagens de coisas conhecidas, como pizzas e Ferraris, para estimular sensações positivas, e outras, como um rosto mutilado e um gato morto, por exemplo, para despertar outro tipo de reação.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A partir desse experimento, ele mediu a atividade elétrica no cérebro e constatou que respondemos mais fortemente a imagens negativas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Temer para sobreviver</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A mídia, geralmente, leva a culpa por mergulhar as pessoas em um mar de desânimo e pessimismo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eles questionam: se somos alimentados com uma dieta tão implacavelmente negativa, é de admirar que acabemos pensando que o mundo é um lugar terrível?
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na prática, essa hipersensibilidade que temos a informações negativas - ou a más notícias - aparentemente desempenha uma função importante na evolução.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Um cérebro mais sensível a más notícias reage mais intensamente a informações sobre possíveis perigos - o que acaba pesando no instinto de sobrevivência.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-63106786701061623802017-12-29T10:00:00.000-02:002017-12-29T10:00:13.217-02:00O filho que não perdoa o pai pelo que ele fez durante a ditadura argentina<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-jpNgPKaPhA0/WkQfvO0OOdI/AAAAAAAASGw/-Bk17ctbnIkpCCteuO07tNYr1PQstsXWQCLcBGAs/s1600/plaza%2Bde%2Bmayo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" src="https://1.bp.blogspot.com/-jpNgPKaPhA0/WkQfvO0OOdI/AAAAAAAASGw/-Bk17ctbnIkpCCteuO07tNYr1PQstsXWQCLcBGAs/s1600/plaza%2Bde%2Bmayo.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A matéria foi publicada na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42275694" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">A luta de argentino para denunciar o próprio pai por crimes da ditadura</span></b>
</div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;">Marcia Carmo
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O advogado Pablo Verna, de 44 anos, fez um pedido ao Congresso Nacional do seu país, a Argentina: ele quer que a legislação em vigor, que impede familiares de denunciarem e prestarem depoimentos à Justiça contra seus parentes, seja modificada.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Seu objetivo é ter o direito de denunciar e depor contra o pai, que foi médico do Exército durante a ditadura argentina (1976-1983). Ele diz que Julio Alejandro Verna, hoje aos 70 anos, admitiu ter injetado sedativos em vítimas do regime militar antes que elas fossem lançadas dos chamados "voos da morte", que arremessavam os prisioneiros ainda vivos em rios ou no mar.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O pai dele está livre. Questionado certa vez por uma repórter, o médico negou ter sedado desaparecidos políticos para esse fim. "Não, senhora. De onde tiraram isso?"
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Pablo Verna integra o Histórias Desobedientes, grupo que reúne 25 filhos de ex-repressores da ditadura argentina. Leia seu depoimento à BBC Brasil:
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">"Há muito tempo eu desconfiava que meu pai tinha cometido crimes na ditadura militar. Nas conversas em casa, ele demonstrava conhecer detalhes demais dos crimes cometidos naquele período horrível. Mas quando eu perguntava por que ele sabia tanto, respondia que eram as enfermeiras que lhe contavam.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Meu pai era médico do Exército argentino. E com o passar dos anos, baseado no que ele mesmo me dizia, passei a questioná-lo com tom mais critico, e de acusação.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nossa relação foi ficando cada vez mais tensa. Duas conversas foram aos gritos. Em 2009, eu já tinha certeza de que ele tinha participado dos crimes. Mas não sabia como. Não tinha os fatos concretos. Além disso, como filho, acho que queria manter a dúvida diante de algo tão pavoroso.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Então, em meados de 2013, em mais uma conversa tensa, ele admitiu que tinha cometido os crimes. Não lembro as palavras exatas que usei para que admitisse isso. Mas naquele encontro lembrei o que meu pai tinha contado a um familiar e as respostas anteriores que tinha me dado cada vez que abordei o assunto. Foi impossível para ele negar o que tinha feito. E até que me disse: 'foi isso mesmo'.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como médico, meu pai participava dos crimes da ditadura injetando sedativos nas pessoas que seriam jogadas vivas ao rio ou ao mar. Eram anestesias que as deixavam imediatamente paralisadas, mas respirando. E quando elas estavam assim, as jogavam dos 'voos da morte', como ficaram conhecidos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Meu pai cometeu outros crimes. Ele também participava dos sequestros dos opositores, dos militantes sociais e políticos. Foram 30 mil desaparecidos no nosso país. A ditadura genocida sequestrava e fazia essas pessoas desaparecerem.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Depois daquela conversa em meados de 2013, ele disse a um familiar que não estava arrependido. E ainda acrescentou que tinha participado de um caso específico que teve muita repercussão aqui na Argentina.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Em 1979, quatro pessoas foram sequestradas e também receberam as injeções de anestesia. Elas foram jogadas em um riacho, uma simulação de um acidente de carro em uma ponte. As quatro morreram.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Como médico militar, meu pai estava sempre armado. Isso até passar para a reserva, em 1983, com o retorno da democracia no país. E além desses crimes genocidas, certa vez ele apareceu em casa com uma maleta de primeiros-socorros de médico que não era dele. Que era de uma das vítimas da ditadura. Eu perguntei porque estava com duas maletas, e me respondeu que tinha sido um presente. Que uma das maletas tinha sido de um subversivo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Na minha casa, as palavras que ele usava eram chamativas, como 'subversivo'. Eram palavras de um genocida. Era um discurso ideológico para eliminar os que eram opositores ao regime militar. Uma vez, disse que os opositores eram mortos porque, quando eram presos e soltos, ficavam ainda piores.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A nossa relação foi rompida naquela conversa em meados de 2013, quando meu pai admitiu os crimes. Mas no dia seguinte ele me ligou para saber se eu tinha contado para minha mulher. Depois disso, ficamos sem nos falar até pouco tempo - dias atrás, ele me telefonou para, ao meu ver, fazer ameaças. Também faz isso por meio de conversas com parentes, cujos relatos chegam até mim.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Eu me afastei de muitos familiares. Primeiro, para evitar encontrá-lo, e ainda porque uma parte da minha família se recusa a saber, nega o que ocorreu. Acha que isso é um problema entre duas pessoas - no caso meu pai e eu. Mas isso não é um simples problema entre duas pessoas, é entre ele e a humanidade, na qual eles, os familiares, estão incluídos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Hoje meu pai está livre, mas é investigado porque o denunciei na Secretaria de Direitos Humanos poucos meses depois daquela nossa conversa. Agora o caso dele faz parte de uma imensa apuração, levada adiante pelos defensores das vítimas na que ficou conhecida como 'megacausa contraofensiva', pela repressão e extermínio ocorridos no Campo de Mayo nos anos 1970 e 1980. O local foi um centro clandestino de prisão e extermínio horrível no nosso país.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Essa casa deixou poucos sobreviventes e provas. Meu problema hoje, como filho, é que, apesar de ter essas certezas contra meu pai, encontrei barreiras na legislação que me impedem de denunciá-lo penalmente. No Código de Processo Penal da Argentina, existem dois artigos que proíbem que familiares denunciem e deem depoimento, já no processo, contra outros familiares.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Ou seja, não podem ser testemunhas contra outros familiares. Por isso, entramos com esse projeto de lei pedindo que essas proibições não sejam aplicadas para os casos de crimes contra a humanidade. E assim nós, filhos de repressores, poderemos denunciar nossos pais judicialmente, além de prestar depoimento contra eles nos julgamentos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nós do coletivo Historias Desobedientes, que somos filhos e filhas de genocidas, vivemos nas nossas casas, com nossos pais, a imposição de um mandato de silêncio, de maneira implícita ou explicita.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Os genocidas fizeram um pacto de silêncio que cumprem até hoje. Eles não revelam o que fizeram e o que os outros militares fizeram. Mas depois de muitos anos, e de conscientização do que aconteceu, e da nossa própria ética, decidimos levar as acusações adiante. Mas aí nos deparamos com esses artigos da legislação argentina.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Apresentamos esse projeto de lei no dia 7 de novembro na mesa de entrada da Câmara dos Deputados. No nosso grupo, alguns já têm os pais mortos, outros condenados e outros, impunes.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">No meu caso, espero que meu pai seja investigado. E que ele e os outros genocidas reflitam e tenham alguma dignidade em seus últimos anos de vida. Que deem um pouco de paz a tantos familiares que não sabem qual foi o destino de seus parentes desaparecidos. E paz até para eles, genocidas. Porque eles também devem viver um inferno em suas mentes e corações.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nós, como coletivo, sabemos que nossa iniciativa, com esse projeto de lei, pode ajudar no contexto das investigações. Coisas que ouvimos nas nossas casas podem aportar no contexto em que os crimes foram cometidos. Inclusive os casos de roubo que as vítimas da ditadura sofreram.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Nossa iniciativa não dará resposta a tudo. Mas pode contribuir para acabar com a impunidade mantida pelos genocidas."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-44757351346982798852017-12-28T11:00:00.000-02:002017-12-28T11:00:36.334-02:00Aumenta perseguição aos "não-religiosos" no mundo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-HqJigd2hfYY/WkQmRHxVQlI/AAAAAAAASHA/RPSXgMy0p5ggSI4_zNDu2rLPsvg0YB-4wCLcBGAs/s1600/situa%25C3%25A7%25C3%25A3o_mundial_persegui%25C3%25A7%25C3%25A3o_liberdade-religiosa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="461" data-original-width="624" src="https://4.bp.blogspot.com/-HqJigd2hfYY/WkQmRHxVQlI/AAAAAAAASHA/RPSXgMy0p5ggSI4_zNDu2rLPsvg0YB-4wCLcBGAs/s1600/situa%25C3%25A7%25C3%25A3o_mundial_persegui%25C3%25A7%25C3%25A3o_liberdade-religiosa.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Caso você não tenha percebido isto no ex-país em que habita, segundo informa a <a href="http://www.bbc.com/portuguese/internacional-42261435" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><span style="color: red; font-size: large;">Discriminação severa contra pessoas não religiosas está crescendo ao redor do mundo, diz ONG</span></b>
</span></div>
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
<span style="font-size: x-small;">Valeria Perasso
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No Paquistão, em abril passado, um universitário acusado de blasfêmia contra o Islã teria sido espancado até a morte, segundo relatos, por uma multidão de colegas no campus.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Algumas semanas antes, nas Maldivas, um blogueiro conhecido por apoiar o secularismo e fazer graça com a religião foi encontrado morto, com sinais de apunhalamento, em seu apartamento.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E no Sudão, o ativista pelos direitos humanos Mohamed al-Dosogy foi preso depois de solicitar oficialmente que, na sua carteira de identidade, o registro de sua religião constasse como "ateu".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Estes são apenas três exemplos daquilo que a União Internacional Humanista e Ética (IHEU, na sigla em inglês) diz ser uma crescente tendência global de discriminação, pressão e ataques contra ateus e céticos quanto à religião em todo o mundo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No seu relatório "Freedom of Thought" ("Liberdade de Pensamento") de 2017, a organização registrou casos de "discriminação grave ou severa" contra pessoas não religiosas em 85 países ao redor do mundo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E em sete destes lugares - Índia, Malásia, Maldivas, Mauritânia, Paquistão, Sudão e Arábia Saudita - os não religiosos foram "ativamente perseguidos", segundo a organização.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A IHEU - um guarda-chuva para mais de 120 grupos humanistas, ateus e seculares de mais de 40 países - apresentou suas constatações ao Parlamento Europeu.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"[Esta] tendência preocupante vai contra um direito humano básico, que simplesmente não está sendo garantido pelos governos", afirmou à BBC o diretor-geral da IHEU, Gary McLelland.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O direito à liberdade de pensamento, religião ou crença está protegido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 - que inclui a liberdade de mudar de religião e expressar a fé, ou a falta dela.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Muitos países estão fechando os olhos para esta norma internacional", acrescentou McLelland.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-D4JFqyxHk3Q/WkQmpyyVAgI/AAAAAAAASHE/mff0r2FSqN4_K2jp7POnacP9kG70svnBwCLcBGAs/s1600/datapic-antisecularism_ranking_30worst_ws_brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="624" height="579" src="https://1.bp.blogspot.com/-D4JFqyxHk3Q/WkQmpyyVAgI/AAAAAAAASHE/mff0r2FSqN4_K2jp7POnacP9kG70svnBwCLcBGAs/s640/datapic-antisecularism_ranking_30worst_ws_brasil.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-weight: 700;"><span style="color: #134f5c;"><br /></span></span></div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span></div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">
<div style="text-align: justify;">
<b>Violações 'graves'</b></div>
</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Dos 85 países listados como perigosos para aqueles que não se identificam com as religiões, 30 estão na pior situação no ranking, com "violações graves" relatadas nos últimos 12 meses.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Esses incidentes variam de execuções extrajudiciais à pressão apoiada pelo governo, incluindo também o desaparecimento de supostos blasfemos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 12 desses países, a apostasia - termo que denomina a troca ou o abandono de religião - é punível com a morte, afirma o relatório.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No nível seguinte, há 55 países onde a discriminação é considerada "severa".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Isto pode ocorrer com o controle religioso por meio de leis e tribunais, doutrinação fundamentalista em escolas públicas ou da prisão por críticas a certas crenças - embora vários países, como a Alemanha ou a Nova Zelândia, pertençam a essa categoria por manter ativas leis arcaicas para a blasfêmia e delitos afins, ainda que raramente as apliquem.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Muitos dos países com as manifestações mais graves de discriminação têm maioria muçulmana (ou regiões de maioria islâmicas dentro de nações multirreligiosas, como o norte da Nigéria)", diz McLelland.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A discriminação tem maior probabilidade de acontecer onde as regras têm motivação religiosa e a liberdade de expressão é muito restrita. Isto é um reflexo da situação, e não um julgamento por parte do relatório".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>A situação do Brasil</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O relatório recém-divulgado especifica a situação em apenas alguns países - não é o caso do Brasil. Mas, em 2016, o Brasil foi descrito no levantamento como um país "soberano e secular".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Além de ter a maior população católica do mundo (130 milhões de pessoas, ou 64,6% da população), o Brasil também aparece como um dos dez países mais religiosos do mundo (...) O protestantismo é a segunda maior crença religiosa, cujos adeptos representam aproximadamente 22% da população.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Há também uma comunidade não religiosa relativamente grande que compõe cerca de 8% da população, com o pequeno restante dividido entre o espiritismo, o islamismo e o judaísmo", diz o site do relatório.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Entre as quatro grandes áreas avaliadas (Justiça e governo, educação, interações sociais, e liberdade de expressão), o Brasil aparece com a melhor classificação ("Livre e igualitário") no item "interações sociais".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O relatório destaca que, ainda que a Constituição garanta que o ensino religioso nas escolas seja opcional, quase metade das escolas fazem deste ensino obrigatório.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na categoria de "discriminação sistêmica", recaem duas áreas avaliadas: Justiça e governo e liberdade de expressão. No primeiro caso, o relatório aponta que, embora a lei brasileira garanta a liberdade religiosa e o Estado laico, há registros de repressão policial desproporcional a ativistas dos direitos humanos e uma forte influência de setores religiosos na política.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Já no que diz respeito à liberdade de expressão, o relatório aponta que o Código Penal brasileiro criminaliza a blasfêmia, mas, diz o documento, "embora esta lei esteja nos livros, na prática, ela não parece ter sido usada para proibir ou obstruir críticas às religiões".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu uma liminar determinando que o YouTube retirasse do ar o vídeo que promoveria islamofobia e gerou uma série de protestos e até mortes ao redor do mundo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Um problema ocidental também</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No entanto, casos de discriminação contra pessoas não religiosas também foram registrados em países europeus e nos Estados Unidos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Este é o caso em lugares onde o nacionalismo conservador e o populismo estão em ascensão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Nos Estados Unidos, a discriminação e a aversão às pessoas não religiosas se tornaram comuns", diz Lois Lee, pesquisador em estudos religiosos da Universidade de Kent.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Em pesquisas recentes, os ateus aparecem entre os grupos que geram mais desconfiança".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em áreas com forte presença religiosa e caráter social conservador no sudeste dos Estados Unidos - o chamado "Cinturão da Bíblia" - a hostilidade contra indivíduos não religiosos aumentou, de acordo com relatos locais.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em um exemplo recente, uma escola no Kentucky foi investigada após queixas de que alguns professores estariam perseguindo estudantes não-cristãos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Lee diz que o que está acontecendo pode ser explicado pelo fato de que um número crescente de pessoas agora define sua identidade por meio de suas crenças religiosas - e isso inclui o ateísmo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A política de identidades mudou parcialmente de nações e etnias para a religião", disse à BBC.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Esta é agora uma questão mais sensível e, portanto, um alvo mais frequente para a discriminação".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Ateísmo em expansão</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É claro que a perseguição a ateus ao redor do mundo não é um fenômeno novo.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 2014, o blogueiro Mohamed Cheikh Ould M'khaitir recebou uma sentença de morte na Mauritânia por supostamente cometer apostasia. Sua sentença foi recentemente reduzida para dois anos de prisão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na Arábia Saudita, outro blogueiro, Raif Badawi, está preso desde 2012 por "insultar o Islã por meio de canais eletrônicos", apesar de existir uma mobilização internacional por sua libertação.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um estudante de direito de Bangladesh que expressou seu ponto de vista secular na internet morreu após um ataque perpetrado por extremistas religiosos em 2013.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A lista continua.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">No entanto, para muitos analistas, a razão para o aumento no registro destes casos é que, embora a religiosidade esteja aumentando no mundo, também é crescente o número de pessoas que não se identificam com crença alguma.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O centro de pesquisas Pew Research Center estima que o número absoluto de pessoas sem filiação religiosa (ateus, agnósticos e aqueles que não se identificam com nenhuma religião em particular) aumentará em todo o mundo para 1,2 bilhão em 2060, ante 1,17 bilhão hoje - embora o crescimento previsto não seja tão rápido como o de fiéis de algumas religiões.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Os não religiosos são hoje a terceira maior população por categoria de crença no mundo", diz Lee. "E nem sequer temos um vocabulário específico para nomeá-los, apenas uma identidade negativa".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Em alguns países, os governos frequentemente vêem os ateístas como pequenos grupos, mas é precisamente por conta das ameaças que eles podem sofrer que eles não se revelam como ateus. Então, há também um problema de invisibilidade", acrescenta McLelland.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Críticos ao relatório argumentam que a metodologia pode deixar a desejar ao tentar retratar uma realidade precisa.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por exemplo, um país secular com uma divisão clara entre Igreja e Estado, e com leis que proíbem explicitamente a discriminação baseada na religião, pode ter um desempenho ruim por conta de apenas uma subcategoria (se o Estado patrocina escolas religiosas ou dá isenções fiscais às igrejas).
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"As realidades em todo o mundo e o grau de infração variam enormemente, é difícil fazer uma comparação", diz Lee.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em todo caso, os não religiosos tendem a não estar sozinhos nos países onde as violações graves são gritantes - os crimes contra ateus não são "eventos desconectados, mas parte de um padrão".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Como podemos ver no relatório deste ano, os direitos humanos tendem a ficar em pé ou a cair juntos", escreveu o presidente da IHEU, Andrew Corpson.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Quando os não religiosos estão sendo perseguidos, geralmente isto é um indicativo de que as minorias religiosas (ou outras minorias, como as de gênero) também são. Não é uma coincidência".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-42480994865421362017-12-27T11:00:00.000-02:002017-12-27T11:00:01.500-02:00Fafá de Belém é madrinha de navio-hospital católico que atenderá ribeirinhos da Amazônia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-f8xK2xkUcnY/WkI_FWsteLI/AAAAAAAASGU/XmPw3Fukx1wonK8l0m1ruZR_Udjb9ULXQCLcBGAs/s1600/fafa%2Bde%2Bbelem%2Bnavio%2Bhospital.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="610" src="https://2.bp.blogspot.com/-f8xK2xkUcnY/WkI_FWsteLI/AAAAAAAASGU/XmPw3Fukx1wonK8l0m1ruZR_Udjb9ULXQCLcBGAs/s1600/fafa%2Bde%2Bbelem%2Bnavio%2Bhospital.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A informação foi publicada no blog da Sonia Racy no <a href="http://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-fonte/fafa-a-madrinha-do-barco-hospital-da-amazonia/" target="_blank">Estadão</a> em 23/12/17, e - cá entre nós - não deu o destaque devido à brilhante iniciativa do Ministério Público do Trabalho, citada <i>en passant</i> no final da matéria:
</span></div>
<b><br /></b>
<div style="text-align: center;">
<b><b><span style="color: red; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">Fafá, a madrinha do barco-hospital da Amazônia</span></b></b></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">Sempre às voltas com a valorização da Amazônia, Fafá de Belém virou madrinha de um novo projeto: um hospital flutuante, pensado para atender à população ribeirinha do Estado do Pará. “Tem lugares lá aos quais só se chega de barco”, explicou a cantora belenense, que fez o show de lançamento do projeto no início do mês.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">O barco-hospital se chamará “Papa Francisco”, terá 100 leitos, quatro centros cirúrgicos, laboratório e uma unidade de imagens preparada para enviar raios-x e ultrassons, por satélite, para outras instituições – como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein, em SP.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;">A iniciativa é do frei Francisco Belotti, fundador da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, ao lado do empresário Henrique Prata, presidente do Hospital do Câncer de Barretos, do procurador Ronaldo José de Lima, do Ministério Público do Trabalho em Campinas, e da Emgepron, empresa de projetos da Marinha.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><span style="color: #134f5c;">O atendimento será completado, em rios menores – que não comportam barcos com 48 metros de extensão –, por 12 “ambulanchas”. E o melhor: orçado em R$ 24,5 milhões, o projeto já tem quem pague a conta. Os recursos virão da indenização por dano moral coletivo firmada em 2013 entre as empresas Raízen e Basf e o MP do Trabalho. A previsão é que fique pronto até agosto do ano que vem.</span> </span>/<span style="font-size: x-small;">PAULA REVERBEL
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-59768404602349692742017-12-26T11:00:00.000-02:002017-12-26T11:00:53.407-02:00Cristãos sírios erguem árvore de Natal a partir das ruínas de Homs<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-wAKnT_mdgXQ/WkJBTpZS9MI/AAAAAAAASGg/tp3UfgBtBxUfp5wAq0AtGZm8sRe2qBSbACLcBGAs/s1600/arvore%2Bde%2Bnatal%2Bhoms%2Bsiria%2Bcrist%25C3%25A3os%2Bru%25C3%25ADnas%2Bguerra%2Bcivil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="932" height="375" src="https://1.bp.blogspot.com/-wAKnT_mdgXQ/WkJBTpZS9MI/AAAAAAAASGg/tp3UfgBtBxUfp5wAq0AtGZm8sRe2qBSbACLcBGAs/s640/arvore%2Bde%2Bnatal%2Bhoms%2Bsiria%2Bcrist%25C3%25A3os%2Bru%25C3%25ADnas%2Bguerra%2Bcivil.jpg" width="608" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A informação foi publicada no <a href="http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,natal-em-meio-a-escombros-na-siria,70002129301" target="_blank">Estadão</a>:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Natal em meio a escombros na Síria</span></b>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Cristãos voltam a Homs e erguem árvore natalina</span></i>
</div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Três anos e meio após as forças do presidente sírio, Bashar Assad, terem reconquistado o controle sobre Homs, derrotando os opositores que tornaram a cidade a “capital da revolução”, muitos cristãos que tinham fugido da guerra retornaram a suas casas. Em meio aos edifícios destruídos na cidade velha, um pinheiro com uma estrela no topo indica que a celebração do Natal ocorrerá em paz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Próximo do pinheiro, instalado no bairro de Al-Hamidiyah, um reduto cristão na parte antiga de Homs, dezenas de retratos dos mortos nos combates estão penduradas no “muro da honra”, alguns já descoloridos pela chuva.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De acordo com dados da ADF International, ONG que advoga pela liberdade religiosa, quando o levante contra Assad começou, em 2011, 1,25 milhão de cristãos viviam na Síria – em 2016, esse número tinha baixado para menos de 500 mil, segundo a entidade, em razão da guerra e da perseguição por parte de radicais islâmicos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Segundo outro levantamento, da Missão Portas Abertas, organização que dá apoio a comunidades cristãs perseguidas, há 794 mil cristãos da Síria.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O cerco a Homs por parte das forças de Assad durou até maio de 2014, quando cerca de 2 mil rebeldes entrincheirados no bairro antigo se entregaram. “Em 2014, quando voltamos ao nosso bairro devastado, a árvore de Natal foi feita com escombros”, afirmou a cristã Rula Barjur, enquanto dava os últimos toques na decoração – de guirlandas prateadas e azuis – do pinheiro instalado na cidade velha.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em uma reportagem publicada no início deste mês, o World Watch Monitor, que divulga histórias seguidores do cristianismo que sofrem perseguição, narrou o retorno dos cristãos a Homs. Abdul al-Yussef, de 70 anos, pediu para ser fotografado diante da árvore em Al-Hamidiyah, para mandar a seus filhos, que se refugiaram da guerra na Alemanha. “Quero lhes pedir que retornem.” </span>/ <span style="font-size: x-small;">AFP
</span></div>
<br />
<hr />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-39280200529427590212017-12-24T11:20:00.002-02:002017-12-24T11:20:14.221-02:00Feliz Natal!<div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-dAG2PrFQISY/Wj-pVASbsQI/AAAAAAAASGE/mNlueOVh_70B4itjwKxDld5vnLC4bWPegCLcBGAs/s1600/modern%2Bchristmas-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="610" src="https://4.bp.blogspot.com/-dAG2PrFQISY/Wj-pVASbsQI/AAAAAAAASGE/mNlueOVh_70B4itjwKxDld5vnLC4bWPegCLcBGAs/s640/modern%2Bchristmas-001.jpg" width="610" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">"Ele se estabelecerá e os pastoreará</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">na força do SENHOR,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">na majestade do nome do SENHOR,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">o seu Deus.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">E eles viverão em segurança,</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">pois a grandeza dele</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">alcançará os confins da terra.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">Ele será a sua paz."</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: large;">(Miqueias 5:4-5)</span></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-91526054038243723712017-12-23T11:31:00.000-02:002017-12-23T11:31:43.827-02:00Quem são as mulheres católicas e evangélicas que lutam pelo direito ao aborto?<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-sitEWETbAZc/Wj5QEfg4UbI/AAAAAAAASF4/ePtQktGXbTAdMulJ5teNRjaqfOqOSKqygCEwYBhgL/s1600/cat%25C3%25B3licas%2Bpelo%2Bdireito%2Bde%2Bdecidir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="371" data-original-width="660" height="340" src="https://2.bp.blogspot.com/-sitEWETbAZc/Wj5QEfg4UbI/AAAAAAAASF4/ePtQktGXbTAdMulJ5teNRjaqfOqOSKqygCEwYBhgL/s640/cat%25C3%25B3licas%2Bpelo%2Bdireito%2Bde%2Bdecidir.jpg" width="608" /></a></div>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Matéria extensa publicada na <a href="http://www.bbc.com/portuguese/brasil-42372359" target="_blank">BBC Brasil</a>:
</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Os argumentos das católicas brasileiras que há 25 anos defendem o aborto</span></b>
</div>
<br />
<span style="font-size: x-small;">Camilla Veras Mota
</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O Papa Francisco não chega a comover. Elas não vão à missa aos domingos, defendem o Estado laico, a contracepção, o casamento gay e, há quase 25 anos, o aborto.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O mais antigo movimento no Brasil de católicas que pregam os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres nasceu entre um grupo de jovens que se inquietavam com questões que não ecoavam na Igreja, ainda no início dos anos 90.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Nós falávamos dos pobres, mas não olhávamos para as mulheres", diz Regina Soares Jurkewicz, coordenadora do <i>Católicas pelo Direito de Decidir</i> (CDD), referindo-se à Teologia da Libertação, corrente progressista que norteava a atuação das pastorais sociais das quais ela, a professora da PUC-SP Maria José Rosado-Nunes e a teóloga Luiza Tomita, também fundadoras, faziam parte nos anos 80.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em 1993, elas conheceram a médica uruguaia Cristina Grela - hoje parte da equipe do Ministério da Saúde do Uruguai, único país da América do Sul onde o aborto foi totalmente legalizado, em 2012, até a 12ª semana de gestação - em alguns casos, esse limite é maior.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Naquela época a ativista era integrante do grupo americano Catholics For Choice - que completa 45 anos em 2018 - e fazia um périplo pelo continente na tentativa de organizar um movimento semelhante na região. Além do Brasil, há "Católicas por el Derecho a Decidir" em outros dez países latinoamericanos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Depois de um evento na Igreja do Carmo, em São Paulo, o movimento foi lançado no dia 8 de março daquele ano. Está presente hoje em 14 Estados e atua em duas frentes - a educativa, com a produção de material didático para o ensino da religião e a realização de seminários para formação de multiplicadoras, e política, organizando debates, marchas e idas a Brasília.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em uma de suas campanhas mais recentes, o CDD foi às ruas em novembro para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181, que pode criminalizar o aborto mesmo nos casos em que ele hoje é permitido, como em gestações resultantes de estupro.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Entre seus membros, leigos e religiosos, está a freira feminista Ivone Gebara, punida pelo Vaticano em 1995 por defender publicamente em uma entrevista a descriminalização e a legalização do aborto.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na época à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Joseph Ratzinger - que anos depois se tornaria o papa Bento 16 - determinou que ela voltasse à Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, onde obteve seu doutorado, para passar dois anos reclusa, em "reeducação teológica".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Por não estar ligado à estrutura da Igreja, contudo, o movimento em si está fora dos limites de repreensão da hierarquia católica. As perseguições também não são frequentes, diz Jurkewicz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O que há são questões pontuais como a de Gebara e a que ela mesmo enfrentou quando publicou seu doutorado. Logo após a apresentação do trabalho, que reunia 21 casos de abuso sexual de mulheres por padres, a assistente social foi demitida da universidade em que lecionava, ligada à diocese de Santo André.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O antagonismo mais organizado vem de setores conservadores da religião, de instituições como Arautos do Evangelho e Opus Dei.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As "ameaças", dizem, chegam geralmente por email ou pelas redes sociais. "São mensagens dizendo que a gente vai para o inferno, essas coisas. Nada grave."
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>O aborto sempre foi considerado pecado?</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Para defender o aborto dentro da lógica religiosa, as ativistas argumentam que o início da vida sempre foi um ponto de divergência dentro da fé católica.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Nos primeiros séculos do cristianismo, exemplifica Jurkewicz, houve Santo Agostinho, que condenava o controle de natalidade e o aborto por romperem a conexão entre ato conjugal e procriação, mas que afirmava que ele não era um ato de homicídio.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Seus escritos a respeito do Êxodo diziam, sobre o feto, que "não existe alma viva em um corpo que carece de sensações". Ele nunca chegou a uma conclusão sobre o momento em que a vida começava.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Já o teólogo Tertuliano defendia em 160 que a concepção era o início de tudo e, por isso, condenava a prática.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Não é um dogma de fé, é uma questão disciplinar", diz ela, acrescentando que nos cadernos penitenciais da Igreja na Idade Média o aborto era colocado entre outros pecados sexuais.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os Cânones Irlandeses de 675, por exemplo, previam 14 anos a pão e água para aquele que tivesse relação sexual com a vizinha e três anos e meio para quem destruísse um embrião no ventre.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O tema passou a ser oficialmente condenado pela Igreja apenas em 1869, a partir de um boletim do papa Pio 9.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>A posição da Igreja hoje e o papa Francisco</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em sua nota "Pela vida, contra o aborto", de abril deste ano, afirma que "a tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O texto defende a "integralidade, inviolabilidade e a dignidade da vida humana desde a sua concepção até a morte natural" e condena "todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil".
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A posição sempre foi a mesma: defender e cuidar da vida humana desde a sua concepção. A vida humana é preciosa demais para ser eliminada ou descartada", diz o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, em nota enviada à BBC Brasil.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O papa Francisco manteve o entendimento que herdou dos antecessores, apesar de ter autorizado, em novembro do ano passado, que padres pudessem perdoar o aborto - prerrogativa que antes era restrita a bispos ou confidentes especiais da Igreja.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A ideia (por trás da iniciativa do Papa Francisco) é mais de compaixão, de perdão. A Igreja não trabalha com direitos (para as mulheres)", diferencia Jurkewicz.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As ativistas do CDD são críticas em relação ao papel do feminino na Igreja Católica, que limitaria "os espaços de poder e saber" aos homens.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"A posição oficial guarda a tradição da mulher como mãe, está carregada de atributos de gênero. Mesmo as freiras são vistas como 'mães espirituais'", ressalta.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>São Tomás de Aquino</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O princípio do "recurso à consciência" é outro argumento usado pelas ativistas para defender suas bandeiras e o primeiro destacado pelo movimento do qual se originou o CDD, o americano Catholics for Choice (CFC).
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A ideia é que cada católico tome decisões guiadas pelo pensamento individual, ponderando o efeito de suas ações sobre si e sobre o próximo, e que respeite o arbítrio do outro.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"São Tomás de Aquino afirmava que nossa consciência não é um atributo das instituições", diz Amanda Ussak, diretora do programa internacional do CFC.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A organização surgiu nos Estados Unidos em 1973, ano em o aborto foi legalizado no país após decisão da Suprema Corte no emblemático caso Roe v. Wade.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Prevendo uma onda de reações contrárias de instituições religiosas, um grupo de católicas decidiu se reunir e se contrapor às pressões por recuos. Uma década depois, o movimento deu início à sua expansão internacional.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A iniciativa, afirma Ussak, veio da percepção de que criminalização do aborto prejudicava especialmente as mulheres pobres, grupo que ainda hoje registra o maior número de mortes por complicações em procedimentos feitos em clínicas clandestinas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Hoje a organização atua também na Europa e na África, dando treinamento às organizações para comunicar as campanhas e apoio às iniciativas para mudar as leis locais.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Um exemplo recente de atuação nesse sentido aconteceu no Chile, onde o Congresso aprovou, em agosto, a descriminalização em caso de risco de vida da mulher, inviabilidade fetal e estupro. Até então, qualquer tipo de aborto era proibido.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na Argentina, o Católicas por el Derecho a Decidir (CDD) participou das discussões que culminaram, em 2006, na Lei de Educação Sexual Integral - semelhante à educação de gênero hoje debatida no Brasil -, na Lei para Prevenir e Erradicar a Violência contra a Mulher, de 2009, e a Lei de Identidade de Gênero, de 2012, que permitiu que travestis e transexuais escolhessem o sexo no registro civil.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Nos falta ainda a legalização do aborto", afirma Victoria Tesoriero, uma das coordenadoras do movimento argentino.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/--qwe5wyqoik/Wj5QX7u3vPI/AAAAAAAASF4/XPVSbmH61k0hfT4cOkgahHF57lWHmiB4QCEwYBhgL/s1600/evang%25C3%25A9licas%2Bigualdade%2Bde%2Bg%25C3%25AAnero.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="351" data-original-width="624" src="https://2.bp.blogspot.com/--qwe5wyqoik/Wj5QX7u3vPI/AAAAAAAASF4/XPVSbmH61k0hfT4cOkgahHF57lWHmiB4QCEwYBhgL/s1600/evang%25C3%25A9licas%2Bigualdade%2Bde%2Bg%25C3%25AAnero.jpg" /></a></div>
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b><br /></b></span>
<b style="color: #134f5c; font-family: georgia, "times new roman", serif;">As evangélicas</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Hoje há iniciativas semelhantes às ONGs católicas entre mulheres pentecostais e neopentecostais. O Evangélicas pela Igualdade de Gênero (EIG), por exemplo, nasceu em 2015 voltado especialmente para a questão da violência contra a mulher.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Eu nasci nas Assembleias de Deus, no movimento pentecostal, e durante muito tempo testemunhei todo tipo de violência, institucional, simbólica, assédio", conta Valéria Vilhena, uma das fundadoras da rede, que hoje soma 3 mil mulheres.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em sua tese de mestrado, feita na Universidade Metodista, onde dá aulas hoje, ela mergulhou no cotidiano de uma casa de acolhimento para vítimas de violência doméstica em São Paulo e verificou que 40% das atendidas eram evangélicas.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O aborto, para ela, entra na problemática da negação de direitos às mulheres e da violência. A posição pública a favor, contudo, veio apenas neste ano, em reação à PEC 181.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">"Não estamos trabalhando a questão da legalização a partir da Bíblia porque nós queremos desvinculá-la da questão religiosa. É uma questão de saúde pública", destaca. "A questão é essa: mulheres morrem", emenda.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4211669855366611290.post-19038119145695145232017-12-22T11:07:00.000-02:002017-12-22T11:10:57.400-02:00Lei obriga escolas de Rondônia a hastearem a bandeira imperial<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/--i78_IQcTNk/Wj0CyQqJYwI/AAAAAAAASFg/b_v4a7moRDo5eF432m063Ud8QB99MwkxgCLcBGAs/s1600/bandeira%2Bimperio%2Bbrasil.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="517" data-original-width="798" height="393" src="https://3.bp.blogspot.com/--i78_IQcTNk/Wj0CyQqJYwI/AAAAAAAASFg/b_v4a7moRDo5eF432m063Ud8QB99MwkxgCLcBGAs/s640/bandeira%2Bimperio%2Bbrasil.PNG" width="608" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E o ex-país chamado Brasil segue a passos largos em sua marcha-à-ré em direção ao passado escravocrata e colonizado, com destino final na mais completa insignificância e irrelevância no contexto mundial. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A evidência neste sentido vem, hoje, do Estado de Rondônia, onde há vasta população evangélica, devidamente representada no parlamento local.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A notícia foi publicada pela <a href="http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/lei-estadual-obriga-escolas-a-hastear-bandeira-do-brasil-imperial-8a2irtzsttli10wllg7od5u6s" target="_blank">Gazeta do Povo</a> de Curitiba:
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="color: red; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: large;">Lei estadual obriga escolas a hastear bandeira do Brasil Imperial</span></b>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Projeto aprovado em Rondônia também obriga a execução diária dos hinos Nacional, da Independência e do estado. No varejo, custo das bandeiras do Império passa de R$ 60 mil
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">As mais de 400 escolas do ensino fundamental e médio de Rondônia terão de hastear diariamente a bandeira do Brasil Império. Uma lei estadual aprovada neste mês obriga todas as escolas a realizar, nos dias letivos, cerimônia de hasteamento e arriamento das bandeiras do Brasil, do Brasil Imperial e a bandeira do estado, junto com a execução dos os hinos nacional, da Independência e estadual.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O autor do projeto, deputado Lebrão (PMDB), afirma que a iniciativa tem o objetivo de criar o civismo entre os jovens. A justificativa para obrigar a inclusão da bandeira imperial no rol de pavilhões nas escolas é a comemoração do bicentenário da independência do Brasil, em 2022.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“Considerando há (sic) falta de civismo por essa geração, que muitas vezes desconhece a própria letra do Hino Nacional. Somado o alto grau de violência que nossa sociedade passa, valores éticos e morais se perderam com o decorrer das décadas. Por todo exposto, e por ser um clamor quase unânime das famílias de bem de nosso querido estado, que na ânsia de voltar aos bons tempos do respeito e dos símbolos nacionais, como forma de demonstrar orgulho e respeito a nossa pátria é que apresentamos importante projeto a ser deliberado”, escreveu o deputado na justificativa.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os movimentos monarquistas articularam a inclusão dos símbolos do Império em lei que já prevê a cerimônia cívica nas escolas. O líder da Organização Império Brasil (OIB) em Rondônia, Uílian Martins, conta que os deputados que apoiaram o projeto – 20 dos 24 parlamentares, em votação em dois turnos – se sensibilizaram pela importância de os jovens conhecerem os hinos e símbolos cívicos.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“O bicentenário da independência ocorre em cinco anos. No princípio o deputado ficou receoso, mas depois apoiou”, disse Martins.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A expectativa é que o projeto seja publicado oficialmente no começo do ano que vem, pois agora a assembleia estadual entra em recesso. A lei foi aprovada em plenário em 5 de setembro, mas voltou com veto do governador no dia 28 de novembro. Na última terça-feira (12), o veto foi derrubado pelos deputados.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>
Dinheiro do Fundeb para comprar bandeiras do Império</b>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A cerimônia cívica e o hasteamento das bandeiras – inclusive a imperial – deve começar em março de 2018, projeta o monarquista. Será necessário fazer licitação para a compra das mais de 400 bandeiras imperiais, além de unidades da bandeira brasileira e do estado para as escolas que informarem que estão sem o material.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os custos para a compra das bandeiras não está previsto no Orçamento do estado, mas defensores da medida avaliam que até mesmo os recursos do Fundo Nacional da Educação (Fundeb) poderão ser utilizados com esse fim.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em lojas especializadas em bandeiras na internet, a bandeira imperial com 1,35 m x 1,93 m é vendida por R$ 155 a unidade. Em preço de varejo, seriam R$ 62 mil para a aquisição das 400 bandeiras.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“A lei ajudará a contar a história da maneira certa. Os livros contam a história de maneira errada. Se fala da Monarquia, mas se omite muita coisa”, afirmou Peterson Freitas Inácio, um dos líderes do movimento monarquista em Rondônia.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">
Deputados derrubaram veto do governador
</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os deputados estaduais tiveram de derrubar veto do governador Confúcio Moura (PMDB) ao projeto. Em sessão da Assembleia Legislativa no dia 12 de dezembro, os deputados estaduais garantiram a manutenção da lei, que agora será promulgada pelo presidente da casa. Na sessão, os deputados defenderam a aplicação da medida.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“Esse projeto é muito importante. O respeito às nossas tradições, à pátria. Estamos pedindo ajuda de todos os parlamentares para derrubar o veto”, afirmou o deputado Alex Redano (PRB).
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">“Isso é a volta da educação moral e cívica nas escolas. Se pegarmos nossos alunos do ensino médio, eles não sabem cantar o hino nacional. Eles não conhecem nem a bandeira do Brasil, infelizmente. Nós perdemos os nossos valores”, afirmou o autor no projeto e primeiro-secretário da Assembleia, deputado Lebrão.
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #134f5c; font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
<hr style="text-align: justify;" />
<br /><div class="blogger-post-footer">Contribua para uma blogosfera democrática, gentil, ética e colaborativa. Ao copiar textos deste blog, cite as fontes e os links que fazemos questão de indicar, dando o devido crédito a quem merece. Quanto aos textos que produzimos, pratique a generosidade: copie à vontade, mas indique a fonte e o respectivo link para acesso direto. Evite rearranjar nossos artigos e traduções, apresentando-os como se fossem de sua autoria. Isto, além de vergonhoso e preguiçoso, não é nada cristão.</div>Hélio Parizhttp://www.blogger.com/profile/16535306673500463957noreply@blogger.com0