
A vida é curta e no dia-a-dia estressante ou mesmo na rotina de momentos entediantes, nos esquecemos facilmente do nosso chamado – como cristãos – a vivê-la de maneira diferente, em constante renovação. Afinal, mesmo que as misericórdias de Deus sejam novas a cada manhã (Lamentações 3:22-23), permitimos que os cuidados da vida sufoquem o verdadeiro sentido que ela deve ter para com Deus, que consiste em aprendizado e crescimento permanentes. De vez em quando temos
insights de que algo em nós mudou, que amadurecemos, que deixamos as coisas antigas para trás, e estamos prontos para (mais) uma nova etapa. A tendência natural humana é acomodar-se à situação, admitir que não é possível mudar e simplesmente conformar-se com as dificuldades. Entretanto, a vida cristã não é algo estático, mas dinâmico, em constante progresso, ainda que isso não signifique o acúmulo de riquezas e benesses que caracterizam a pregação da teologia da prosperidade. Não, não se trata disso. Finalmente entendemos o que Paulo queria dizer ao nos exortar a não nos conformarmos com este mundo, mas nos transformarmos pela renovação da nossa mente, para que assim experimentemos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para nós (Romanos 12:2). Nascemos de novo (João 3:3), nos tornamos novas criaturas (2ª Coríntios 5:17), nos despimos do homem velho (Colossenses 3:9), renovamos as nossas forças (Isaías 40:31), andamos em novidade de vida (Romanos 6:4) e nos esquecemos das coisas que ficaram para trás e avançamos para as que estão adiante (Filipenses 3:13). Vamos sendo constantemente transformados, de glória em glória (2ª Coríntios 3:18), mesmo através dos problemas e dilemas que enfrentamos. Ainda que passemos pelo vale da morte (Salmo 23:4) ou pela angústia (Salmo 91:15), o Senhor está lá conosco, segurando-nos pela mão, os metendo as Suas próprias mãos no barro para nos fazer vasos novos (Jeremias 18:3-6). “Mas agora, ó Senhor, tu é nosso Pai, nós somos o barro e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Isaías 64:7). O nosso Pai, que no final dos tempos fará novas todas as coisas (Apocalipse 21:5), nos permite desde já termos vislumbres do Seu infinito trabalho de renovação das nossas vidas. O Senhor que nos perdoe, mas mesmo que Ele nos convide a cantar um cântico novo (Isaías 42:8-9), nessas horas dá vontade de cantar aquele antigo corinho:
Eu quero ser, Senhor amado.
Como um vaso nas mãos do oleiro.
Quebra a minha vida e faze-a de novo .
Eu quero ser, eu quero ser um vaso novo!
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