
Hoje faz 200 anos da Revolución de Mayo, o episódio da história argentina que corresponde ao começo da independência do país, com o não reconhecimento da monarquia espanhola sob domínio de Napoleão. Na prática, o Vice-Reinado do Prata, que corresponde ao território hoje compreendido por Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, alcança a sua autonomia a partir de 1810, mas a declaração formal de independência só vai acontecer em 9 de julho de 1816. Como tenho grandes amigos e irmãos argentinos, e aprendi a amar este país, resistindo à idiota rivalidade futebolística animada por Galvão Bueno, fica aqui minha homenagem a los hermanos del sur, com o que essa mesma rivalidade tem de bom: o desejo de ganhar, o medo de perder, mas acima de tudo, o respeito pelo contrário, tudo isso limitado a quatro linhas de uma belíssima diversão chamada futebol. Quando temos oportunidade de conhecer o país e conviver com as pessoas no dia-a-dia toda essa imagem de inimizade e arrogância desaparece rapidamente, e percebemos como somos parecidos, inclusive na paixão pelo futebol. É muito triste que o país enfrente uma crise política, econômica e institucional há tanto tempo, deixando os argentinos cada vez mais melancólicos e saudosos de um passado glorioso que não volta mais. Queira Deus que o bicentenário da independência sirva de estímulo a construir outro país, mais próspero, justo e solidário. Como diz o hino deles: "Al gran pueblo argentino, ¡salud!"
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