
Matarazzo: “É claro que Alckmin é da Opus Dei”
Por Marcus V F Lacerda
Andrea Matarazzo, reconhecido como “peso-pesado” do PSDB, acreditava que a ligação entre Alckmin e o grupo político de direita Opus Dei era clara, apesar do candidato tucano à presidência sempre negar.
O então secretário de Subprefeituras recebeu o cônsul Christopher McMullen em seu escritório em 14 de junho de 2006.
“Como um católico conservador (“é claro” que Alckmin é membro da Opus Dei, apesar das suas negativas, opinou Matarazzo, apesar de não ser um dos líderes do grupo), Alckmin tem uma certa postura direitista no seu estilo de governar, o que ajuda a explicar por que ele tem o apoio de um segmento tão grande do empresariado”, relata o telegrama.
Nesse momento, o telegrama nota que a conversa é interrompida por um telefonema em que Matarazzo trata rapidamente com um líder GLBT detalhes da parada gay de São Paulo.
Terra de ninguém
O ex-embaixador do Brasil na Itália e ex-chefe da SECOM presidencial de Fernando Henrique Cardoso é identificado como sendo descendente de uma das famílias mais ricas do Brasil. “Passo metade do meu dia nessa terra de ninguém”, disse ele referindo-se ao centro de São Paulo.Matarazzo era, na época, nada menos que subprefeito da região Sé.
Matarazzo mostrava-se insatisfeito com a escolha de seu partido por Alckmin e personifica bem o choque de culturas existente no PSDB mencionado por Lembo quando McMullen o encontrou em março daquele ano.
De acordo com Matarazzo, Serra tinha uma visão nacional, ao contrário de Alckmin que preferia ater-se a uma perspectiva macroeconômica ortodoxa. De acordo com ele ainda, a reeleição de Alckimin para o Palácio dos Bandeirantes foi conquistada devido a méritos de Mário Covas, que já haveria colocado as contas do estado em harmonia. O já falecido ícone do PSDB, confidenciou Matarazzo, teve Geraldo como seu vice a contra-gosto. “Alckmin começou o Rodoanel e não terminou”, ilustrou o secretário.
Matarazzo faz pouco da carreira política de Alckmin que, segundo ele, havia sido prefeito de Pindamonhangaba, deputado federal e vice de Covas. O telegrama observa que o tucano “desatentamente ou por outro motivo” não contabilzou um legislatura como deputado estadual na AL-SP e que nas duas vezes em que Alckmin havia sido eleito para a Câmara Federal, o médico de Pindamonhanagava esteve entre os mais votados do partido.
Serra
Em contraponto a Geraldo, Matarazzo apresenta Serra como um político nacional que já havia sido depudato federal, senador, duas vezes ministros, duas vezes ministro e autor de duas emendas constitucionais. O candidato tucano à presidência em 2002 e 2010 sabia que se Alckmin ganhasse, suas chances de chegar à presidência estariam acabadas aos 64 anos de acordo com Andrea. Diante deste mesmo cenário, o secretário ainda confabula um eventual desligamento de Aécio Neves do PSDB, a fim de nutrir suas aspirações presidenciais.
O baixo-clero do PSDB que apoiava Alckmin teria muita habilidade política na Assembléia Legislativa paulista, mas não em um nível nacional, descreve Matarazzo. Para ele, o “choque de gestão” de Alckmin não significaria nada para o pobre e rural Nordeste. Reforçando suas análises, o magnata apresentou números do crescimento de venda de eletrodomésticos na região.
O telegrama termina com a observação de que, apesar da insatisfação do tucano com a escolha de Alckmin, Matarazzo não mencionou a desistência de Serra frente ao candidato mais jovem mesmo tendo preferência expressiva dentro do partido. Desde que saiu da prefeitura da capital paulista para ser o candidato de seu partido ao governo do estado, havia tornado-se invisível e foi operado de uma hérnia. As pesquisas mostravam que ele seria eleito no primeiro turno e preferiu ser discreto para não abalar o cenário favorável.
O então secretário de Subprefeituras recebeu o cônsul Christopher McMullen em seu escritório em 14 de junho de 2006.
“Como um católico conservador (“é claro” que Alckmin é membro da Opus Dei, apesar das suas negativas, opinou Matarazzo, apesar de não ser um dos líderes do grupo), Alckmin tem uma certa postura direitista no seu estilo de governar, o que ajuda a explicar por que ele tem o apoio de um segmento tão grande do empresariado”, relata o telegrama.
Nesse momento, o telegrama nota que a conversa é interrompida por um telefonema em que Matarazzo trata rapidamente com um líder GLBT detalhes da parada gay de São Paulo.
Terra de ninguém
O ex-embaixador do Brasil na Itália e ex-chefe da SECOM presidencial de Fernando Henrique Cardoso é identificado como sendo descendente de uma das famílias mais ricas do Brasil. “Passo metade do meu dia nessa terra de ninguém”, disse ele referindo-se ao centro de São Paulo.Matarazzo era, na época, nada menos que subprefeito da região Sé.
Matarazzo mostrava-se insatisfeito com a escolha de seu partido por Alckmin e personifica bem o choque de culturas existente no PSDB mencionado por Lembo quando McMullen o encontrou em março daquele ano.
De acordo com Matarazzo, Serra tinha uma visão nacional, ao contrário de Alckmin que preferia ater-se a uma perspectiva macroeconômica ortodoxa. De acordo com ele ainda, a reeleição de Alckimin para o Palácio dos Bandeirantes foi conquistada devido a méritos de Mário Covas, que já haveria colocado as contas do estado em harmonia. O já falecido ícone do PSDB, confidenciou Matarazzo, teve Geraldo como seu vice a contra-gosto. “Alckmin começou o Rodoanel e não terminou”, ilustrou o secretário.
Matarazzo faz pouco da carreira política de Alckmin que, segundo ele, havia sido prefeito de Pindamonhangaba, deputado federal e vice de Covas. O telegrama observa que o tucano “desatentamente ou por outro motivo” não contabilzou um legislatura como deputado estadual na AL-SP e que nas duas vezes em que Alckmin havia sido eleito para a Câmara Federal, o médico de Pindamonhanagava esteve entre os mais votados do partido.
Serra
Em contraponto a Geraldo, Matarazzo apresenta Serra como um político nacional que já havia sido depudato federal, senador, duas vezes ministros, duas vezes ministro e autor de duas emendas constitucionais. O candidato tucano à presidência em 2002 e 2010 sabia que se Alckmin ganhasse, suas chances de chegar à presidência estariam acabadas aos 64 anos de acordo com Andrea. Diante deste mesmo cenário, o secretário ainda confabula um eventual desligamento de Aécio Neves do PSDB, a fim de nutrir suas aspirações presidenciais.
O baixo-clero do PSDB que apoiava Alckmin teria muita habilidade política na Assembléia Legislativa paulista, mas não em um nível nacional, descreve Matarazzo. Para ele, o “choque de gestão” de Alckmin não significaria nada para o pobre e rural Nordeste. Reforçando suas análises, o magnata apresentou números do crescimento de venda de eletrodomésticos na região.
O telegrama termina com a observação de que, apesar da insatisfação do tucano com a escolha de Alckmin, Matarazzo não mencionou a desistência de Serra frente ao candidato mais jovem mesmo tendo preferência expressiva dentro do partido. Desde que saiu da prefeitura da capital paulista para ser o candidato de seu partido ao governo do estado, havia tornado-se invisível e foi operado de uma hérnia. As pesquisas mostravam que ele seria eleito no primeiro turno e preferiu ser discreto para não abalar o cenário favorável.
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