
O mundo de fala alemã parece ser uma constante ameaça à autoridade do Vaticano. Cerca de 300 dos 4.200 padres austríacos se comprometeram a tomar parte no movimento Aufruf zum Ungehorsam ("Chamado à Desobediência"), que foi lançado no último mês de junho, e que consiste num protesto coletivo contra "a recusa romana a uma longamente esperada reforma na Igreja e a inação dos bispos". Segundo o site Catholic Culture, as propostas básicas dos padres-ativistas austríacos são as seguintes:
- orar por uma reforma de toda a liturgia da igreja, já que "na presença de Deus há liberdade de expressão";
- não negar a santa eucaristia aos "crentes de boa vontade", incluindo os cristãos não-católicos e aqueles que tenham se casado novamente fora da Igreja;
- evitar oferecer o rito da Missa mais de uma vez aos domingos e dias santos, e também fazer uso de padres visitantes - em vez disso incentivar uma Liturgia da Palavra adaptada à comunidade local;
- descrever a Liturgia da Palavra com a distribuição da comunhão como uma "celebração eucarística sem necessidade de padre"; o que permitiria cumprir as obrigações de domingo numa época de falta de sacerdotes”;
- “ignorar” as normas canônicas que permitem apenas ao clero a pregação da homilia;
- opor-se a fusões de paróquias, insistindo, em vez disso, que cada paróquia tenha o seu líder individual, "seja ele homem ou mulher”;
- “aproveitar toda e qualquer oportunidade para falar abertamente a favor do sacerdócio de casados e mulheres”.
O Cardeal de Viena, Christoph Schönborn, se disse chocado com o chamado deliberado à desobediência, numa carta datada do último dia 7 de julho, ameaçando que "muitos profissionais já teriam perdido seus empregos há muito tempo, se eles tivessem feito um chamado à desobediência", lembrando ainda do voto de obediência que cada padre faz ao seu bispo e ao papa no ato da ordenação, pelo que agregou a pergunta: "Posso confiar em vocês?"
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