Quando o inverno de 2016 chegar, centenas, talvez milhares, de turistas, dirigentes e atletas cristãos, hindus, muçulmanos, ateus, etc., subirão ao Corcovado e farão questão de tirar a tradicional foto com os braços abertos aos pés da estátua do Cristo Redentor, símbolo soberano que paira sobre a cidade do Rio de Janeiro, que sediará os Jogos Olímpicos daquele ano.
Mais do que um símbolo religioso, o monumento é um cartão postal não só do Rio, mas do Brasil, imediatamente reconhecido e associado com a cidade e o país.
Entretanto, agências internacionais repercutem hoje a notícia de que ameaça ruir a iniciativa da Embratur em aproveitar as Olimpíadas de 2012, em Londres, e montar uma réplica do Cristo no elegante bairro de Primrose Hill.
A proposta tem enfrentado resistências, muito mais relacionadas à perturbação da paz das mansões milionárias que ali se aninham na capital britânica do que propriamente por razões religiosas.
Contudo, essas últimas são sempre ventiladas quando se trata de representar o monumento cristão num mundo e num país em que, cada vez mais, as diferenças religiosas e os movimentos ateístas optam por bloquear qualquer situação em que uma determinada religião tenha lugar de destaque em relação às outras ou mesmo à falta de fé.
Você acha que Richard Dawkins vai perder uma oportunidade de ouro dessas para "tacar pedras na cruz" (à sua maneira, é claro)?
O Cristo Redentor, que tecnicamente pertence à Arquidiocese católica do Rio de Janeiro, já havia tido uma participação mínima nos vídeos promocionais da campanha carioca para conseguir a indicação em 2009, justamente para se afastar a polêmica desde o início, mas daqui em diante não há mais como evitá-la.
Como mostrar o Rio de Janeiro e o Brasil ao mundo escondendo o seu principal monumento?
O que fazer para que ninguém se sinta ofendido com a ostentação de um símbolo religioso incontornável?
Essas são apenas algumas das questões que veremos o mundo desportivo e os comitês olímpicos discutirem nos próximos anos.
Enquanto isso o conhecido monumento carioca terá que experimentar a sua fase equilibrista de "balança, mas não cai".
De qualquer maneira, dificilmente alguém perderá a oportunidade de tirar a clássica e acolhedora foto com os abraços abertos.
Minha modéstia me leva a confessar, entretanto, que cometi um erro ao iniciar este texto: não existe inverno no Rio de Janeiro...
Mais do que um símbolo religioso, o monumento é um cartão postal não só do Rio, mas do Brasil, imediatamente reconhecido e associado com a cidade e o país.
Entretanto, agências internacionais repercutem hoje a notícia de que ameaça ruir a iniciativa da Embratur em aproveitar as Olimpíadas de 2012, em Londres, e montar uma réplica do Cristo no elegante bairro de Primrose Hill.
A proposta tem enfrentado resistências, muito mais relacionadas à perturbação da paz das mansões milionárias que ali se aninham na capital britânica do que propriamente por razões religiosas.
Contudo, essas últimas são sempre ventiladas quando se trata de representar o monumento cristão num mundo e num país em que, cada vez mais, as diferenças religiosas e os movimentos ateístas optam por bloquear qualquer situação em que uma determinada religião tenha lugar de destaque em relação às outras ou mesmo à falta de fé.
Você acha que Richard Dawkins vai perder uma oportunidade de ouro dessas para "tacar pedras na cruz" (à sua maneira, é claro)?
O Cristo Redentor, que tecnicamente pertence à Arquidiocese católica do Rio de Janeiro, já havia tido uma participação mínima nos vídeos promocionais da campanha carioca para conseguir a indicação em 2009, justamente para se afastar a polêmica desde o início, mas daqui em diante não há mais como evitá-la.
Como mostrar o Rio de Janeiro e o Brasil ao mundo escondendo o seu principal monumento?
O que fazer para que ninguém se sinta ofendido com a ostentação de um símbolo religioso incontornável?
Essas são apenas algumas das questões que veremos o mundo desportivo e os comitês olímpicos discutirem nos próximos anos.
Enquanto isso o conhecido monumento carioca terá que experimentar a sua fase equilibrista de "balança, mas não cai".
De qualquer maneira, dificilmente alguém perderá a oportunidade de tirar a clássica e acolhedora foto com os abraços abertos.
Minha modéstia me leva a confessar, entretanto, que cometi um erro ao iniciar este texto: não existe inverno no Rio de Janeiro...
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