A crise da segurança pública no Estado de São Paulo torna a insegurança uma sensação disseminada por toda a sociedade.
Enquanto a PM e o PCC "brincam" de gato e rato, aproveitando o desgoverno do Estado, quem paga o pato é a população, conforme o pequeno (e trágico) exemplo da notícia abaixo, publicada na Folha.
Muito provavelmente, não vai acontecer nada com o policial. Ele vai alegar legítima defesa putativa, que apesar do nome aparentemente feio, significa a reação de alguém que se vê - equivocadamente - ameaçado por outra pessoa.
Também não vai acontecer nada com quem deveria escolher e treinar melhor os policiais que contrata para - supostamente - servir e proteger o seu eleitorado, a não ser que este acorde e se vingue - pacificamente - nas urnas.
Senão, daqui a pouco, teremos todos que andar com os braços pra cima e as mãos vazias nas ruas das cidades paulistas.
Senão, daqui a pouco, teremos todos que andar com os braços pra cima e as mãos vazias nas ruas das cidades paulistas.
Cabo confunde Bíblia com arma e mata gari
Evangélico, homem de 39 anos seguia para a igreja na quarta-feira quando foi abordado por policiais em Avaré
Policial militar diz ter suspeitado que Bíblia que a vítima carregava sob sua camisa seria uma arma de fogo
Um cabo da Polícia Militar atirou e matou um gari evangélico de 39 anos, em Avaré (a 262 km de São Paulo), ao confundir a Bíblia que o homem carregava sob sua camisa com uma arma de fogo.
A tragédia aconteceu por volta das 20h de anteontem no bairro Bonsucesso, quando o gari da Prefeitura de Avaré Antonio Marcos dos Santos ia para um culto religioso.
Policiais militares faziam patrulhamento na rua Félix Fagundes quando suspeitaram do gari e pediram para ele levantar as mãos.
Segundo o cabo João Samir de Oliveira, 36, que estava acompanhado do sargento Carlos Piagentino da Silva, 35, o gari não teria atendido a ordem de levantar as mãos dada sucessivas vezes e, num dado momento, tentou retirar um objeto que levava sob a camisa, que parecia ser uma arma de fogo.
Foi nesse momento que o cabo disse ter sacado a pistola e efetuado um disparo. O gari foi atingido no pescoço.
O major Maurício José Raimundo, subcomandante do 53º Batalhão do Interior, onde o cabo Oliveira trabalha, afirmou que o policial não tinha histórico de atos violentos. A reportagem não localizou seu advogado.
O policial disse que efetuou o disparo porque pensou que o canto da capa dura da Bíblia (que é de cor escura) fosse o cabo de uma arma de fogo.
Os policiais chegaram a levar Santos para um pronto-socorro, mas o gari não resistiu aos ferimentos e morreu.
O cabo Oliveira foi preso em flagrante sob suspeita de homicídio e transferido ontem mesmo para o Presídio Militar Romão Gomes, no bairro da Água Fria (zona norte de São Paulo).
Ainda de acordo com o major, o subordinado tem 11 anos e sete meses de serviços prestados à polícia.
Segundo o major, o cabo é um PM respeitado pelos colegas e não havia nada que levasse o comando a suspeitar da versão apresentada por ele sobre o caso.
O major disse ainda que familiares de Santos afirmavam que a vida do gari praticamente se limitava a trabalhar e ir à igreja.
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