"Profeteiros" do apocalipse, alegrai-vos, vocês acabam de ganhar um aliado superpoderoso: nada mais nada menos do que a NASA.
A agência responsável pelo programa espacial norteamericano não chega a requintes de crueldade de marcar uma data para o fim do mundo, mas dá pistas interessantes de que o dia final está mais próximo do que você pensava.
Uma equipe de especialistas reunida pela NASA chegou a conclusão de que a civilização moderna está caminhando a passos largos para o catastrófico colapso final em razão de dois fatores básicos: a crescente instabilidade econômica e o esgotamento dos recursos naturais do planeta.
Mediante o uso de modelos teóricos que predizem o que acontecerá com o mundo industrializado, matemáticos concluíram que - mesmo nas hipóteses mais otimistas - o mundo vai degringolar de maneira inevitável e muito rápida.
A comparação da situação atual foi feita com civilizações sofisticadas do passado, como os impérios romano, han (China), máuria e gupta (Índia), em que a elite das respectivas épocas continuou fazendo seus negócios como se nada estivesse acontecendo, mesmo tendo sido avisada que o desastre estava próximo, até que nada mais pudesse ser feito para evitar a ruína final.
O matemático Safa Motesharri afirma que "o processo de crescimento-e-colapso é - de fato - um ciclo recorrente durante toda a História".
A análise foi corroborada por uma equipe de especialistas em ciências naturais e sociais e publicada na revista Ecological Economics, segundo informa o jornal britânico The Guardian.
Os fatores levados em conta para se chegar a essa fantasmagórica conclusão foram cinco: população, clima, água, agricultura e energia.
Motesharri concluiu que, quando esses fatores convergem para o mesmo ponto, eles podem causar a ruína da civilização por causa do "esgotamento dos recursos" e da "estratificação econômica da sociedade" entre "elites" e "massas".
Como as elites consomem demasiado, é inevitável que se chegue a um ponto onde as massas passarão fome e aí tudo estará definitivamente perdido, acrescenta o pesquisador.
O mesmo grupo de cientistas alerta, entretanto, que o fim do mundo, tal como previram, não é inevitável, mas algo precisa ser feito urgentemente para reverter o presente quadro de declínio dos recursos naturais a tempo de que se consiga evitar a ruína da civilização moderna.
A solução, portanto, viria de duas frentes que precisam ser imediatamente atacadas: reduzir a desigualdade econômica para garantir uma distribuição mais justa dos recursos, bem como reduzir o consumo desses recursos buscando maneiras sustentáveis de renová-los, com a concomitante diminuição do crescimento da população.
Resta saber se há vontade política (e econômica) no globo para levar a cabo essas medidas. Quem viver, verá!
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