Matéria publicada no Brasil Post:
Uma hora de TV por dia aumenta risco de obesidade infantil em 50%
Giulia Vidale
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, indica que crianças que assistem TV por um período de uma a duas horas correm um risco 47% maior de serem obesas, em relação aos que passam menos tempo em frente ao aparelho. Os resultados foram apresentados durante o encontro anual das Sociedades Acadêmicas de Pediatria, realizado em San Diego, na Califórnia.
A conclusão contraria as diretrizes da Academia Americana de Pediatria. A instituição recomenda que as crianças passem no máximo duas horas por dia em frente à TV. Mark DeBoer, professor de pediatria e coordenador do estudo, espera que seus dados possam ajudar a mudar essa indicação para uma até hora diária.
Os pesquisadores observaram os hábitos de cerca de 11.000 crianças americanas entre cinco e oito anos de idade. Em média, elas assistem 3,3 horas de televisão diariamente - o dobro de tempo em relação aos brasileiros.
Para Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, o grande desafio para as crianças é justamente desvincular o TV com o hábito de petiscar. "É muito importante prestar atenção nos alimentos que estamos ingerindo, de modo a fazer as escolhas mais acertadas, o que na frente da televisão é praticamente impossível", diz Reibscheid.
Obesidade Infantil
A obesidade infantil é um problema de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2013, 42 milhões de crianças com menos de cinco anos estavam acima do peso. No Brasil, quase metade (47,6%) das crianças de 5 a 9 anos estão obesas ou têm sobrepeso, de acordo com dados do IBGE. Na faixa etária de 10 a 19 anos, um em cada quatro (26,45) está acima do peso.
A alimentação inadequada e o sedentarismo não são só os principais vilões da obesidade infantil. "Comer mal e estar acima do peso pode fazer com que as crianças sofram de problemas considerados de adultos, como diabetes, colesterol alto, insônia e hipertensão", diz o médico nutrólogo Daniel Magnoni, da Divisão de Nutrição Clínica do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo.
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