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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Marco Feliciano sugere que vítima é culpada pelo estupro

Ao utilizar o velho e surrado discurso de que a mulher tem que se dar respeito para que seja respeitada, Feliciano demonstra (mais uma vez) que radicalismo religioso é só uma questão de momento e lugar.

A matéria é do HuffPost Brasil:

Feliciano nega cultura do estupro: 'Deem respeito para serem respeitadas'

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) não acredita que existe cultura do estupro no Brasil. Em um discurso machista na Comissão de Direitos Humanos, da Câmara dos Deputados, ele afirmou que o que existe são estupradores, deliquentes, pessoas maltratadas.
"Cultura tem a ver com crença, arte, moral, lei e costumes. Não existe no nosso país uma religião que apoie o estupro, portanto não é crença. Não existe beleza no estupro, então não é arte. Não existe moral no estupro, e não há lei que apoie o estupro, tampouco o costume do estupro. Existe estupro? Existe. Existe no nosso país um bando de gente delinquente, sociopatas, psicopatas. Pessoas maltratadas no seio da sua família, com algum tipo de trauma”, disse, segundo a Folha de S.Paulo.
Mesmo vaiado, ele prosseguiu e insinuou que é estuprado quem não se dá ao respeito.
"Moro em uma casa com seis mulheres, minha mãe, minha esposa, minha sogra, minhas três filhas. E sempre ensinei às minhas mulheres que deem respeito para que sejam respeitadas."
Para ele, já existem leis no País para punir os estupradores e elas são bem aplicadas. Na avaliação dele, a família deve proteger as mulheres e o Estado intervir apenas quando houver abusos.

Reação

Parlamentares e movimentos em defesa das mulheres protestaram contra as declarações do parlamentar. A representante do grupo Vítimas Unidas, Vana Lopes, disparou: "Foi um estupro no meu ouvido”. Para a deputada Érika Kokay (PT-DF), a fala de Feliciano de que não há uma cultura de estupro é "extremamente preocupante".



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