Parece que a religião segue seu inexorável destino de perda de relevância no mundo moderno...
É o que se pode depreender da notícia abaixo, publicada no Estadão em 10/09/16:
Amigo vira celebrante em festa de casamento
Casais têm convidado pessoas próximas para realizar cerimônias personalizadas e marcantes
Gustavo Gross Belchior, de 30 anos, é biólogo, mas já celebrou dois casamentos. Quando, em janeiro deste ano, subiu ao altar com a estudante de medicina Heloisa Neumann Nogueira, de 30, trocou alianças em uma cerimônia celebrada por dois casais de amigos, seus pais, os pais da noiva e a cunhada. Para ter casamentos mais personalizados ou por não serem adeptos de alguma religião, casais têm convidado amigos de longa data para realizar seus casamentos e afirmam que o resultado é uma cerimônia marcada por boas lembranças e muita emoção.
"O casamento foi realizado por pessoas que nos conheciam e tinham propriedade para falar sobre o amor que a gente sentia e o casal que passaríamos a ser", conta Belchior.
Heloísa diz que a cerimônia de seu casamento foi marcante não só para o casal. "Gerou uma emoção grande para os nossos pais e as outras pessoas que estavam lá."
No fim de agosto, o jornalista e professor da Escola de Comunicação e Artes Universidade de São Paulo (ECA-USP) Eugênio Bucci celebrou o casamento do sobrinho, o advogado Paulo Dallari. Os avós do noivo também falaram na cerimônia.
A gerente de vendas Celise Moreira, de 30 anos, já organizou eventos, mas pensou em não aceitar o convite para ser celebrante. "É um momento muito especial e tinha medo de não atender às expectativas."
A organização da festa teve início em setembro de 2014 e o casamento foi realizado em julho deste ano. Celise estudou com o noivo na escola e foi colega de faculdade da noiva. Ela, inclusive, apresentou o casal.
A desenvoltura da amiga surpreendeu a noiva, a hoteleira Maiana Turini de Araújo Cantelli, de 30 anos. "Não tinha outra pessoa melhor do que ela. Foi emocionante e, ao mesmo tempo, engraçado. Ela escreveu para a gente e nós escrevemos nossos votos. Não vimos o que tínhamos escrito e falamos coisas parecidas. Isso mostrou uma conexão entre a gente."
Com um casamento para 30 convidados em Fernando de Noronha, a gerente de conteúdo e projetos Aliucha Salvia, de 30 anos, optou por não ter uma cerimônia religiosa e não contratou cerimonialista. "Fui batizada e cresci em uma família católica e meu marido é espírita. Queria alguém que falasse de amor, de companheirismo."
A dona de casa Thais Guin Catanzaro, de 32 anos, e o marido ficaram responsáveis por essas palavras. "Eu fiquei bastante emocionada. Foi difícil segurar as lágrimas."
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