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sábado, 22 de outubro de 2016

Com voto do Brasil, UNESCO desagrada Israel quanto a Jerusalém


Parece que a onda gospel não chegou no Itamarati de José Serra. A informação é do Estadão:

Unesco ignora queixa e adota texto sobre Muro das Lamentações

Resolução proposta por países árabes renega vínculo religioso entre sítio histórico e judeus; Brasil votou a favor

PARIS - Apesar da indignação israelense, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou formalmente nesta terça-feira, 18, a resolução sobre a Cidade Velha de Jerusalém que, segundo Israel, nega o vínculo milenar entre os judeus e o local. O documento causou polêmica em Israel por usar nomes árabes para se referir a locais sagrados, incluindo o Muro das Lamentações.

O texto foi apresentado por países árabes em nome da “proteção do patrimônio cultural palestino”. A resolução foi aprovada por 24 dos 58 membros do Conselho Executivo da organização, entre eles o Brasil, na quinta-feira, em uma apreciação inicial. Seis países votaram contra – Alemanha, Estônia, EUA, Lituânia, Holanda e Grã-Bretanha – e 28 se abstiveram. Hoje, ela foi adotada formalmente pela entidade. O texto foi proposto por Argélia, Egito, Líbano, Marrocos, Omã, Catar e Sudão.

A adoção provocou irritação em Israel e seu governo anunciou imediatamente a suspensão de sua cooperação com a Unesco em sinal de protesto. Hoje, nenhum dos Estados-membros do Conselho, reunidos em assembleia plenária, pediu a reabertura do debate e, dessa forma, o texto foi confirmado sem a necessidade de uma nova votação.

A resolução, intitulada Palestina Ocupada, critica Israel por restringir o acesso de muçulmanos a um local sagrado na Cidade Velha de Jerusalém e se refere à área somente por seu nome muçulmano. Na interpretação das autoridades e da imprensa israelense, o texto nega a importância do local para a religião judaica ao se referir ao muro e localidades adjacentes, como a Mesquita de Al-Aqsa, pela nomenclatura pela qual é conhecida no mundo muçulmano.

O texto reafirma a importância da Cidade Velha para as três religiões monoteístas – o judaísmo, o cristianismo e o islamismo –, mas teria tomado partido “anti-Israel” ao ignorar os laços dos judeus com o sítio.

A Cidade Velha está dentro dos limites de Jerusalém Oriental, parte palestina da cidade ocupada desde 1967 por Israel, e anexada posteriormente.

A ONU considera ilegal esta anexação de Jerusalém Oriental, que abriga a Cidade Velha e suas muralhas, local inscrito na lista de patrimônio mundial da Unesco. Na Cidade Velha está localizada a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do Islã, mas também o local mais sagrado para os judeus, que o chamam de Monte do Templo, e onde fica o Muro das Lamentações. Em virtude de uma herança histórica, a Jordânia administra a Esplanada, mas Israel controla seus acessos.



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