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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Morre um dos principais fundadores da República Islâmica do Irã

Rafsanjani sorridente abaixo de Khamenei

Dez dias apenas em 2017 e os obituários continuam imperando nas notícias.

Agora é a vez de Ali Rafsanjani, aiatolá e ex-presidente do Irã, e um dos fundadores da teocracia que rege o país desde a Revolução de 1979, que derrubou o xá Mohammad Reza Pahlavi.

Quase 40 anos depois sai de cena, portanto, uma peça fundamental do intricado jogo político local. 

A informação é do El País:

Morre Ali Rafsanjani, ex-presidente do Irã e homem de confiança de Khomeini

O aiatolá sofreu um infarto aos 82 anos, segundo a imprensa local

ALI FALAHI

Ali Akbar Hashemi Rafsanjani, ex-presidente do Irã, morreu neste domingo aos 82 anos no hospital onde foi internado após sofrer um ataque cardíaco, segundo jornais locais. A Press TV informou que o aiatolá morreu apesar dos esforços dos médicos em salvar a sua vida.

Rafsanjani foi um dos políticos mais influentes do Irã. Homem de confiança do aiatolá Khomeini, o líder da Revolução Iraniana, ele foi fundamental para a formação da República Islâmica, em 1979, e para a eleição de Ali Khamenei no lugar de Khomeini, uma década depois. Como presidente, seu plano de reconstrução do país após oito anos de guerra com o Iraque marcou não apenas o rumo econômico para as décadas seguintes, mas também a estratégia de desenvolvimento.

A partir de então, Rafsanjani perdeu muito terreno para os rivais políticos, em especial para o atual líder supremo, e seu respaldo a Hasan Rouhani nas eleições presidenciais de 2013 talvez tenha sido o seu último erro.

Rafsanjani participou da maioria das eleições realizadas na República Islâmica, embora sempre tenha sido derrotado nas últimas duas décadas. Isso até a eleição da Assembleia dos Peritos, em 26 de fevereiro passado, quando, com 2,3 milhões de votos, ele se tornou o candidato com mais eleitores de toda a história desse órgão, que nomeia, monitora e destitui o líder supremo. Mas não quis disputar sua presidência, o que deixou caminho livre para Ahmad Jannati, um dos clérigos mais conservadores do país e eleito por Teerã. O gesto de Rafsanjani frustrou as esperanças de muitos reformistas que o tinham apoiado, confirmando sua falta de peso no sistema iraniano nos últimos tempos.



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