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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Luteranos lançam pastor-robô para celebrar 500 anos da Reforma Protestante


A informação é d'O Globo:

Pastor robô’ cita trechos bíblicos 
e abençoa em cinco línguas

O BlessU-2 lança debate sobre o potencial da inteligência artificial para a fé

RIO — Cinco séculos após Martinho Lutero publicar as 95 Teses que deram início à Reforma Protestante, a cidade alemã de Wittenberg presencia um novo desafio à tradição religiosa. Trata-se do BlessU-2, um “pastor robô” capaz de dar a benção em cinco línguas diferentes. O experimento foi realizado pela Igreja Protestante de Hesse-Nassau como forma de debater o futuro da Igreja e o potencial da inteligência artificial para a fé.

— Nós queríamos que as pessoas considerassem a possibilidade de serem abençoadas por uma máquina, ou se o ser humano é necessário — disse Stephan Krebs, criador do BlessU-2, em entrevista ao “Guardian”.

O robô está sendo apresentado num evento em Wittenberg para celebrar o aniversário de 500 anos do início da Reforma, movimento religioso, político e cultural que se espalhou pela Europa após Lutero divulgar as 95 Teses.

O BlessU-2 tem no peito uma tela sensível ao toque, dois braços e uma cabeça. Os fiéis podem escolher ouvir a pregação em alemão, inglês, francês, espanhol e polonês, tanto por uma voz masculina como feminina. O robô levanta os braços, suas mãos brilham e recita versos bíblicos encerrados com a frase: “Deus lhe abençoe e proteja”. O texto dito pela máquina pode ser impresso, caso o fiel queira levar como recordação.

— A ideia é provocar o debate — disse Krebs. — As pessoas estão demonstrando curiosidade, espanto e interesse. Elas estão realmente participando, e são muito positivas. Mas dentro da Igreja, algumas pessoas pensam que nós queremos substituir os pastores pelas máquina.

Krebs e seus colegas estão coletando a resposta do público para análises futuras, mas ele não acredita que os robôs possam ser a solução para a falta de padres e pastores nos países europeus. Um robô “nunca poderia substituir o cuidado pastoral”, destacou Krebs.

— Nós não queremos robotizar o trabalho da nossa Igreja, mas ver se podemos levar uma perspectiva teológica para uma máquina — disse Krebs.




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