A notícia, do último dia 5 de maio, é do Tribunal de Justiça de São Paulo:
Pastor acusado de estupro em Sorocaba é condenado
A pena foi fixada em mais de 36 anos.
O juiz Jayme Walmer de Freitas, da 1ª Vara Criminal de Sorocaba, condenou acusado de estupro a 36 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado. O réu, que é pastor de uma igreja evangélica na cidade, foi denunciado por ter violentado sexualmente duas crianças entre os anos de 2003 e 2004 – duas outras haviam sido abusadas por ele na década de 80, mas os familiares não denunciaram os fatos à policia em tempo hábil e, por isso, os crimes prescreveram.
Consta dos autos que ele se valia de relação de confiança – uma vez que os familiares das vítimas frequentavam a igreja da qual ele fazia parte – para cometer os abusos, e que os ameaçava durante a prática dos atos.
O réu não poderá recorrer em liberdade.
Comunicação Social TJSP – AM (texto)
Aparentemente, se trata do desenrolar da notícia que repercutiu em julho de 2016, segundo noticiou à época o jornal sorocabano Cruzeiro do Sul:
Pastor é preso por acusação de estupro de três crianças em Sorocaba; caso é investigado
Um pastor evangélico, de 58 anos, acusado do estupro detrês crianças, foi preso na sexta-feira passada em Sorocaba. O crimes ocorreram em 2001. Segundo os delegados José Ordele Lima Junior, assistente da Seccional, e Alessandra Reis dos Santos, assistente da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que apresentaram o caso à imprensa na manhã desta quinta-feira (28), oabuso veio à tona apenas no final de 2012, quando uma das vítimas, já maior de idade, teve coragem de denunciar para evitar que o acusado pudesse fazer mais vítimas.
O denunciante indicou outra vítima, que por sua vez indicou o irmão. Todos eles relataram à políciapraticamente os mesmos abusos praticados pelo acusado. Na época, eles teriam em média sete anos, sendo que um deles teria sido abusado até os 13 anos.
Embora a polícia tenha informado que o crime não teria qualquer relação com atividade religiosa do acusado, uma das vítimas entrou em contato com o Cruzeiro do Sul para contestar. Segundo afirmou, as três vítimas frequentavam a igreja, e acrescentou que, a partir da denúncia, já em 2012, a direção do local transferiu o pastor para uma outra igreja na mesma cidade. Ainda segundo essa vítima, a igreja foi omissa, pois no seu entendimento, deveria tê-lo afastado de suas atividades no decorrer das investigações.
O inquérito foi instaurado em 2013 e concluído em 2014. Com base na sucessão de fatos, o juiz Jayme Walmer de Freitas, da 1ª Vara Criminal de Sorocaba, expediu, em 31 de maio deste ano, o mandado de prisão preventiva, cumprido na última sexta-feira, num condomínio da zona oeste, na casa de uma amiga. O acusado nega os fatos.
Conforme o que foi dito pela delegada, todas as vítimas esconderam os fatos dos familiares inicialmente por serem ameaçadas pelo pastor, e posteriormente, por vergonha. O caso segue em segredo de justiça, e o pastor aguarda na cadeia de Pilar do Sul uma vaga no sistema prisional. Em caso de surgimento de novas vítimas, elas devem procurar pela DDM e formalizar a denúncia. A polícia não divulgou o nome do acusado.
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