Se não bastasse o fato do Brasil estar atravessando um show de horrores perpetrado pelas instituições que estariam - em tese - encarregadas de dar ao seu povo uma espécie qualquer de "normalidade institucional", ainda somos obrigados a ver e ouvir um juiz que se diz evangélico rogando praga muçulmana em rede nacional.
Não deixa de ser - no mínimo - estranho que alguém que se diga evangélico utilize um gestual típico do Estado Islâmico (cortar a garganta e/ou decapitar) invocando o profeta dos muçulmanos como seu, digamos, "vingador", como se vê no vídeo abaixo:
Ainda mais quando essa pessoa supostamente evangélica é uma alta autoridade judicial no Brasil.
Agora faça um exercício de imaginação e pense sobre o que ele realmente diria se fosse muçulmano radical.
Agora faça um exercício de imaginação e pense sobre o que ele realmente diria se fosse muçulmano radical.
Essa estranha junção de evangélicos, conservadores e gesto e praga próprios do Estado Islâmico prenuncia, portanto, uma era de densas trevas para o nosso país.
Que o Deus de Jesus Cristo nos livre de tal sina.
A matéria é do Zero Hora:
"Que sobre eles desabe a ira do profeta", diz Napoleão sobre delatores da JBS que o citaram
Ministro do TSE se irritou com durante julgamento na tarde desta sexta-feira (9)
Guilherme Mazui
Citado na delação da JBS, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho aproveitou a sessão do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da tarde desta sexta-feira (9) para fazer uma dura crítica aos delatores, aos vazamentos de informações e a notas e reportagens publicadas pela imprensa.
À Procuradoria-Geral da República (PGR), Francisco de Assis e Silva declarou no acordo que o advogado Willer Tomaz, preso na Operação Patmos, que Napoleão, que também é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), teria intercedido em uma ação para beneficiar Joesley Batista e a empresa Eldorado Celulose. O magistrado nega qualquer interferência no processo.
— É mentira desse Assis, que disse isso para me incriminar em troca das benesses que recebeu. A delação está servindo para isso — protestou.
No desabafo, Napoleão contou que sua igreja evangélica, em Fortaleza, lhe perguntou sobre a OAS. Ele afirmou ter respondido assim ao pastor:
— Uma medida com que me medem serão medidos, e sobre ele desabe a ira do profeta. É uma anátema islâmica.
Napoleão não explicou o que significa o dito, mas fez gesto da "ira do profeta", simulando com a mão o corte de um pescoço.
— É o que eu desejo, que sobre eles desabe a ira do profeta. Sou inocente de tudo isso, estou sendo injustamente, perniciosamente, sorrateiramente, desavergonhadamente prejudicado.
Napoleão também negou estar envolvido em irregularidades da OAS. Conforme o jornal Valor Econômico, em busca de um acordo com a PGR, executivos da empreiteira mencionaram nomes do Judiciário, entre os quais o de Napoleão. Ele afirmou que tomou sete decisões no STJ referentes à OAS, todas contrárias à empresa.
— Um infrator confesso da legislação, da ética e da moralidade faz delação para receber benesses e cita o meu nome! Mentira! Nunca participei de reunião com ninguém da OAS .
Nos últimos dias, Napoleão já havia reclamado em plenário dos delatores. Em debate com o relator Herman Benjamin sobre a exclusão das provas da Odebrecht da ação da chapa Dilma-Temer, o ministro questionou a credibilidade e isenção dos colaboradores.
Napoleão ainda reclamou de nota publicada pelo site O Antagonista. Na manhã desta sexta-feira, o filho do ministro foi barrado ao tentar entrar no plenário do TSE de jeans e camisa polo, sendo que a regra exige paletó e gravata. O site noticiou que um homem "misterioso" tentava entregar envelope ao magistrado. Napoleão explicou que o envelope tinha fotos de sua neta, um bebê.
O ministro recebeu a solidariedade dos colegas. Presidente do TSE, Gilmar Mendes aproveitou para criticar os vazamentos e indicar que eles teriam origem na PGR. A retomada do julgamento também teve atrito com o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino.
O procurador levantou o impedimento do ministro Admar Gonzaga, que foi advogado da campanha de Dilma e Temer em 2010. Para o representante do Ministério Público Eleitoral, a corrida ao Planalto de 2010 "estava contaminada tanto quanto" a de 2014. A questão foi rejeitada por unanimidade e gerou um bate-boca entre Dino e Gilmar.
— Ministério Público deve se pautar pelo princípio da lealdade processual. Ele não pode surpreender o tribunal. Não pode coagir — protestou Gilmar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por visitar O Contorno da Sombra!
A sua opinião é bem-vinda. Comentários anônimos serão aprovados desde que não apelem para palavras chulas ou calúnias contra quem quer que seja.
Como você já deve ter percebido, nosso blog encerrou suas atividades em fevereiro de 2018, por isso não estranhe se o seu comentário demorar um pouquinho só para ser publicado, ok!
Esforçaremo-nos ao máximo para passar por aqui e aprovar os seus comentários com a brevidade possível.