
Notícia da Folha de S. Paulo informa que o governo peruano reclama a devolução de mais de 40 mil peças retiradas "temporariamente" de Machu Picchu por Hiram Bingham em 1912, e levadas à Universidade de Yale, nos EUA. Por sua vez, a Yale University afirma que pretende devolver apenas 384 peças do tesouro arqueológico e não reconhece a existência de outras milhares. Este qüiproquó envolvendo países de terceiro e primeiro mundo é apenas mais um no meio de tantos roubos artísticos e culturais envolvendo países e culturas que se julgam mais avançados e dignos do que os outros. É claro que há exceções, como o regime taliban no Afeganistão e sua caça aos tesouros arqueológicos das antigas civilizações que por lá passaram na ancestral Rota da Seda. Entretanto, as intervenções militares por lá e no Iraque mostram que um mercado paralelo de tesouros arqueológicos se aproveitou da queda de Kabul e Bagdá para abastecer os acervos públicos e particulares europeus e americanos. Afinal, antiguidades e, principalmente, fluidos, acima e abaixo do solo, são muito visadas no Oriente Médio.
Tudo isto, entretanto, me revela uma outra faceta do império do primeiro mundo, que opera no nível inconsciente de seus corações e mentes. Eles não se conformam que, abaixo do Equador, entre negros africanos e índios americanos, houve civilizações muito mais avançadas do que aquelas que existiam nas suas equivalentes européias da época. Os espanhóis não dizimaram os aztecas, maias e incas apenas para conseguir ouro, mas deve ter sido uma tremenda ofensa ao homem do século XV encontrar uma civilização nova (e não cristã, diga-se de passagem) muito mais moderna do a que ele tinha deixado um oceano atrás. Da mesma maneira, toda e qualquer descoberta arqueológica que contrariasse o "destino manifesto" anglo-saxão de controlar o mundo, deveria ser imediatamente levado às suas universidades e aos seus museus, e por lá deveria ser escondida (perdão... "protegida"). Não é à toa que milionários americanos montam suas fundações com tesouros vindos do Egito, Sudão, Peru, Bolívia, etc. A beleza do mundo é roubada escancaradamente, e eles nem se envergonham por isto. E os corruptos somos nós...
Tudo isto, entretanto, me revela uma outra faceta do império do primeiro mundo, que opera no nível inconsciente de seus corações e mentes. Eles não se conformam que, abaixo do Equador, entre negros africanos e índios americanos, houve civilizações muito mais avançadas do que aquelas que existiam nas suas equivalentes européias da época. Os espanhóis não dizimaram os aztecas, maias e incas apenas para conseguir ouro, mas deve ter sido uma tremenda ofensa ao homem do século XV encontrar uma civilização nova (e não cristã, diga-se de passagem) muito mais moderna do a que ele tinha deixado um oceano atrás. Da mesma maneira, toda e qualquer descoberta arqueológica que contrariasse o "destino manifesto" anglo-saxão de controlar o mundo, deveria ser imediatamente levado às suas universidades e aos seus museus, e por lá deveria ser escondida (perdão... "protegida"). Não é à toa que milionários americanos montam suas fundações com tesouros vindos do Egito, Sudão, Peru, Bolívia, etc. A beleza do mundo é roubada escancaradamente, e eles nem se envergonham por isto. E os corruptos somos nós...
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