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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Jorginho se defende e CBF ataca

Segundo noticia o portal Creio, o ex-assessor técnico da seleção brasileira, Jorginho, emitiu nota oficial para se defender das críticas de recebeu a respeito de seu comportamento durante a Copa do Mundo 2010. Eis a íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA: Rio de Janeiro, 5 de julho de 2010.

Em virtude de algumas matérias publicadas na imprensa, queremos prestar os esclarecimentos necessários:

1) Com relação à ida de familiares dos jogadores e da comissão técnica da Seleção Brasileira para a África do Sul: a CBF, como já é procedimento, não oferece estrutura para os familiares e, portanto, a decisão de levá-los ou não cabia exclusivamente a cada atleta ou membro da Comissão. Vários atletas e membros da Comissão levaram seus parentes.

2) Ao contrário do que foi noticiado, Jorginho não indicou nenhum segurança ou outros profissionais para a CBF, excetuando-se apenas o observador da Seleção, que foi a sua ÙNICA indicação ao Dunga, a quem coube definir a contratação.

3) Da mesma forma, não é correta a informação de que Jorginho participava das reuniões dos atletas cristãos da Seleção. Jorginho é cristão, mas, em nenhum momento, deixou que sua crença religiosa, influenciasse o seu trabalho. Ele NUNCA, ao longo dos quase quatro anos como auxiliar-técnico, participou de qualquer reunião dos atletas cristãos e sempre pautou seu trabalho pela qualidade técnica, tendo, inclusive, sido eleito o melhor treinador do Campeonato Carioca de 2006, quando, em sua primeira experiência como técnico, levou o América para a final da Taça Guanabara, após 24 anos, e para semifinal da Taça Rio, tornando o América o time com o maior número de pontos do Campeonato. Desempenho esse que levou Dunga a convidá-lo para o cargo de auxiliar-técnico da Seleção Brasileira.

Entretanto, notícia de hoje do jornal O Estado de São Paulo dá conta de que a imagem do ex-jogador e ex-assessor técnico continua queimada na CBF, que, ao que parece, já o elegeu como o grande culpado da eliminação brasileira na Copa 2010:


Para CBF, Jorginho foi mentor
de tudo o que deu errado


Auxiliar levou à comissão pessoas sem 'função' e vetou entrevistas e família na concentração, de acordo com pessoas da entidade

Se Dunga foi um erro para a seleção dentro de campo na África do Sul, Jorginho foi mais ainda fora dele. O auxiliar técnico é apontado por pessoas ligadas à CBF como o mentor de quase tudo o que ocorreu de errado na concentração do time em Handburg. De personalidade forte e capaz de arquitetar situações de desconforto para quem não joga no "seu time", é creditada a ele até a indicação de pessoas "sem função alguma" dentro da comissão, como Marcelo Cabo e Cláudio Taffarel, chamados por Dunga para observar os rivais, mas que na verdade só foram mantidos no grupo por fazer parte da "patota" de ambos.

Marcelo Cabo, que frequenta a mesma igreja evangélica de Jorginho, observava tudo, mas dentro da própria seleção, para deixar o chefe mais bem informado. Taffarel vestiu o agasalho dos jogadores e conseguiu "escantear" o preparador de goleiros Wendel. Era ele quem batia bola com os goleiros Julio Cesar, Gomes e Doni. Chegou por último e se achou intocável por ter a confiança do treinador. Saiu pregando da mesma cartilha, a do patriotismo e da alegria de poder trabalhar todos os dias com um grupo como aquele. Taffarel esteve em todos os treinos, portanto, longe do trabalho para o qual foi chamado. Ao lado de Cabo, fez poucas observações sobre os rivais.

Jorginho ainda é responsabilizado por convencer Dunga a manter regime de ferro na concentração, com folgas reduzidas e atletas proibidos de darem entrevistas em horas de lazer. Só que pegou mal para ele o fato de ser um fervoroso defensor da proibição das visitas familiares, com o discurso de que o grupo perderia o foco, mas ser um dos primeiros a mandar buscar esposa e filhos no Brasil. Os jogadores se sentiram traídos.

Jorginho esteve também nas entrevistas de Dunga. Em alguns momentos, pediu a palavra para provocar jornalistas, rebater críticas em tom áspero e defender seu modo de pensar (e consequentemente o de Dunga) como o único correto sobre os assuntos do time. O Estado tentou falar com Jorginho e Taffarel, ontem, mas não conseguiu. / J.C. e R.M.

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