segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Exatos 499 anos após a Reforma, papa visita luteranos na Suécia

A matéria é da Rádio Vaticano:

Suécia acolhe o Papa para os 500 anos da Reforma Luterana

Nesta segunda-feira dia 31 de outubro o Papa Francisco está na Suécia para assinalar a histórica Comemoração Conjunta Luterano-Católica nos 500 anos da Reforma que se celebram em 2017. O Santo Padre estará em Malmö e Lund.

A Reforma começou quando Martinho Lutero, monge agostiniano germânico e professor de teologia, pregou as suas 95 teses em 1517 contestando, em particular, a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. O Papa Leão X pediu-lhe para se retratar, mas em 1520 perante a recusa de Lutero foi decretada a sua excomunhão da Igreja Romana.

A Suécia, que se separou da Igreja Católica no século XVI, tem uma forte herança luterana e uma minoria católica sendo, contudo, um dos países mais secularizados do mundo. Com 450.295 km2 onde abundam as florestas, sobretudo no norte, a Suécia é o terceiro maior país da União Europeia em termos de área e com uma população total de cerca de 9 milhões de habitantes. Este país assume o regime de uma monarquia constitucional cuja capital é Estocolmo e é país independente desde a Idade Média. Segundo a prestigiada revista “The Economist” é o quarto país do mundo em índice de democracia, logo a seguir, à Islândia, à Dinamarca e à Noruega.

Esta viagem marca o regresso de um Pontífice a este país escandinavo após a visita de S. João Paulo II há 27 anos tendo visitado a Suécia e celebrado missa para 16 mil pessoas no Globe Arena de Estocolmo, em 1989. S. João Paulo II também fez uma visita ao túmulo de Santa Brígida, primeira santa da Suécia.

De recordar que no passado mês de junho, no dia 5, uma delegação ecuménica da Suécia esteve no Vaticano para a canonização de Maria Isabel Hesselblad, fundadora da Ordem do Santíssimo Salvador de Santa Brígida que tinha sido beatificada por S. João Paulo II a 9 de abril do ano 2000.

Santa Maria Isabel Hesselblad, destacou-se pelo serviço aos mais pobres, em particular, durante a II Guerra Mundial em Roma, ajudando os judeus perseguidos a quem deu refúgio fazendo da sua casa religiosa um autêntico centro de ajuda e de distribuição de alimentos e roupas aos mais necessitados.

O Papa Francisco na Suécia celebra os 500 anos da Reforma mas também os 50 anos de diálogo entre luteranos e católicos, iniciado em 1967, como salientou na semana passada o Cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos na apresentação desta Viagem Apostólica do Santo Padre.

De salientar que nesse mesmo encontro com os jornalistas estiveram presentes pela Federação Luterana Mundial o presidente, bispo Munib Younan e o secretário-geral o Rev. Martin Junge que sublinharam que graças ao diálogo e à confiança “o tempo está maduro para tentar passar do conflito à comunhão”.

Na Suécia por estes dias será dado mais um grande passo para procurar a unidade entre os cristãos.



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