Se estiver passando AVATAR em 3D num cinema próximo, acho que você tem um excelente programa para os próximos fins-de-semana prolongados. Tive o prazer de ver o filme na última segunda-feira e realmente é uma experiência e tanto esta nova tecnologia 3D desenvolvida pelo diretor James Cameron em parceria com a Sony. Esqueça aquela tecnologia 3D antiga, com aqueles óculos bicolores medonhos que, quando você tirava pra ver a tela, via tudo embaçado. Sem os óculos, as imagens ficam um pouco embaralhadas, sem dúvida, mas não tanto como na antiga tecnologia. Além disso, você não vai ficar com dor de cabeça depois de 2h45min de filme, mas com aquela gostosa sensação de ter sido testemunha ocular de um momento histórico do cinema.
O roteiro do filme não é assim tão sensacional, devo alertar. É um pouco diferente por dar voz aos explorados, no caso os alienígenas azuis (chamados de "na'vis") do planeta Pandora, que estão prestes a serem exterminados pelos terráqueos que invadiram seu mundo em busca de uma substância exótica - o unobtainium -, da qual depende a vida na Terra. Um dos terráqueos, paraplégico, incorpora mentalmente uma espécie de clone na'vi (um "avatar") para interagir com os aborígenes, a fim de ajudar a tomar sua gigantesca árvore-tribo, que se assenta sobre a maior reserva do mineral no planeta. Depois de conviver com os na'vis, ele desiste dos planos iniciais, e passa para a resistência aos terráqueos. Nada muito diferente de "Dança com os Lobos", por exemplo. Além da temática ecológica, existe uma certa sátira política, que são as referências nem um pouco disfarçadas aos "ataques preventivos" do governo Bush.
Essas questões do roteiro até que são bem resolvidas, mas têm sua importância diluída no espetáculo de verdade que é a tecnologia 3D, que sublima - inclusive - a bela trilha sonora de James Horner, que ganhou o Oscar por Titanic, mas agora pouca gente vai prestar atenção na música que compôs, em função da explosão de sentidos que provoca o 3D. As cenas são de uma beleza indescritível, uma sensação de cores e profundidade que eu particularmente nunca havia visto em lugar algum. As cenas da noite fluorescente na floresta são inesquecíveis, e as imagens das batalhas emocionam, especialmente na derrubada da grande árvore, em que há um certo ar de "Amazônia devastada". Há algumas sacadas bem originais, como as montanhas suspensas do planeta, com as cascatas despencando no vazio. Enfim, vale a pena gastar um pouco mais e ver Avatar em 3D, pois, como diz o Cameron na entrevista à revista Época desta semana, alguns cientistas dizem que esta nova tecnologia acessa áreas novas do cérebro, proporcionando uma retenção maior na memória. Pode até não ser verdade, mas quem sabe aí está o começo de uma nova ferramenta de estudo para o vestibular? Ou uma desculpa pra já ir se acostumando vendo um filmão...
O roteiro do filme não é assim tão sensacional, devo alertar. É um pouco diferente por dar voz aos explorados, no caso os alienígenas azuis (chamados de "na'vis") do planeta Pandora, que estão prestes a serem exterminados pelos terráqueos que invadiram seu mundo em busca de uma substância exótica - o unobtainium -, da qual depende a vida na Terra. Um dos terráqueos, paraplégico, incorpora mentalmente uma espécie de clone na'vi (um "avatar") para interagir com os aborígenes, a fim de ajudar a tomar sua gigantesca árvore-tribo, que se assenta sobre a maior reserva do mineral no planeta. Depois de conviver com os na'vis, ele desiste dos planos iniciais, e passa para a resistência aos terráqueos. Nada muito diferente de "Dança com os Lobos", por exemplo. Além da temática ecológica, existe uma certa sátira política, que são as referências nem um pouco disfarçadas aos "ataques preventivos" do governo Bush.
Essas questões do roteiro até que são bem resolvidas, mas têm sua importância diluída no espetáculo de verdade que é a tecnologia 3D, que sublima - inclusive - a bela trilha sonora de James Horner, que ganhou o Oscar por Titanic, mas agora pouca gente vai prestar atenção na música que compôs, em função da explosão de sentidos que provoca o 3D. As cenas são de uma beleza indescritível, uma sensação de cores e profundidade que eu particularmente nunca havia visto em lugar algum. As cenas da noite fluorescente na floresta são inesquecíveis, e as imagens das batalhas emocionam, especialmente na derrubada da grande árvore, em que há um certo ar de "Amazônia devastada". Há algumas sacadas bem originais, como as montanhas suspensas do planeta, com as cascatas despencando no vazio. Enfim, vale a pena gastar um pouco mais e ver Avatar em 3D, pois, como diz o Cameron na entrevista à revista Época desta semana, alguns cientistas dizem que esta nova tecnologia acessa áreas novas do cérebro, proporcionando uma retenção maior na memória. Pode até não ser verdade, mas quem sabe aí está o começo de uma nova ferramenta de estudo para o vestibular? Ou uma desculpa pra já ir se acostumando vendo um filmão...