domingo, 1 de abril de 2012

Pesquisa diz que pessoas mentem 3 vezes a cada 10 minutos

Já que é 1º de abril, um artigo de Renato Kramer no F5 fala do trabalho do pesquisador Wanderson Castilho sobre a mentira, ensinando inclusive a detectar os sintomas visíveis de quando ela está sendo utilizada. Por sinal, Castilho deu uma entrevista a Serginho Groisman, o "Altas Horas", na última madrugada. De fato, deve ser um bom material a ser aplicado por quem gosta de assistir certos programas religiosos madrugada afora:

'Mentimos três vezes a cada dez minutos', afirma especialista

O autor do livro "Mentira - Um Rosto de Muitas Faces" esteve ontem no "Altas Horas" (Rede Globo) de Serginho Groisman. O assunto é delicado e curioso ao mesmo tempo. Perito em crimes digitais, o curitibano Wanderson Castilho especializou-se no "Behaviour Analysis Training Institute" (Instituto de Treinamento em Análise de Comportamento) de San Diego (USA), onde são treinados os famosos agentes da CIA e do FBI.

São muitos os indícios que podem nos levar a perceber que alguém está mentindo. Mas a mudança de padrão de comportamento é uma dica básica, segundo Wanderson. É necessário deixar uma pessoa muito à vontade para que se conheça o seu ritmo e tom habituais. "Eu costumo dar um chocolatinho, oferecer uma bebida para a pessoa relaxar', confidenciou o perito.

Claro que são muitos os sinais de 'mentira à vista'. Mas alguns, muito conhecidos, foram citados pelo autor. Baixar o olhar enquanto conversa pode ser um dos mais óbvios. Mas atenção: os tímidos podem ser confundidos com mentirosos nesse quesito.

Morder ou lamber os lábios podem também ser indícios da mentira. A voz do mentiroso tende a ficar mais fina e mais fraca, além de aumentar o volume. E a famosa 'secura' na boca também pode indicar que o indivíduo está mentindo. O nariz coça e os ombros se erguem levemente.

É preciso ter muita cautela, porque esses são sinais que as vezes temos em diversas situações: de ansiedade, de medo, de puro nervosismo e até de grande aflição. Ou ainda, causados por uma grande emoção positiva. Tudo vai depender de todo um contexto e, principalmente, de poder identificar o comportamento habitual daquela pessoa.

Quando você chega em casa, você olha para a sua mulher e fica observando se ela está mentindo?", perguntou num repente um dos estudantes da plateia do "Altas Horas'. Saia justa? Não, o perito saiu-se muito bem: "eu prefiro não levar trabalho para casa", respondeu ele com muito bom humor. A afirmação mais chocante do autor foi a de que, segundo pesquisas feitas, mentimos três vezes a cada dez minutos. Muitas das vezes sem nenhuma intenção. Quando alguém nos cumprimenta e pergunta : "como vai, tudo bem?" - tendemos a responder "tudo bem", mesmo que não esteja. Isso é uma mentira.

Passamos grande parte do nosso tempo inventando 'mentirinhas sociais'. Não aceitamos tal convite porque nosso filho está levemente febril. E não está. "Sinto muito, mas tenho um trabalho para entregar no dia da sua festa", pode ser usado com a maior cara de pau, mas sem causar grandes danos.

Segundo Castilho, as mulheres tendem a mentir mais sobre experiências tristes, que as abalaram. Os homens preferem mentir quando se trata de contar vantagens, sejam profissionais ou até mesmo sexuais. Mas isto não seria uma constatação científica, apenas uma tendência - alerta o perito.

Quanto ao objetivo do seu livro "Mentira - Um Rosto de Muitas faces" (Matrix), Wanderson acredita que os leitores poderão adquirir toda uma gama de informações para poder detectar se o seu interlocutor está ou não mentindo. Informações estas que poderão ser úteis, segundo ele, em momentos cruciais de suas vidas.

Da 'mentirinha branda' até a 'mentira cabeluda', o ser social vai tentando driblar as próprias verdades. "A mentira é um ato instintivo de preservação do ser humano", declarara Wanderson Castilho. "Sem a mentira a sociedade entraria em colapso", conclui o perito.



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