terça-feira, 5 de maio de 2015

Estranhas explosões de rádio vêm do espaço sideral. Seriam aliens?

A matéria abaixo, publicada no Brasil Post, lembra a hipótese levantada pelo ótimo filme "Contato" (1997), baseado no livro homônimo de Carl Sagan, dirigido por Robert Zemeckis e estrelado por Jodie Foster e Matthew McConaughey :

ETs estão por trás das misteriosas explosões de rádio? Cientistas opinam

Macrina Cooper-White

O que são essas coisas?

Nos últimos oito anos os astrônomos têm tentando entender o que são os sinais estranhos de rádio que vêm de algum lugar do cosmos. E o mistério agora se aprofunda.

Um novo estudo mostra que tais "explosões rápidas de rádio" (como são conhecidas) seguem um padrão estranhamente específico - uma descoberta que os pesquisadores por trás do estudo dizem ser “muito difícil de explicar”.

“Há algo realmente interessante que precisamos entender”, disse o coautor do estudo Michael Hippke, cientista do Instituto de Análise de Dados de Neukirchen-Vluyn, Alemanha, à Revista New Scientist.

"Esta seria uma nova física, como um novo tipo de pulsar, ou, por fim, se pudermos excluir todas as outras possibilidades, um extraterrestre."

Contato extraterrestre, sério? Isso pode soar bem estranho, mas um renomado cientista dedicado à busca por inteligência extraterrestre (SETI, em inglês) diz que não devemos descartar essa possibilidade.

“Estas explosões rápidas de rádio poderiam ser um ‘aviso’ de que outras civilizações estão buscando um sinal de vida inteligente que também esteja equipado com tecnologia de rádio”, disse ao The Huffington Post o Dr. Seth Shostak, astrônomo sênior e diretor do

Centro de Pesquisas SETI, que não estava envolvido no estudo. “Por outro lado, isso poderia ser também um fenômeno astrofísico perfeitamente natural”.

Para a pesquisa, descrita no dia 30 de março em um post do banco de dados online arXiv, Hippke e seus colegas analisaram 11 explosões detectadas desde 2007, a última foi captada no radiotelescópio Parkes (acima), em maio de 2014.

Os cientistas analisaram um recurso específico chamado de “medida de dispersão” - que representa o diferencial do tempo entre a detecção de frequências altas de uma explosão e suas frequências baixas. (As frequências baixas trafegam mais lentamente através da poeira espacial, e, assim, levam mais tempo do que as frequências altas para chegarem na Terra.) Surpreendentemente, eles descobriram que a medida de dispersão de cada pulso era sempre um múltiplo do número 187,5.

Provavelmente, tal espaço uniforme "não é produzido por uma explosão de supernova", disse Hippke ao HuffPost Science em um e-mail.

“Todas as frequências deixam a nova ao mesmo tempo e a MD [medida de dispersão] é criada pela passagem de poeira. À medida que a quantidade de pó varia, a MD poderia parecer aleatória”.

Hippke disse que os pulsos provavelmente são gerados por uma fonte, ainda não identificada aqui na Terra, que emite ondas de rádio de curta frequência seguidas por outras de alta frequência - talvez algo tão simples como uma base de estação de telefonia celular.

Se isso não for uma explicação viável, é possível que elas venham de um novo e desconhecido tipo de objeto cósmico do espaço profundo.

Ou os aliens.

Seja lá o que forem esses sinais, fiquem atentos!



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