“Talvez haja mais compreensão e beleza na vida quando os raios ofuscantes do sol foram suavizados pelos contornos da sombra." (Virginia M. Axline)

sábado, 11 de julho de 2015

Papa relembra sofrimento paraguaio durante visita ao país


A matéria é da Rádio Vaticano:

Papa às autoridades do Paraguai: prioridade aos pobres

Foi debaixo de uma chuva intensa que o Papa Francisco chegou à cidade de Assuncion, capital do Paraguai nesta sexta-feira dia 10 de julho. O mau tempo não desencorajou os paraguaios que vieram em massa pelas estradas para saudar o Santo Padre.

No aeroporto de Assuncion, a cerimónia de boas-vindas decorreu ao sabor de uma sugestiva coreografia com danças e cânticos guarani. A acolher o Papa estava o Presidente Horácio Cartes.

O primeiro discurso do Papa Francisco foi no encontro com as autoridades no Palácio Presidencial. O Santo Padre agradeceu a hospitalidade e recordou a dolorosa história do Paraguai que entre os séculos XIX e XX sofreu conflitos fratricidas, falta de liberdade e violações dos direitos humanos:
“Quanta dor e quanta morte! Mas é admirável a tenacidade e o espírito de superação do povo paraguaio para se refazer perante tanta adversidade e prosseguir nos seus esforços para construir uma nação próspera e em paz.”
No seu discurso o Santo Padre prestou homenagem aos milhares de paraguaios simples, cujos nomes não aparecerão escritos nos livros de história “mas que foram e continuam a ser verdadeiros protagonistas da vida do seu povo”. Em particular, o Papa reconheceu com emoção e admiração o papel desempenhado pela mulher paraguaia nestes momentos dramáticos da história do país.

Reconhecendo que já há alguns anos que o Paraguai está empenhado na construção de um projeto democrático sólido e estável e empenhado também em combater a corrupção, o Papa Francisco exortou os paraguaios a potenciarem o diálogo como meio privilegiado para favorecer o bem comum.

Salientando a cultura do encontro e o respeito das legítimas diferenças de opinião como base para a superação dos conflitos e das divisões ideológicas, o Santo Padre declarou que os pobres devem ser a prioridade:
“Os pobres e necessitados deverão ocupar um lugar prioritário. Estão-se a cumprir muitos esforços para que o Paraguai progrida no caminho do crescimento económico. Houve passos importantes nos campos da educação e da saúde. Não pare o esforço de todos os atores sociais, enquanto existirem crianças sem acesso à instrução, famílias sem casa, trabalhadores sem um trabalho digno, agricultores sem uma terra para cultivar e tantas pessoas obrigadas a emigrar para um futuro incerto.”
“…que não haja mais vítimas da violência, da corrupção ou do narcotráfico. Um desenvolvimento económico que não tem em conta os mais fracos e infelizes, não é um verdadeiro desenvolvimento.”
Na conclusão do seu discurso o Papa Francisco assegurou a colaboração da Igreja Católica para “uma sociedade inclusiva” e que indica “o caminho da misericórdia” aberto por Cristo que “ilumina a caridade” para que ninguém se sinta marginalizado.



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