domingo, 25 de setembro de 2011

O argumento cosmológico da existência de Deus

Edward Feser é um renomado filósofo norteamericano, especializado em tomismo (ramo da filosofia que estuda a obra de São Tomás de Aquino), e um dos mais brilhantes apologetas cristãos da atualidade, sobretudo por sua refutação dos argumentos rotineiramente esgrimidos pelos militantes ateístas contra a existência de Deus. O Gustavo, co-editor deste blog, traduziu um de seus artigos e o disponibilizou no site E-Cristianismo. Trata-se de uma leitura fundamental para todos aqueles que se interessam pela discussão mais aprofundada (e sempre respeitosa, de preferência) com os ateus. Abaixo a introdução do texto, com posterior link para a sua íntegra:

Então você acha que entende o argumento cosmológico?

A maioria das pessoas que comentam sobre o argumento cosmológico não sabem, de forma demonstrável, sobre o que estão falando. Isto inclui todos os proeminentes escritores neo-ateístas. Definitivamente inclui a maioria das pessoas que vivem escrevendo comentários no blog de Jerry Coyne. Também inclui a maioria dos cientistas. E até mesmo inclui muitos teólogos e filósofos, ou pelo menos aqueles que não dedicaram muito estudo ao tema. Isto pode parecer arrogante, mas não é. Você poderia achar que eu estou dizendo, “Eu, Edward Feser, tenho conhecimento especial sobre este tema que tem de alguma forma iludido todo mundo”. Mas isto NÃO é o que eu estou dizendo. O ponto não tem nada a ver comigo. O que eu estou dizendo é bem um conhecimento comum entre filósofos profissionais da religião (incluindo filósofos ateístas da religião), que – naturalmente, dado o objeto de sua particular subdisciplina filosófica – são as pessoas que conhecem mais sobre o argumento cosmológico do que qualquer outro.

Em particular, eu acho que a vasta maioria dos filósofos que estudaram o argumento em qualquer profundidade – e novamente, isto inclui ateístas assim como teístas, apesar de não incluir a maioria dos filósofos fora da subdisciplina da filosofia da religião – concordariam com os pontos que eu estou para fazer, e com a maioria deles de qualquer forma. É claro, eu não quero dizer que eles todos deveriam concordar comigo que o argumento é ao fim do dia um argumento convincente. Eu só quero dizer que eles concordariam que a maioria dos não especialistas que comentam sobre ele não o entendem, e que as razões por que pessoas o rejeitam são normalmente superficiais e baseados em caricaturas do argumento. Nem digo eu que cada autointitulado filósofo da religião concordaria com os pontos que eu estou para fazer. Como todo outro campo acadêmico, a filosofia da religião tem sua parcela de mediocridades. Mas eu estou dizendo que a vasta maioria dos filósofos da religião concordariam, e novamente, isto inclui ateístas entre eles assim como teístas.

Eu não vou apresentar e defender qualquer versão do argumento cosmológico aqui. Eu fiz isto extensivamente em meus livros Aquinas e The Last Superstition, e isto precisa ser feito extensivamente ao invés de num contexto de um post de blog. A razão para isto é que enquanto a estrutura básica das versões principais do argumento são bem simples, a base metafísica necessária para um entendimento apropriado dos termos chave e inferências não é. Ela necessita de esclarecimentos, sendo por isto que Aquinas e The Last Superstition dedicam um longo capítulo à metafísica geral antes de endereçar a questão da existência de Deus. As objeções sérias ao argumento podem em meu ponto de vista todas serem respondidas, mas isto também pode ser apropriadamente feito somente depois que as ideias fundamentais terem sido estabelecidas. E isto também é uma tarefa conduzida nos livros.

Eu irei lidar com algumas das objeções não sérias, no entanto. Em particular, o que se segue tem a intenção de clarear algumas das futilidades intelectuais que previnem muitas pessoas de dar ouvidos ao argumento de forma justa. Aos pontos, então:

(Leia a íntegra do artigo no site E-Cristianismo)




Visite também o excelente (e sempre surpreendente) blog de Edward Feser (em inglês).



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