quinta-feira, 23 de abril de 2009

As crônicas de Marvin - 06

Prelúdio de uma “caça às bruxas”

Foi desta forma que passei de vingador a conselheiro das testemunhas de Jeová. Assim foram os dias que se seguiram à minha auto-escolha como uma espécie de profeta.
Eu poderia simplesmente me negar a aconselhar qualquer pessoa. Agora eu tinha autoridade para isto. Agora todos queriam saber o que eu pensava. E eu não precisava mais da atenção deles. Eu precisava da atenção das pessoas quando me encontrava sozinho antigamente, procurando alguém para conversar. Alguém que eu pudesse chamar de amigo. Agora que eu havia me acostumado, não me importava mais com eles.
Mas não poderia fazer algo muito drástico, para não chamar muito a atenção. Uma coisa que tive em mente ao planejar minha vingança era de introduzir sempre mudanças sutis. Esta era a forma de agir da Torre, e ela provou na prática que era uma tática boa para manter adeptos. Eu queria mostrar ao máximo de pessoas possível, como eles estavam sendo enganados. Para isto, eu teria que ficar o maior tempo possível na liderança.
Por isto, a primeira coisa que eu fiz foi elaborar um discurso para fortalecer o papel dos anciãos. Eles já se dispuseram com toda a alegria do mundo para fazer este papel mesmo. Tive que lembrar que aquele era o arranjo estabelecido por Jeová. Não foi fácil elaborar o discurso, mas acredito que tenha sido um sucesso. Muitos deixaram de me procurar, embora ainda houvesse aqueles que me procurassem. Este discurso eu fiz no primeiro fim de semana após o nosso congresso de distrito.
Assim, tudo foi mais tranquilo depois do discurso. Agora eu teria mais tempo para planejar outras formas de evidenciar os erros das testemunhas de Jeová.

23 de agosto de 2051, 19:00

Estava voltando do meu serviço naquele dia. Já estava me acostumando a ver os irmãos lotando o ônibus e conversando sobre o Novo Mundo. Pelo menos agora eles não me seguiam até em casa.
Resolvi passar na feira que havia perto de casa para fazer as compras do mês. Não ia comprar muita coisa, e grande parte era besteira. O doce de leite que vendiam ali era o melhor de todos...
Estava em uma das bancas, escolhendo o que eu iria levar, quando ouvi uma voz ao meu lado, dizendo:
- Olá, irmão. Você por aqui.
Pensei logo: “droga, me acharam aqui também...” Quando me virei para olhar, qual não foi minha surpresa ao ver a irmã Priscila, uma das duas irmãs que pregaram aquele dia em minha porta? Diante de tanta beleza, só pude sorrir.
- Olá, irmã. Como está?
Para minha sorte, ela tinha muito mais experiência em escolher legumes do que eu. Afinal de contas, era ela quem estava responsável por fazer a feira na casa dela. Ela fez questão de me ensinar todos os detalhes relevantes na hora de escolher os legumes. Ela era muito espontânea, e sabia sempre puxar conversa. Para alguém como eu que não sabe conversar, ter uma companhia assim é essencial. Além do mais, ela possuía uma alegria invejável e contagiante. Era difícil não ficar alegre também. Me lembro que no dia que resolvi estudar com as testemunhas, foi ela quem tomou a iniciativa de conversar comigo. Talvez por isto eu sempre tive uma grande simpatia por ela. Está certo que ela nunca me deu atenção depois daquele dia, mas eu já estava me conformando com o fato de que não costumo chamar muita atenção.
- Irmão, agora que você está tão destacado na congregação, e os irmãos sempre procurando sua ajuda, você deve estar muito sem tempo, não?
- Bem, não tenho tempo como tinha antigamente... Mas não posso reclamar. Estou gostando de tudo. Por que está me perguntando isto?
Quem sabe ela esteja querendo marcar um encontro? Hehehe... (engoli um sorriso)
- Hummm, sabe, é que eu queria aproveitar esta chance que estou tendo de falar com você à sós, para te confessar algo que está “martelando” em minha cabeça já há algum tempo...
Eu juro que tentei encarar isto com naturalidade. Mas não dei conta... É mesmo, eu agora tinha saltado para o topo da lista dos casáveis... Será? Será? Puxa, foi tudo tão repentino...
- “Martelando”? O que seria irmã?
- Bem, irmão. Eu queria que não se chateasse comigo...
- Não vou me chatear, pode falar...
Como eu poderia me chatear com alguma coisa que ela me dissesse? Sou todo ouvidos!!
- Está bem. Irmão, sabe, eu sempre pensei que você fosse muito esquisito... Fechado, no seu canto... Parecia ser de outro planeta...
Realmente eu estava enganado. Puxa, que sinceridade mortal. Valeu por fazer meu dia melhor, irmã.
- ... você sempre nos olhava com aquele olhar estranho... Dava calafrios, sabe? Primeiro a gente achou que você era bobo, ou coisa parecida, depois pensamos que você era safado e até colocamos em você o apelido de “o tarado da rua 10”...
Naquele momento percebi ali que as pessoas que dizem gostar de sinceridade são mentirosas. Eu não gosto de sinceridade, eu gosto de elogios! Tente ser sincero com alguém para ver se ele não te esgana... Basta observar que quando alguém quer ofender outra pessoa, ela simplesmente diz o que vai dizer e completa que está sendo sincera, como forma de se desculpar.
- Eu???
- Sim... desculpa por dizer isto tudo, irmão... Mas eu precisava te dizer isto, pois agora eu percebi o quanto fui tola... Me perdoa irmão... Sabe, esta vida é cheia de surpresas mesmo. Jeová é sábio o bastante em escolher a pessoa mais esquisita neste mundo para mostrar para nós o quanto nosso julgamento é errado e superficial...
E o Oscar de esquisitice vai para... Marvin!!!! Obrigado a todos, dedico este meu prêmio aos meus pais, que possibilitaram minha existência.
- Puxa, irmã, é claro que te perdoo... Eu não poderia guardar mágoa de você, ainda mais depois de toda sua sinceridade.
- Você me perdoa mesmo?
- Claro! Esqueça isto. Você pediu desculpas, isto é o que importa.
Foi então que ela deu aquele sorriso. Era um sorriso tímido, que eu nunca tinha visto em uma pessoa tão comunicativa como ela. Seus olhos também brilhavam, com um brilho diferente... Como se tivessem ganhado vida. Ela estava envergonhada da confissão, mas parecia estar mais “leve”.
- Obrigado, irmão. Eu tenho que ir.
Então ela olhou para os lados, talvez para ver se encontrava alguém conhecido. É claro que não havia ninguém naquela hora, eu estava até surpreso de encontrá-la. Para minha surpresa, ela não estava procurando uma nova companhia. Ela subitamente me deu um beijo no rosto, e saiu correndo...
- Tchau, Marvin!
A vida naquele momento parecia um filme, correndo em slow motion. Eu só a via correndo pela multidão, como se quisesse esconder. Eu estava paralisado. Mas por qual razão? Talvez eu tivesse percebido que ela foi realmente sincera em tudo que fez e disse. Talvez ela agora gostasse mesmo de mim. E isto era inédito para mim. Já me enganei muitas vezes com as pessoas, mas aquela experiência foi muito diferente... Daquela vez, eu estava realmente feliz.
Estava voltando para casa, enquanto pensava nestas coisas. Como deveria encarar o que aconteceu? Deveria aproveitar o momento? Deveria negá-la para que quando revelasse meus planos mais tarde, ela não me odiasse?
Estava passando pela porta da irmã Ana Clara neste momento. Foi quando me lembrei que já havia algum tempo que ela não estava indo às reuniões. Ela era viúva, e sozinha. Vendo aquela casa de luzes apagadas me fez lembrar dela. O que aconteceu com ela? Talvez a felicidade que me acompanhava aquela hora me fez decidir por investigar isto pessoalmente.
Toquei a campainha. Aguardei uns 5 minutos e nada. Toquei mais uma vez. Nova demora. Resolvi insistir mais um pouco, só que não esperando tanto tempo. Foi assim que pude reparar na cortina da janela se movimentando. Ela tinha me visto, e foi me atender.
Sua cara não era das melhores. Estava pálida, abatida.
- Irmã, fiquei preocupado com você. O que houve?
- Eu não estou me sentindo bem, irmão. Eu sei que você vai pensar que minha fé não é grande o suficiente, mas irmão, neste momento estou sentindo uma tristeza tão grande que mal posso suportar...
- Mas, por que eu acharia que você não tem fé suficiente?
- Ora, irmão, foi o irmão Marcos que me preveniu para não deixar que minha fé desapareça... Eu não sou tão forte quanto gostaria... Sinto muito...
- Não há necessidade de desculpas, irmã... Todos ficamos tristes de vez em quando...
- Ao ponto de desejar a própria morte? Pois não consigo deixar esta idéia de lado, irmão...
Percebi então que a alegria que me acompanhava havia pedido licença para tomar água. Ainda não entendia por que ela estava daquele jeito...
- Mas o que aconteceu para você estar assim?
- Irmão, eu fiquei muito feliz por você ser escolhido para uma tarefa tão importante. Você sempre foi atencioso comigo, não poderia ser outra pessoa além de você. Mas não posso deixar de lembrar que minha única filha, a única pessoa que ainda me resta, abandonou Jeová para viver no mundo... Faz 5 anos que não posso sequer olhar na cara dela... Sempre que penso nisto, me lembro de como eu e meu marido esperávamos pelo nascimento dela. Nos vestidinhos que compramos, no berço... Me lembro das primeiras palavras. Me lembro de como ela contava empolgada como tinha conhecido novas amiguinhas na escola. Me lembro dos livros de estórias que comprei, para contar para ela à noite, e como ela dormia como um anjinho... Agora não consigo nem dar um abraço nela, e às vezes sinto tanta saudade dela, que parece que vou morrer sufocada...
A voz baixa e tranquila adicionava a melancolia necessária para contagiar até mesmo eu com aquela tristeza... É, eu também sabia o que era solidão...
- Irmã, por que eu te faço lembrar dela?
- É por quê você é uma das testemunhas de Apocalipse... Isto quer dizer que o fim está mais próximo do que nunca... Isto quer dizer que eu não tenho muito tempo mais para convencer minha filha a voltar... Em pouco tempo, ela não estará mais conosco... Minha única filha... Eu nunca mais a verei...
Fez-se um breve silêncio. Ela então continuou...
- Irmão, eu peço desculpas pela minha fraqueza... Mas eu simplesmente não consigo mais ir às reuniões... Todo mundo lá está feliz pela proximidade do dia de Jeová. Eles já não fazem parte do mundo, e certamente muitos deles estarão no paraíso... Eu não consigo ficar feliz... Não poderia chorar no meio deles, e estragar a alegria que eles possuem... Tudo que eu queria era abraçar mais uma vez minha filha... Eu sei que isto é errado... Se você me condenar, eu não me importo irmão... Eu mereço isto... Não consigo mais fazer nada para Jeová... Sou inútil agora...
Eu tinha planejado toda minha vingança direitinho. Tinha imaginado cada caso. Mas para isto não estava preparado. Eu não tinha planejado me arrepender.
Vingança?
À primeira vista me parecia uma ótima opção. Mas naquele momento eu percebi que muitas vezes se paga um preço alto por um pouco de auto-satisfação. Eu me sentia como um assassino, e tinha acabado de tirar o último fio de vida daquela senhora... Aquela senhora que agora sentava-se em uma cadeira, e se colocava a chorar. Na mesma noite recebi dois choques, e eu ainda não conseguia compreender o significado daquilo. O que eu faria? O que eu diria? Eu não era nada. Eu não tinha sabedoria suficiente para lidar com aquilo. Eu era um tolo brincando com a vida das pessoas...
- Irmã, eu é que tenho que te pedir desculpas...
Ela enxugou o rosto...
- Mas por quê, irmão...? Você não fez nada.
- Exatamente, irmã... Eu não fiz nada... Este é meu erro...
Me aproximei dela, e a abracei. Assim ela começou a chorar novamente... Quem já foi testemunha de Jeová sabe mais do que ninguém que o amor entre eles é um amor distante, praticado verbalmente. E era exatamente as palavras que me faltavam... Um abraço era a última coisa que ela poderia esperar de mim, mas tinha o mesmo efeito de grandiosas palavras do mais hábil orador.
As pessoas precisam umas das outras. Ninguém vive sozinho. Elas podem se enganar às vezes, mas no fundo, elas estão sempre buscando o reconhecimento de alguém. Talvez o que consolou aquela senhora naquele momento foi saber que eu a reconhecia, que eu me importava com ela.
- Irmã, volte a ir à congregação. Nós vamos cuidar de você. Eu sou seu amigo, acima de tudo. Não quero te ver triste.
- Mas quase ninguém dá atenção para mim lá, irmão. Acho que ali só você e a irmã Amanda que se preocupam comigo.
- A Amanda?
- Sim... Ela é sempre tão atenciosa com todos...
Disto eu não sabia... Ela quase nunca falou comigo...
- Pois então, irmã... Já é um começo. Aos poucos, conversando com todo mundo, faremos mais amizades... Façamos o seguinte... Eu venho aqui na próxima reunião para ir com você, o que acha?
Ela ficou relutante, mas consegui convencê-la... Fui embora, mas ainda com uma certa melancolia... Tudo era mais fácil quando eu tinha que simplesmente me divertir às custas das testemunhas de Jeová... Infelizmente cometi o maior erro de todos, eu esqueci que eu estava lidando com pessoas, e muitas delas pessoas sinceras. Pessoas que sofrem, que se alegram, pessoas estas que estão de certa forma presas.
Me lembrei então da Priscila, correndo pela multidão. O que há de errado com aquele povo? Então compreendi que eles eram proibidos de ser imperfeitos. Já dizia o ditado, errar é humano. Eles estavam desesperadamente tentando deixar de ser humanos. Buscavam a santidade e perdiam a humanidade. Eles estavam proibidos de amar, e principalmente de demonstrar este amor. Havia uma espécie de lei que ditava como devia-se comportar quando se gostava de alguém, e isto tornava as relações tão superficiais, que a última coisa que se percebia ali era o sentimento (e a espontaneidade). Era um grande teatro, feito para agradar ao pequeno grande público. Isto obrigava as pessoas a se esconder quando desejavam vivenciar de fato o tão falado amor...
Mas eles estavam proibidos também de sofrer... A busca pela perfeição não podia permitir sofrimentos... Todas aquelas pessoas sentadas em suas cadeiras, cheias de preocupações, sofrendo seus problemas em silêncio para que a imagem de religião perfeita fosse mantida, às custas das imperfeições sufocadas. Os aconselhamentos tinham que ser sigilosos.
Aquela noite choveu. Uma chuva mansa, sem vento. Era quase como se todos os anjos juntos chorassem de uma só vez, junto comigo. Desde que jurei vingança até aquela noite, não tinha pensado seriamente sobre Deus. Agora, estava eu pedindo sabedoria... Certamente alguma coisa eu faria, e iria começar colocando meu velho plano em prática. Era hora de tirar as máscaras.

27 de agosto de 2051, 19:00

Como havia prometido, passei na casa da irmã Ana Clara. Ela estava melhor, mas ainda abatida. Perguntei a ela como ela passou aqueles dias, e ela me contou que ficou bem melhor.
Chegamos então na congregação. Como era de se esperar, todo mundo me cercou, deixando a irmã Ana Clara em segundo plano. Pelo menos a irmã Amanda se aproximou dela, e puxou conversa.
Ainda estava com raiva daquelas pessoas. Não podia mais suportar aquilo. Então fui até a frente, e pedi para iniciar a reunião. Então, falei para todos:
- Boa noite, irmãos. Gostaria de falar algumas coisas antes de iniciarmos a reunião de hoje.
Estavam todos com seus lindos sorrisos, aguardando o que eu tinha para dizer.
- Em primeiro lugar, gostaria de pedir aos irmãos que não me cerquem mais quando entrar neste salão. Há irmãos aqui que precisam muito mais de atenção do que eu. Hoje por exemplo, eu quero que todos se levantem, vão até a irmã Ana Clara, dêem um abraço nela, e digam a ela que ela é uma irmã preciosa para todos.
Não foi difícil reparar a surpresa daquelas pessoas. Eles se olhavam, como se perguntassem, “o que deu nele”?
- Isto mesmo, eu quero que vocês façam isto. De preferência agora, por favor.
O irmão Marcos então se levantou em defesa deles.
- Mas irmão, isto é dar honra indevida a uma pessoa...
- Não, irmão. Isto não é dar honra indevida a uma pessoa. Isto é diminuir a honra que vocês dão a vocês mesmos, e dar a uma pessoa que precisa e a merece.
Imediatamente ele fez uma cara de que não gostou da resposta. Não é para menos.
- E não faça esta cara. Você deveria ser o primeiro a ouvir e aplicar a correção dada. Seja humilde, você deveria ser o primeiro na fila.
Mas ele não foi o primeiro. A irmã Amanda, que já estava perto da irmã Ana Clara, foi a primeira. Depois dela, o resto da congregação. Havia tempo que não via a irmã Ana Clara tão feliz.
Eu já previa que o clima ali ficaria pesado. Foi por isto que providenciei uma música sobre amor no cancioneiro... A letra era mais ou menos assim:

One man come in the name of love
One man come and go
One man come, he to justify
One man to overthrow

In the name of love
One more in the name of love
In the name of love
One more in the name of love

One man come on a barbed wire fence
One man he resist
One man washed on an empty beach
One man betrayed with a kiss

In the name of love
One more in the name of love
In the name of love
One more in the name of love

Early morning, April four
Shot rings out in the Memphis sky
Free at last, they took your life
They could not take your pride

In the name of love
One more in the name of love
In the name of love
One more in the name of love

Spoken: For the Reverent Martin Luther King - saint.

In the name of love
One more in the name of love
In the name of love
One more in the name of love

In the name of love

Ninguém parece ter reconhecido a letra, mas cantaram muito bem, e até com alegria. Formaram um belo coro, e fizeram questão de ignorar a menção a Martin Luther King...
Mas esta não era a parte principal... O ponto máximo da reunião foi o aviso final, uma carta enviada do corpo governante a todas as congregações. Ela dizia assim:

Caros irmãos,

É com muito pesar que viemos por meio desta comunicar que alguns irmãos têm abandonado a fé verdadeira. Estes irmãos preferiram seguir as próprias especulações do que aguardar a orientação do Escravo Fiel e Discreto em tempo oportuno.
Há alguns dias, foi lançada uma matéria sobre o papel do Mediador para os cristãos. Parece que alguns irmãos ficaram com dúvidas se Jesus Cristo sendo uma criatura, poderia de fato nos salvar. Esta dúvida em si já seria motivo de grande preocupação. Mas percebeu-se que a partir desta dúvida, alguns irmãos concluíram que a saída lógica para isto seria crer, como algumas religiões da Babilônia a Grande, que Jesus seria Deus.
É por este motivo que estamos pedindo para os anciãos de cada congregação para conduzirem uma comissão para apurar quem despertou este tipo de dúvida, e questionar até que ponto ela foi prejudicial às pessoas. Os irmãos que apresentarem a fé comprometida serão desassociados por período indeterminado, a fim de salvar as ovelhas que ainda se mantém na fé verdadeira.
Se algum irmão souber de alguém que tenha apresentado tais dúvidas, que seja fiel a Jeová, e avise os anciãos, para que eles possam cuidar deste irmão da forma apropriada.

Pronto, meu primeiro plano estava completo. Eu acabei de abrir a caixa de Pandora, e ninguém sabe o que vai acontecer de agora para frente. Dava para perceber a cara assustada de todos eles... Dava ainda para ver o mórbido semblante satisfeito de alguns...

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