segunda-feira, 27 de abril de 2009

A fé cura


“Não temas, crê somente.”
(Marcos 5:36)



Marcos 5:21-43 apresenta-nos duas mulheres doentes: uma menina de doze anos e uma mulher adulta, doente há doze anos.

A filha de Jairo está à morte. O pai vem ao encontro de Jesus, clamando por sua vida. Pergunto: tomando a menina como símbolo da nossa alma, conseguimos sentir quando nossa “criança interior” adoece? Temos um “lado pai” que cuida do nosso interior, que vai em busca da vida abundante em Cristo?

Dessa vez Jesus não faz um milagre à distância. Vai até a casa da menina. A restauração da alma ferida é um processo a realizar na intimidade, no “quarto-interior”.

No caminho, é tocado por uma mulher doente. Algo se esvai nessa mulher – perde sangue e recursos há doze anos. Segundo a lei da época, está impura, proibida de ter vida afetiva. Está sem abraços, marginalizada.

Talvez também estejamos assim na nossa adultez – fizemos tudo que sabíamos, gastamos toda a nossa sabedoria, nosso dinheiro, nossa educação, mas nada estancou a dor da alma. Será que nos arriscamos, como essa mulher, a quebrar os tabus e expor nossa dor? Jesus identifica e abençoa essa mulher que ousa. Bela combinação de atividade de Jesus e atividade humana na busca da cura.

Então chegam os pessimistas de plantão para anunciar que a menina já morreu. Também conhecemos o que em nós diz: “não adianta mais, já morreu”. E Jesus responde, encorajando: “não tenhas medo, somente fé”. Novamente, este é o requisito: fé.

O Evangelho relata como Jesus, acompanhado de poucos, chega à casa de Jairo, retira os pranteadores e, num ambiente de calma e intimidade, cuida da menina. Para tratar nossa criança interior, precisamos escolher apenas o essencial. E o toque restaurador de Jesus Cristo curará o que está ferido e moribundo dentro de nós.

(“Devocionais para Todas as Estações”, Ed. Ultimato, meditação de 28 de janeiro)

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