A notícia abaixo, publicada na Folha de S. Paulo de hoje, 19/06/10, faz a gente se maravilhar, ainda que de maneira dolorida, com o que a humanidade é capaz de fazer por amor, no caso, de um pai a seu filho, assim como mostra que ainda existem bons juízes no Brasil. O pai em questão se chama Adolfo Celso Guidi, e segundo vi nesta página na internet (de onde vem a foto ao lado), é evangélico e não desiste nunca. Ao contrário de muitos evangélicos que têm verdadeira fixação com a morte e a desgraça, Adolfo Guidi luta pela vida de seu filho Vítor todos os dias, e o seu sorriso nas fotos acima e abaixo é uma enorme demonstração de fé e graça. A notícia merece ser divulgada não só pelo belíssimo exemplo de amor e dedicação paternais, mas também para que mais pessoas possam ser beneficiadas por esta solução encontrada pela juíza do caso, até então desconhecida da quase totalidade dos mortais:
Quase despejado de casa, pai recebe verba de fundo pecuniário para saldar dívida
JULIANNA GRANJEIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma decisão inédita da Justiça reverteu verba do fundo pecuniário -recolhido de condenações judiciais- para quitar a casa de um pai que abandonou o emprego para pesquisar a doença rara e incurável do filho. Ele seria despejado por não pagar.
A história -que lembra a do filme "Óleo de Lorenzo"- aconteceu em Curitiba. O engenheiro mecânico Adolfo Celso Guidi, 52, deixou o cargo de gerente de uma concessionária em 2000, ao descobrir que o filho Vitor, à época com dez anos, tinha gangliosidose GN1 tipo 2.
"Nenhum médico no Brasil conseguiu diagnosticá-lo. Larguei tudo e fiquei uma semana em Buenos Aires, onde diagnosticaram a gangliosidose. Quando retornei, um médico me disse que não tinha o que fazer", afirmou.
Inconformado com a resposta, o engenheiro começou a estudar a doença na biblioteca da faculdade de medicina da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
"A gangliosidose impede a reprodução de neurônios, que degeneram. Por meio de um processo homeopático, a gente fornece essa enzima e o organismo trabalha", explicou o pai, que encontrou a "fórmula" em 2001.
Para alcançar o resultado, Guidi diz que gastou, na época, cerca de US$ 80 mil (R$ 149.500 atualmente) e deixou de pagar as prestações de sua casa, que foi a leilão.
O processo da Caixa Econômica Federal, financiadora da casa, contra Guidi teve início em 2001. Após recursos, o caso chegou à juíza federal Anne Karina Costa.
"Já estava tramitando em julgado. Caso ele não pagasse, teria que sair do imóvel. Então, durante uma audiência de conciliação, ele disse que queria explicar o motivo de não ter pago a dívida e contou a história do filho."
O banco reduziu a dívida para R$ 48.500, mas ele ainda não podia pagar. Sua renda passara a vir de trabalhos esporádicos na oficina que montou em sua casa.
A juíza se lembrou, então, do fundo que a Justiça mantém com penas pecuniárias. "O dinheiro arrecadado vai para entidades assistenciais. Eu tive a ideia de inscrever Guidi como um projeto."
DECISÃO INÉDITA
Em decisão, que segundo a juíza é inédita no Brasil, o Ministério Público Federal e a 1ª Vara Criminal autorizaram que o fundo fosse utilizado para o pagamento da dívida de Guidi. A audiência final foi em novembro de 2009.
A juíza diz esperar que a decisão se repita e sensibilize as instituições financeiras. Hoje, Guidi cuida do filho sozinho -há três anos ele se separou da mulher- e auxilia duas outras crianças com a mesma doença. "Com a enzima e a alimentação que pesquisei, ele está muito melhor. Ele não tem mais dificuldades de engolir e a musculatura não é mais contraída."
Aos 21 anos, Vitor usa cadeira de rodas e frequenta uma escola especial. Para Guidi, sua história é uma "grande obra de Deus". "Sempre soube que não ia perder minha casa."
Justiça ajuda pai de filho com doença rara
Quase despejado de casa, pai recebe verba de fundo pecuniário para saldar dívida
JULIANNA GRANJEIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma decisão inédita da Justiça reverteu verba do fundo pecuniário -recolhido de condenações judiciais- para quitar a casa de um pai que abandonou o emprego para pesquisar a doença rara e incurável do filho. Ele seria despejado por não pagar.
A história -que lembra a do filme "Óleo de Lorenzo"- aconteceu em Curitiba. O engenheiro mecânico Adolfo Celso Guidi, 52, deixou o cargo de gerente de uma concessionária em 2000, ao descobrir que o filho Vitor, à época com dez anos, tinha gangliosidose GN1 tipo 2.
"Nenhum médico no Brasil conseguiu diagnosticá-lo. Larguei tudo e fiquei uma semana em Buenos Aires, onde diagnosticaram a gangliosidose. Quando retornei, um médico me disse que não tinha o que fazer", afirmou.
Inconformado com a resposta, o engenheiro começou a estudar a doença na biblioteca da faculdade de medicina da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
"A gangliosidose impede a reprodução de neurônios, que degeneram. Por meio de um processo homeopático, a gente fornece essa enzima e o organismo trabalha", explicou o pai, que encontrou a "fórmula" em 2001.
Para alcançar o resultado, Guidi diz que gastou, na época, cerca de US$ 80 mil (R$ 149.500 atualmente) e deixou de pagar as prestações de sua casa, que foi a leilão.
O processo da Caixa Econômica Federal, financiadora da casa, contra Guidi teve início em 2001. Após recursos, o caso chegou à juíza federal Anne Karina Costa.
"Já estava tramitando em julgado. Caso ele não pagasse, teria que sair do imóvel. Então, durante uma audiência de conciliação, ele disse que queria explicar o motivo de não ter pago a dívida e contou a história do filho."
O banco reduziu a dívida para R$ 48.500, mas ele ainda não podia pagar. Sua renda passara a vir de trabalhos esporádicos na oficina que montou em sua casa.
A juíza se lembrou, então, do fundo que a Justiça mantém com penas pecuniárias. "O dinheiro arrecadado vai para entidades assistenciais. Eu tive a ideia de inscrever Guidi como um projeto."
DECISÃO INÉDITA
Em decisão, que segundo a juíza é inédita no Brasil, o Ministério Público Federal e a 1ª Vara Criminal autorizaram que o fundo fosse utilizado para o pagamento da dívida de Guidi. A audiência final foi em novembro de 2009.
A juíza diz esperar que a decisão se repita e sensibilize as instituições financeiras. Hoje, Guidi cuida do filho sozinho -há três anos ele se separou da mulher- e auxilia duas outras crianças com a mesma doença. "Com a enzima e a alimentação que pesquisei, ele está muito melhor. Ele não tem mais dificuldades de engolir e a musculatura não é mais contraída."
Aos 21 anos, Vitor usa cadeira de rodas e frequenta uma escola especial. Para Guidi, sua história é uma "grande obra de Deus". "Sempre soube que não ia perder minha casa."
Fonte da foto: Paraná Online
Adolfo Celso Guidi tem, também, um texto interessante no blog que, ao que parece, apenas começou a escrever, e que merece ser destacado aqui:
Como evangelizar um deficiente, vítima de degeneração cerebral ???
Por alguns anos questionei ao meu Senhor, como alcançar estes seres maravilhosos , puros, amorosos, carentes de atenção?
Então na busca da intimidade por uma resposta, o espírito de Deus abriu o entendimento, "é pela família que se evangeliza um deficiente".
Iniciei um solitário projeto de evangelização, no início de 2009, pude assistir a família de um portador de down com complicações cardíacas , resgatar a dignidade de vida da mãe, reformar a casa deles devolvendo-lhes a dignidade de viver, re-evangelizamos a mãe, aproximando-a à uma denominação, com os retornos, agregava novas ajudas, como cestas de alimentação e higiene, assistência a problemas renais e pudemos observar o progresso do menino na escola.
Como é maravilhoso ver que sua ação resulta no resgate de pessoas, progrediram mãe e filho juntamente.
no amor com Deus, na saúde, na alegria de viver.
Este é o Projeto 29, deficientes e suas famílias para Cristo.
Então na busca da intimidade por uma resposta, o espírito de Deus abriu o entendimento, "é pela família que se evangeliza um deficiente".
Iniciei um solitário projeto de evangelização, no início de 2009, pude assistir a família de um portador de down com complicações cardíacas , resgatar a dignidade de vida da mãe, reformar a casa deles devolvendo-lhes a dignidade de viver, re-evangelizamos a mãe, aproximando-a à uma denominação, com os retornos, agregava novas ajudas, como cestas de alimentação e higiene, assistência a problemas renais e pudemos observar o progresso do menino na escola.
Como é maravilhoso ver que sua ação resulta no resgate de pessoas, progrediram mãe e filho juntamente.
no amor com Deus, na saúde, na alegria de viver.
Este é o Projeto 29, deficientes e suas famílias para Cristo.
Que pai maravilhoso, esse! Fiquei muito emocionada ao ler sua história na Folha de São Paulo. Parabenizo a Juíza, que com sua sábia decisão, fez com que ele não perdesse o imóvel em que residia. Deus continue protegendo esse homem especial.
ResponderExcluirSr. Adolfo, eixei uma mensagem p/ o senhor no facebook, pois meu primo tem uma doença muito parecida com a do seu filho e gostaríamos de conversar com o senhor, pois talvez o que o senhor descobriu possa ajudar o meu primo também. Os meus tios também estão correndo atrás de um tratamento, mas não conseguimos nada até agora.
ResponderExcluirPor favor entre em contato conosco.
denise_ni86@hotmail.com
Obrigada.
Denise Araújo
Denise, como este aqui não é o blog do Sr. Adolfo, nem eu tenho o contato dele, tratei de copiar o seu comentário e o coloquei diretamente no blog dele:
ResponderExcluirhttp://evangelizabrasil.ning.com/profiles/blogs/como-evangelizar-um-deficiente
Espero que você consiga entrar em contato com ele e o seu primo tenha uma vida normal e abençoada.
Abraços!