terça-feira, 30 de abril de 2013

Livro grátis do dia para kindle - 4

Você já sentiu dificuldade em se "desligar" do mundo virtual e de todas as suas ramificações? Acha que gasta tempo demais na frente do computador e que poderia aproveitá-lo melhor com outras coisas?

A dica de livro gratuito para kindle, o e-reader da Amazon, é o livro abaixo, "Unfriend Yourself", de Kyle Tennant, que se propõe a responder essas questões e pode ser baixado na página da Amazon brasileira clicando aqui. A seguir, a resenha do livro em inglês com nossa tradução livre em português:

We are all connected. To each other, to our devices, to our networks, to everything... The world of social media has turned the rest of our worlds upside down.

Can you disconnect for three days to assess the situation in your own life? This short book is split into three sections to help you DETOX, DISCERN, and DECIDE what role Facebook, Twitter, Google+, and all the rest can and should have in your life. Unfriend Yourself will help you think critically, biblically, and practically from a Christian perspective about the merits and ramifications of our social media culture.

Don't worry, the world can wait; your friends won't even know you're gone-seriously, there are over half a billion of them out there. I doubt you'll be missed.

Todos nós estamos conectados. Uns aos outros, aos nossos aparelhos às nossas redes, a tudo... o mundo da mídia social virou de ponta-cabeça todo o resto de nossos mundos.

Você conseguiria se desconectar por três dias para avaliar a situação da sua própria vida? Este pequeno livro é dividido em três seções para ajudá-lo a DESINTOXICAR, DISCERNIR e DECIDIR qual o papel que Facebook, Twitter, Google+ e todas as redes sociais deveriam ter na sua vida. "Unfriend Yourself" (algo que poderia ser traduzido como "Desfaça a Amizade Você Mesmo") vai ajudá-lo a pensar crítica, bíblica e praticamente a partir de uma perspectiva cristã sobre os méritos e ramificações da nossa cultura de mídias sociais.

Não se preocupe, o mundo pode esperar; seus amigos não vão nem saber que você desapareceu - é sério, há cerca de meio bilhão deles lá fora. Eu duvido que sentirão a sua falta.



Pesquisa revela que ateus não conseguem se desvencilhar da ideia de Deus

Psicólogos finlandeses realizaram uma pesquisa que revelou que ateus se sentem especialmente desconfortáveis quando se propõe que eles desafiem Deus a fazer coisas terríveis diretamente relacionadas a eles ou pessoas que lhes são queridas.

A equipe, liderada por Marjaana Lindaman, da Universidade de Helsinki, concluiu que "os resultados permitem inferir que as atitudes dos ateus em relação a Deus são ambíguas, no sentido de que as suas convicções explícitas conflitam com a sua resposta afetiva".

A metodologia da pesquisa - publicada no International Journal for the Psychology of Religion - consistiu de dois experimentos de pequena escala, sendo que o primeiro envolveu 17 pessoas da própria Finlândia que foram recrutadas via internet, e que apresentavam altos níveis de crença ou descrença em Deus.

Eletrodos foram ajustados em dois dedos de cada participante para coletar os dados enquanto eles liam em voz alta uma série de frases previamente elaboradas e com forte conteúdo, digamos, intimidador.

Algumas das declarações eram desafios à divindade como "eu desafio Deus a fazer com que meus pais se afoguem" e outras igualmente desagradáveis, como "não há nenhum problema em chutar a cara de um cachorrinho". Havia ainda afirmações neutras como "espero que não chova hoje".

Os resultados mostraram que os padrões de comoção de crentes e descrentes seguiram precisamente o mesmo padrão: alto tanto para Deus como para as declarações desagradáveis, e baixo para as neutras.

Depois de realizada a experiência, os crentes disseram se sentir muito desconfortáveis recitando os desafios a Deus, mas a leitura dos dados obtidos pelos eletrodos mostrou que as reações dos dois grupos foram exatamente as mesmas.

Isto mostra que o ato de "desafiar Deus" fez com que os participantes ateus se sentissem mais nervosos do que eles admitiam, inclusive para si próprios.

Alguém poderia objetar, por exemplo, que as reações dos ateus se deram não propriamente pelo fato de haver uma entidade divina incluída na frase que falavam, mas pelas situações desagradáveis ali associadas.

Antecipando-se a essa objeção, os pesquisadores finlandeses já haviam acrescentado um segundo experimento para testar essa hipótese.

Desta vez foram recrutados 19 ateus que tomaram parte numa versão expandida do primeiro experimento, agora incluindo dez variações dos "desafios a Deus" com o detalhe de que elas excluíam qualquer menção a forças sobrenaturais.

Por exemplo, além de declarar "eu desafio Deus a fazer todos os meus amigos se virarem contra mim", eles também liam em voz alta a frase "eu queria que todos os meus amigos se virassem contra mim".

Os resultados mostraram que os ateus sentiram maior comoção enquanto liam as declarações relacionadas a Deus do que quando proferiam as frases quase idênticas que omitiam a divindade.

A conclusão a que os pesquisadores chegaram foi a de que "mesmo os ateus têm dificuldade em desafiar Deus a provocar danos a eles próprios e a seus queridos".

Entretanto, não pararam por aí e procuraram também encontrar explicações para essa atitude, o que os fez chegar a 4 prováveis razões:

1) a mais provocativa é que as crenças explícitas dos ateus podem diferir das reações implícitas que existem fora do alcance de sua consciência;

2) por outro lado, eles podem dar muito valor à palavra "Deus" pela observação constante que têm do respeito que seus amigos e familiares crentes têm para com a prática séria de sua religião;

3) os ateus podem ainda ter achado a ideia de "Deus" absurda ou aversiva, o que os levou a uma resposta emocional alterada;

4) outra razão plausível é que os ateus guardam, ainda, reflexos de suas crenças anteriores e não conseguiram abandoná-las completamente, e elas ainda produzem uma espécie de "eco" em suas consciências.


A fonte da notícia é a revista Pacific Standard. Pede-se ao portal gospel ou ateu que vier aqui copiar a matéria, que cite as fontes indicadas com os respectivos links e faça a sua própria tradução.



segunda-feira, 29 de abril de 2013

Bispo de Bauru (SP) excomunga padre Beto

Numa decisão que já era - de certo modo - esperada depois das repercussões das declarações polêmicas do padre Beto, bem como de sua recusa em se retratar e pedir perdão, mas mesmo assim surpreende pela gravidade da pena aplicada, o bispo de Bauru (SP), D. Caetano Ferrari publicou nota oficial no sítio da diocese comunicando a excomunhão do agora ex-pároco, com o seguinte teor (os grifos são nossos):

Comunicado ao povo de Deus da Diocese de Bauru sobre o Rvedo. Pe. Roberto Francisco Daniel

É de conhecimento público os pronunciamentos e atitudes do Reverendo Pe. Roberto Francisco Daniel que, em nome da “liberdade de expressão” traiu o compromisso de fidelidade à Igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal. Estes atos provocaram forte escândalo e feriram a comunhão eclesial. Sua atitude é incompatível com as obrigações do estado sacerdotal que ele deveria amar, pois foi ele quem solicitou da Igreja a Graça da Ordenação. O Bispo Diocesano com a paciência e caridade de pastor, vem tentando há muito tempo diálogo para superar e resolver de modo fraterno e cristão esta situação. Esgotadas todas as iniciativas e tendo em vista o bem do Povo de Deus, o Bispo Diocesano convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar essa questão e aplicar a “Lei da Igreja”, visto que o Pe. Roberto Francisco Daniel recusa qualquer diálogo e colaboração. Mesmo assim, o juiz tentou uma última vez um diálogo com o referido padre que reagiu agressivamente, na Cúria Diocesana, na qual ele recusou qualquer diálogo. Esta tentativa ocorreu na presença de 05 (cinco) membros do Conselho dos Presbíteros.

O referido padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e pela deliberada recusa de obediência ao seu pastor (obediência esta que prometera no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, portanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos. Nesta grave pena o referido sacerdote incorreu de livre vontade como consequência de seus atos.

A Igreja de Bauru se demonstrou Mãe Paciente quando, por diversas vezes, o chamou fraternalmente ao diálogo para a superação dessa situação por ele criada. Nenhum católico e muito menos um sacerdote pode-se valer do “direito de liberdade de expressão” para atacar a Fé, na qual foi batizado.

Uma das obrigações do Bispo Diocesano é defender a Fé, a Doutrina e a Disciplina da Igreja e, por isso, comunicamos que o padre Roberto Francisco Daniel não pode mais celebrar nenhum ato de culto divino (sacramentos e sacramentais, nem mais receber a Santíssima Eucaristia), pois está excomungado. A partir dessa decisão, o Juiz Instrutor iniciará os procedimentos para a “demissão do estado clerical, que será enviado no final para Roma, de onde deverá vir o Decreto .

Com esta declaração, a Diocese de Bauru entende colocar “um ponto final” nessa dolorosa história.

Rezemos para que o nosso Padroeiro Divino Espírito Santo, “que nos conduz”, ilumine o Pe. Roberto Francisco Daniel para que tenha a coragem da humildade em reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a Igreja, que é “Mãe e Mestra”.

Bauru, 29 de abril de 2013.

Por especial mandado do Bispo Diocesano, assinam os representantes do Conselho Presbiteral Diocesano.



O barbeiro ateu

Para você pensar não só quando for cortar o cabelo:




Malafaia fala muito!

Considerando que outro dia o Malafaia disse que nenhum evangélico pode falar que ele ou Marco Feliciano não o representa, é bom relembrar o artigo de Valdemar Figueiredo publicado em 17.12.12 no portal Cristianismo Hoje:

Malafaia fala demais!

Os evangélicos, por acaso, estão concordando com as suas opiniões?

Às vezes, acerta. Mas, no volume com que se pronuncia, desconfio que não consiga se lembrar de quando falou demais. Ainda que ninguém tenha perguntado, ele, exaltado, emite suas opiniões, que mais parecem vereditos. É verdade que fala em nome dele mesmo; porém, fica parecendo que acredita piamente que é o grande formador de opinião do rebanho evangélico no Brasil.

O pastor midiático escracha geral no mais puro estilo popularesco. Língua solta mesmo, como a dos seus correspondentes televisivos Wagner Montes (Rede Record), Ratinho (SBT) e José Luiz Datena (Band). O diferencial de Silas Malafaia é que, entre os seus arroubos performáticos, ele cita textos bíblicos para justificar ou legitimar suas falas. Impressiona o quanto é autoconfiante!

Silas Malafaia não suporta abreviaturas: LGBT, Iurd, CGADB, CPAD, PL 122, PNDH, PT etc. Quando se trata de sopa de letrinhas, Malafaia entorna o caldo. O pastor em questão notabiliza-se pela lista extensa de desafetos: Dilma Rousseff, Caio Fábio, Marcelo Freixo, Fernando Haddad, Valdemiro Santiago, Satanás, Marina Silva, Jean Willys, Marco Feliciano e os seus eventuais sucedâneos. Quem atravessa na frente no feroz profeta pode se arrepender, pois Silas Malafaia paga para entrar numa briga e, quanto mais crescem as polêmicas, mais lucra. Quando se trata de osso duro, o Malafaia não é de roer: prefere triturar. Tudo em nome da verdade. É claro!

Na década de 1990, na bancada do programa 25ª Hora, que era veiculado na Rede Record com a direção do pastor Ronaldo Didini, Silas Malafaia ganhou projeção nacional mostrando destreza nas esgrimas verbais. Na década seguinte, já distante da Igreja Universal, dona da emissora e que patrocinava o programa, ele tinha cadeira cativa no debate do Rádio El Shadai da Rádio 93,3 FM do Rio de Janeiro, do grupo de comunicação do deputado federal Arolde de Oliveira (PSD-RJ). Tanto na TV como no rádio, a liderança de Silas Malafaia sempre esteve relacionada com um tipo bem peculiar de apologética.

Rompeu com a Iurd. Rompeu com a Convenção Geral das Assembleias de Deus, a CGADB. Rompeu com as alianças políticas de ocasião (FHC, Lula, Garotinho). Não rompe para sobreviver, mas para crescer. Neste tempo de crescimento, criou o seu mundo com o poder da sua palavra: uma denominação, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fruto de seu desligamento com a CGADB; um programa de TV diário em rede nacional, o Vitória em Cristo, exibido por três emissoras abertas; a Associação Vitória em Cristo; a gravadora Central Gospel; a editora Central Gospel; e o portal Verdade Gospel.

Olhando para as igrejas evangélicas no Brasil, é o caso de se perguntar: por que a atuação de Silas Malafaia provoca esse emudecimento geral? Os crentes, por acaso, estão concordando com as suas opiniões? Os intelectuais evangélicos comentam à boca miúda, nos seus congressos vazios, os horrores malafalianos – mas não passa disso. Em seus gabinetes, pastores dizem que não concordam com muita coisa que ele faz e fala, mas não vêm a público afirmar isso. Parece que poucos estão dispostos a desautorizá-lo a falar em nome do grupo religioso que eles também representam. Pelo tempo decorrido desde que Silas Malafaia tornou-se o que é hoje, já era para a fase da perplexidade ter passado. A grande mídia evangélica não tem tradição de debate; prefere anunciar produtos a publicar ideias. Quanto aos pastores, perderam a voz ou consentem com o silêncio.

Fico na expectativa de que alguém por perto diga a ele que tamanha exposição gera uma monstruosa vulnerabilidade. Silas Malafaia tem muitos exemplos de quedas monumentais de pessoas que, como ele, partiram para uma superexposição midiática a fim de anunciar Evangelho e acabaram se perdendo: foram longe demais e esqueceram o caminho de volta. Já foi provado que a igreja eletrônica gera mais antipatia do que conversos; enche mais bolsos do que almas; constrói mais celebridades do que gente; reúne mais multidão do que rebanho.

Tomara que, no futuro, este texto soe ridículo. Algo do tipo: devaneios de um recalcado. A esta altura do campeonato, contudo, falo somente por mim: o pastor Silas Malafaia não me representa. Envergonho-me da forma como se dirige aos evangélicos. Envergonho-me das suas grosserias com Bíblia na mão desancando a sociedade brasileira. Envergonho-me das suas inserções políticas em período eleitoral, plantando factoides. Envergonho-me da nossa falta de vergonha em não desautorizá-lo.



domingo, 28 de abril de 2013

Polícia Federal investiga seita evangélica de MG por trabalho escravo

Lamentavelmente, uma das maneiras encontradas por muitos líderes que se dizem cristãos - para manipular as pessoas e mantê-las fanaticamente sob seu domínio - é privá-las da leitura e do estudo sistemático da Bíblia ou pinçar versículos fora de contexto para justificar seus atos abomináveis e dar-lhes uma aura de santidade e autoridade irrefutável.

No caso que você vai ler mais abaixo, em que até sexo entre casados é banido por "ser pecado", bastaria que as pessoas incautas lessem alguns versículos da 1ª carta de Paulo a Timóteo, capítulo 4:

1 Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espírios enganadores e a ensinos de demônios,
2 pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência,
3 que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por quantos conhecem plenamente a verdade;
4 pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável,
5 porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado.

Os artigos foram publicados no Estadão de hoje, nos links indicados em cada título, com o vídeo abaixo:


Grupo suspeito de trabalho escravo veta sexo entre casados

ARTUR RODRIGUES , MARCIO FERNANDES

Uma seita que arrebanha integrantes na capital paulista para trabalhar sem salário em fazendas e indústrias no interior de Minas Gerais já reúne cerca de 6 mil pessoas. Para ser aceito no "mundo paralelo" do grupo Jesus A Verdade que Marca, é preciso, segundo a polícia e ex-integrantes, doar casa, carro e os demais bens para os líderes e obedecê-los cegamente. As regras incluem a proibição do marido dormir com a mulher, o confinamento em fazendas e alojamentos e o veto a TV e internet.

Durante a Operação Canaã, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira, dois líderes da seita - cujos nomes não foram revelados - acabaram presos por apropriação indébita ao serem flagrados com cartões do Bolsa-Família de integrantes do grupo. Para a PF, o discurso religioso é um atrativo para cooptar mão de obra escrava. "É um grupo extremamente fechado, que busca pessoas em situação vulnerável e as mantém nas propriedades com uma alta carga de doutrinação", diz o delegado João Carlos Girotto.

O advogado do grupo, Leonardo Carvalho de Campos, argumenta que as fazendas nas cidades de Minduri, São Vicente de Minas, Madre de Deus e Andrelândia são apenas associações de agricultura comunitária (veja ao lado).

Depoimentos de ex-integrantes destoam do que ele diz. Um aposentado de 72 anos conta que o pastor Cícero Vicente de Araújo, líder da seita, o convenceu a doar tudo o que tinha porque "todas as estradas iam se fechar e colocariam chips na cabeça das pessoas". "O pastor disse que só quem fosse para aquela região de Minas conseguiria viver bem." Há três anos, o homem tenta reaver na Justiça os R$ 32 mil de um carro e parte do dinheiro de uma casa que vendeu para aderir à seita. Para manter os fiéis, o ex-adepto conta que os pastores afirmavam que as pessoas que saíssem seriam amaldiçoadas. "Eles diziam que os demônios destruiriam aqueles que saíssem e passavam uns filmes da inquisição."

Carne. Apesar de todos se tratarem por irmã ou irmão, os ex-membros relatam disparidade de tratamento. "Eu passava as noites limpando tripa, cabeça e pé de boi para comermos. A carne ia para os líderes", contou uma ex-adepta da seita, de 42 anos, que vendeu a casa e doou para o grupo. A vigilância é outra característica, diz ela. "Minhas duas filhas, de 20 e 22 anos, ficaram lá e há dois anos não as vejo." Um médico do Programa de Saúde da Família conta que os integrantes não ficam desacompanhados nem durante as consultas.

A PF não localizou o pastor Araújo. A suspeita é de que ele esteja articulando a expansão da seita para a cidade de Ibotirama (BA). Publicamente, o grupo tenta se desvincular do caráter religioso e formou seis associações de agricultores. A polícia crê que as entidades, com fazendas arrendadas, sirvam como fachada para um esquema de lavagem de dinheiro, supressão de direitos trabalhistas e formação de quadrilha. Uma lista com nome dos eleitores fará a investigação verificar a possibilidade de manejo político. Dois vereadores da região são identificados com a seita. Ex-fiéis afirmam que Araújo os arrebanhou em igrejas na Lapa, zona oeste da capital, e Osasco. Os templos mudam constantemente de endereço. A PF averigua a existência de um novo na região da Sé.

Carlos (nome fictício), de 48 anos, diz ter entrado no grupo Jesus A Marca da Verdade após ouvir os "bonitos ensinamentos" do pastor Cícero Araújo. Vendeu o que tinha e mudou de São Paulo com a família para o interior de Minas. Por três anos, viveu sob regras duras e trabalhou como pintor sem receber um centavo. Até perceber que havia caído "numa fria".





Qual é a filosofia da seita? A filosofia era... todo mundo entrou achando que fosse uma coisa e era outra.

Como era? Na igreja, era muito bom. O pastor falava direitinho, ensinava a ser honesto, ensinava a não negar a verdade. Era um ensinamento bonito, não vou negar para você. Contagiava a pessoa.

Como o senhor decidiu mudar para a comunidade? A gente fez reunião, decidiu dar o que tinha.

O pastor pediu? Ele falava tanta coisa...

O senhor vendeu tudo? Tinha duas casas e um carro, né? Deu R$ 39 mil. Doei. Aí trabalhei lá como pintor.

E o senhor não ganhava nada? Não. Só casa e comida. Para ganhar um par de calçado, era um sacrifício...

Como eram as regras? Homem dormia separado de mulher, diziam que sexo era pecado.

É permitido sair da casa? Tem de pedir autorização. E só acompanhado.

Por que não saiu antes?

A gente fica impactado.

Como foi quando o senhor avisou que ia sair? Disseram que eu estava amaldiçoado, que iria para o inferno.

Pediu suas coisas de volta?

Pedi. O pastor Araújo disse para eu ir à Justiça.

O senhor conseguiu algo? Passaram uma casa para o meu nome... O carro eu trabalhei para comprar outro.

Há quem não consiga sair? Tem. Imagina uma pessoa com 50 anos, com 15 lá dentro, sem contato com parente. Já deu tudo que tinha...





sábado, 27 de abril de 2013

Padre Beto desafia bispo de Bauru e larga a batina



Dois dias atrás, mais especificamente em 25/04/13, divulgamos aqui o bafafá que colocou em polvorosa os católicos de Bauru, quando o bispo local, D. Caetano Ferrari, exigiu que o conhecido pároco de sua diocese, Padre Beto, nome pelo qual atende o cidadão Roberto Francisco Daniel, retirasse das mídias sociais as suas declarações em que assume posições heterodoxas em relação às doutrinas consagradas da igreja romana, como o adultério e a homossexualidade, apenas para citar duas das muitas polêmicas que ele enfrentou nos vídeos que estão vinculados àquele artigo.

O prazo para a retratação do padre Beto expiraria na próxima segunda-feira, dia 29 de abril, mas ele se adiantou e hoje pela manhã concedeu entrevista a vários meios de comunicação bauruenses dizendo, basicamente, ainda que não com essas palavras, que deixa a batina.

Na sua página no facebook, o padre Beto publicou a seguinte nota:



O padre deu uma entrevista - com uma camisa com a inscrição "No, gracias" - à TV TEM, afiliada da Rede Globo em Bauru, que pode ser vista clicando aqui, e abaixo segue o vídeo  de sua fala à BauruTV, responsável por extrair do pároco as declarações que foram o estopim de toda a crise atual:




Abaixo transcrevemos um trecho da entrevista que ele concedeu à rádio 94 FM de Bauru, por exemplo:
Padre: - O que eu tenho a dizer é que eu não tenho do que me redimir e muito menos o que ou a quem pedir perdão. Se é pecado refletir, eu sou um pecador porque sempre estarei em reflexão.

Repórter: - Padre, isto significa que o senhor pretende pedir o afastamento da igreja, deixar a batina?

O que me resta é declarar que a partir de segunda-feira eu me afasto do exercício dos ministérios sacerdotais. Eu deixo de exercer a função de padre na Igreja Católica Apostólica Romana.

Como é impossível viver o evangelho de Jesus Cristo numa instituição que no momento não respeita a liberdade de reflexão e a liberdade de expressão.

O nosso modelo de vida é Jesus Cristo. Cristo foi o que mais viveu a liberdade de reflexão e expressão, que fez com que as pessoas refletissem durante toda a sua vida.

É que não é possível ser cristão numa instituição que cria hipocrisia. Nós sabemos que existem regras morais ultrapassadas da igreja católica, nós sabemos que a maioria não vive essas regras morais porque eu duvido que a maioria dos casais não usam métodos anticoncepcionais, a laqueadura ou a vasectomia, por exemplo.

Repórter: - Padre Beto, o afastamento impede que você exerça o sacerdócio em qualquer outra diocese, é isso?

O afastamento, eu não tenho a pretensão de exercer o meu sacerdócio em nenhuma outra diocese, porque eu acredito que o quadro da igreja católica seja geral.

Repórter: - E qual o futuro do Beto, então, e não mais do padre?

Porque uma vez ordenado padre, eu sempre serei padre. É... eu vou continuar com a integridade de padre, eu... é... vou procurar ocupar todos os espaços que a sociedade poderá me oferecer para a reflexão, para a evangelização.

Eu vou ser um ser pensante na sociedade contemporânea. A partir de segunda-feira eu não exerço nenhuma cerimônia dentro da igreja católica.

Repórter: - É uma decisão que não tem volta, padre Beto?

Tem volta se a igreja mudar, se a igreja mudar de postura, ela se tornar menos... aliás, ela deixar de ser dogmatista, é... ela ficar sim com seus dogmas, mas aberta à discussão, então aí ... aí eu retorno de coração aberto, e com a maior vitalidade para poder trabalhar pelo Cristo.
O leitor pode perceber, portanto, que é uma situação sem volta, e ao que tudo indica o padre Beto abandona a igreja católica.

Agora, se os amigos católicos do blog permitem que este que vos escreve dê um pitaco nessa pendenga em outra seara, considerando que não sou de Bauru nem católico, mas protestante (já que "evangélico" é no Brasil de hoje uma designação ideológica e não teológica), tenho a dizer o seguinte:

1) Não sendo de Bauru, mas vendo eventualmente o noticiário televisivo de lá, reparei que o padre Beto era presença constante nas reportagens sobre feriados religiosos, por exemplo.

2) Além disso, tive a infelicidade de acompanhar um determinado horário eleitoral na campanha municipal de 2012, em que o padre Beto pediu voto efusivamente para o candidato a vereador Ricardo Barreira, que terminou como o 40º mais votado, com 1.099 votos (0,61% do total), não se elegendo:


3) Ocorre que "Pai" Ricardo Barreira é babalorixá, conforme o próprio padre Beto diz no vídeo acima que "ele é de outra religião".

4) Nada contra o diálogo entre católicos e umbandistas, ou contra ambos, mas era no mínimo curioso que um padre apoiasse um pai de santo para vereador de Bauru, ainda mais um padre que tem tanto destaque naquela diocese, o que lança imediatamente a dúvida: não havia candidatos católicos idôneos ou viáveis para ele apoiar?

5) Logo, como o próprio bispo de Bauru disse no vídeo que está postado no artigo de 25/04/13, não é de hoje que o padre Beto vem se indispondo com os seus superiores.

6) Ora, o padre fez seminário por muitos e longos anos, sabia muito bem de tudo o que implicava o sacerdócio que exerceu livremente por outros tantos anos, conhecia de cor e salteado todos os dogmas que a igreja católica defende, e agora vem se fazer de desentendido?

7) Quando o padre Beto diz na entrevista acima que "vou procurar ocupar todos os espaços que a sociedade poderá me oferecer para a reflexão", está parecendo mais que ele gostou da campanha política, e podemos ter surpresas nas próximas eleições bauruenses, você não acha?

8) Cá entre nós, dizer que ele volta se a igreja mudar revela uma empáfia gritante. Qualquer leigo, ateu ou não católico sabe muito bem que é praticamente impossível que o Vaticano rompa um milímetro que seja dos seus dogmas, e o padre Beto parece querer que o papa Francisco ligue desesperado pra ele lá de Roma dizendo que vai convocar urgentemente um novo Concílio só para atender os pleitos e socorrer os pruridos de consciência do sacerdote bauruense. Menos, padre Beto, menos...

9) Humildade talvez seja a traço mais característico do seguidor de Cristo. Ao dizer que "não tem do que se redimir" nem "a quem pedir perdão", padre Beto mostra que pouco ou nada entendeu do que significa ser cristão, lamentavelmente. 

10) Beto tem todo o direito de seguir a religião que quiser, e deve ser respeitado por isso. Talvez tenha perdido tempo demais sendo padre católico, e olha que teve tempo muito mais do que suficiente para pensar sobre o que isto significava.

11) Fica estranho ele vir agora, portanto, dizer que sua igreja deve seguir o que ele acha da vida e do mundo, depois dele próprio ter-se valido do título de padre e ter utilizado a estrutura (e a máquina) católica para apoiar candidatos em eleições.

12) Quem deve estar feliz da vida é o bispo de Bauru, que apesar da (talvez) excessiva paciência que teve com o prelado ora revoltado, livrou-se de um pepino daqueles. Pode soltar os rojões, D. Caetano Ferrari!

Prepare-se, Bauru: deve estar vindo aí um novo político ou babalorixá...



Atualização de 29/04/13

O bispo de Bauru excomungou o padre Beto, leia a íntegra da nota da diocese clicando aqui.










Vovô e vovó também se tatuam


A terceira idade, expressão politicamente correta para a popular "velhice", a cada dia mais vai rompendo os estigmas da "aposentadoria" e da "inutilidade" que - infelizmente - muita gente ainda associa a essa condição pela qual todos esperam passar, mesmo que não gostem da ideia da inexorável decadência física que só não iguala aqueles que - lamentavelmente - foram embora dessa vida cedo demais.

Mais um tabu cai por terra, portanto: o de que tatuagem não combina com idosos. Para mostrar que isto não tem nada a ver com a terceira idade, o blog Tinta na Pele publicou 22 fotos de respeitáveis senhoras e senhores que não têm vergonha de exibir as suas tatuagens.

A iniciativa busca mostrar que as inevitáveis rugas e a indesejável (muita) elasticidade da pele não são obstáculos a todos aqueles que querem se tatuar, ou se tatuaram quando jovens, a fim de mostrar que juventude é, acima de tudo, um estado de espírito.

Revela, também, a coragem de quem não se limita aos preconceitos que ainda se vinculam à idade e à tatuagem. Confira as fotos no Tinta na Pele.





sexta-feira, 26 de abril de 2013

O juramento na formatura da PUC-RJ que não valeu

Jesus já dizia no Sermão da Montanha: "Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno" (Mateus 5:37).

Já Caetano Veloso ficou mais conhecido por colocar a expressão "ou não" no final de cada declaração sua sobre tudo (ou sobre nada).

Na recente formatura da turma de Cinema da PUC/RJ, a formanda encarregada de proferir o tradicional juramento preferiu seguir a receita de Caetano Veloso, e - jocosamente - incluiu "ou não" no final de cada frase de sua fala, o que foi repetido pelos demais formandos sem saber que isso lhes acarretaria alguns dissabores.

Diante do juramento inusitado, a direção do Departamento de Comunicação Social, presente à cerimônia, não teve dúvidas: anulou a colação de grau até que o juramento fosse devidamente formalizado, o que atrasou a carreira profissional dos formandos.

Portanto, pense melhor antes de fazer um juramento. Pode ser uma mera formalidade, mas é melhor fazê-lo segundo manda o figurino do que ter alguns aborrecimentos mais à frente.

A notícia é d'O Globo:

Juramento inusitado suspende formatura na PUC

Estudante inclui de brincadeira o termo ‘ou não’ no final de cada promessa e acaba atrasando em meses a colação de grau

Uma das formandas, aprovada em processo seletivo para Rede Globo, não conseguiu comprovar colação de grau a tempo

RIO - Duas únicas palavras foram o suficiente para atrasar a formatura de uma turma inteira da faculdade de Cinema na PUC-Rio. Na cerimônia de juramento dos formandos, em janeiro deste ano, a aluna responsável por ler o texto resolveu fazer um "adendo": a cada tópico lido, ela incluía a expressão "ou não" no final da frase, o que revertia totalmente o sentido da cerimônia.

"Prometo exercer minha profissão/ com espírito de quem se entrega / a uma verdadeira missão de serviço / tendo sempre em vista o bem comum; ou não

Dedicar-me a conhecer e avaliar / a realidade social / e aprofundar meus conhecimentos / a fim de satisfazer as necessidades da sociedade; ou não

Aplicar-me à busca da verdade / à realização da justiça / e à defesa dos direitos fundamentais do homem, ou não"

Sem serem avisados da brincadeira, os outros estudantes riram e acabaram repetindo as palavras da aluna. Conclusão: a turma de 30 formandos de Cinema do período 2012.2 não fez o juramento, e por isso, a colação de grau foi atrasada em meses.

Quem estava presidindo a cerimônia era o diretor do Departamento de Comunicação Social, professor César Romero. Segundo ele, seria possível intervir no juramento assim que a aluna descumprisse pela primeira vez a leitura do texto, que é padrão para todas as formaturas na PUC-Rio.

Romero preferiu não interromper o ato, mas logo após o evento, mandou um vídeo do juramento à reitoria da universidade, a fim de que se decidisse o que fazer com a situação inusitada. No final das contas, foi decidido que o juramento seria anulado, e duas novas cerimônias alternativas seriam marcadas, uma em março e outra em abril.

— Eu poderia intervir, sim, mas achei que não deveria. Afinal, os pais estavam felizes com a formatura dos seus filhos. Fiz isso primeiramente em respeito aos pais — explica Romero.

Com a decisão, os formandos tiveram de assinar a ata de colação de grau meses depois dos outros alunos que se formaram em Comunicação Social. A aluna Maria Eduarda Barreiro, por exemplo, tinha sido aprovada num processo seletivo, e deveria ter entregado algum documento que comprovasse a colação de grau até a última terça-feira (16).

No entanto, Maria Eduarda só pode assinar o papel nesta quinta-feira (18). E mesmo assim, ela terá que esperar até sexta-feira (19) para poder pegar o documento comprovando que a aluna colou grau. Para não perder a vaga na empresa, Maria Eduarda chegou a se comprometer a entregar o documento até esta sexta-feira (19) em Curicica, sede do Projac, no mesmo dia em que o papel será liberado pela PUC.

— Numa universidade particular, com quase 2 mil reais de mensalidade, esse tipo de serviço é um absurdo. Poderia haver uma intervenção na hora da brincadeira ou pelo menos que o juramento não fosse anulado — reclama a formanda.

Para César Romero, mesmo com os transtornos, o fato serve de exemplo para que novos formandos levem a sério a cerimônia.

— Imagina a presidente Dilma Rousseff dizendo no dia da posse 'prometo defender os Direitos Humanos, ou não'... A universidade não está disposta a compactuar com esse tipo de brincadeira — disse Romero.



Vivendo com fé e paralisia cerebral


Conheça Roger Flournoy Junior. Ele tem paralisia cerebral e mora em Austin, no Texas. No vídeo abaixo, ele fala sobre as dificuldades que enfrenta no seu dia-a-dia e como a fé em Jesus Cristo lhe faz encontrar sentido na vida. A tradução das legendas em inglês está logo a seguir:



Eu tenho paralisia cerebral.

Viver com paralisia cerebral definitivamente não é algo fácil.

Um monte de pessoas não entendem o que é paralisia cerebral e eles me tratam diferente.

Um monte de gente inclusive tem medo de mim ou se sentem muito desconfortáveis ao meu lado.

E isto me machuca porque eu quero ser amigo de todo mundo.

E eu não posso evitar o fato de que tenho paralisia cerebral.

O meu nome é Roger Flournoy Jr. e eu moro no centro de Austin (Texas).

Viva os “longhorns” (como são conhecidos os atletas de diferentes esportes da Universidade do Texas que fica em Austin).

Algumas das lutas que eu enfrento com a paralisia cerebral é que eu tenho que fazer coisas que uma pessoa normal nunca vai ter que fazer, como engatinhar no carpete todo dia, algumas vezes ele fica grudado em mim.

Eu utilizo um computador com um aparelho que se chama “head pointer” e eu digito no teclado como se estivesse catando milho.

Eu me locomovo pela cidade com uma cadeira de rodas elétrica. Ele me permite ter liberdade de me locomover por minha própria conta.v A pior coisa é a solidão.

Eu me transformo no meu pior inimigo quando me deixo sentir solidão.

Mas Jesus significa tudo para mim.

Sem Jesus eu sei que já teria cometido suicídio, porque viver sem Jesus não vale a pena.

Tempos difíceis aparecem todos os dias. Na maioria das vezes eu tento nocauteá-los porque o evangelho mudou a minha vida de uma maneira maravilhosa que eu nunca conseguirei entender em sua plenitude.

A adoração é a minha vida.

Deus me criou para adorar.

Jesus pagou o máximo preço e se eu não adorá-lo totalmente é como se eu não agradecesse por Ele ter morrido por mim.

E isto é tão poderoso.

Um dia eu estarei na eternidade com Deus.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Lázaro ressurge: médico diz que algumas pessoas podem ser ressuscitadas horas depois da "morte"

"A Ressurreição de Lázaro", por Rembrandt

Já publicamos aqui vários relatos sobre experiências de quase-morte, e agora um médico americano escreve um livro afirmando que é possível ressuscitar alguém horas depois de sua "morte". Não por acaso o título do livro é "O Efeito Lázaro".

A matéria é da BBC Brasil:

Pacientes podem ser ressuscitados horas após morte, diz médico

William Kremer

Um médico defende que uma pessoa pode ser ressuscitada várias horas depois de seu coração parar de bater. Será que isto pode mudar a forma como encaramos a morte?

Carol Brothers não consegue se lembrar da hora em que "morreu", há três meses.

"Eu sei que era uma sexta-feira, na hora do almoço, porque a gente tinha acabado de voltar do supermercado", conta a britânica de 63 anos. "Mas não me lembro de ter saído do carro."

Já seu marido David tem memórias muito mais claras daquele dia. Ele abriu a porta de casa e viu a mulher caída no chão, ofegante e pálida. Carol acabara de sofrer uma parada cardíaca. Por sorte, um vizinho conhecia os procedimentos básicos de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e rapidamente começou a pressionar seu tórax repetidas vezes na tentativa de reanimá-la.

Os paramédicos chegaram logo em seguida e, em algum momento entre 30 e 45 minutos depois do ataque cardíaco, o coração de Carol voltou a bater. "Apesar de 45 minutos ser um tempo enorme que levaria muitas pessoas a acreditarem que ela estaria morta, hoje sabemos que há pessoas que voltaram a vida três, quatro, cinco horas após morrerem e depois disso tiveram vidas normais", diz o médico Sam Parnia, diretor de pesquisa sobre ressuscitação na Stony Brook University, em Nova York.

Muitas pessoas consideram uma parada cardíaca como sinônimo de morte, diz ele. Mas muitas vezes não é o fim.

O efeito de Lázaro

Parnia é autor do livro, Lazarus Effect ("O Efeito de Lázaro", em tradução livre, uma alusão à passagem bíblica que relata que Jesus ressuscitou Lázaro quarto dias após sua morte). Ele explica que depois que o cérebro para de receber oxigênio por meio da circulação sanguínea, não morre imediatamente, mas entra em estado de hibernação, uma forma de se defender do processo de decomposição.

E o "acordar" desse estágio de hibernação pode ser o momento mais crítico de todos, já que o oxigênio pode se tornar tóxico para o cérebro. O efeito, compara Parnia, é como o de um tsunami após um terremoto, e a melhor resposta é resfriar os pacientes, de 37ºC para 32ºC.

"A razão pela qual a terapia de resfriamento funciona bem é porque desacelera a decomposição do cérebro", diz Parnia.

E foi nesse momento que Carol Brothers teve sorte. Depois que seu coração voltou a bater, ela foi transferida para um helicóptero, onde um médico a resfriou utilizando pacotes de comida congelada que ela havia acabado de comprar.

Depois de dias em coma na UTI, durante os quais exames sugeriam que ela estava com morte cerebral, Carol acordou.

"Ela me disse três palavras", relembra a filha Maxine. "Estou voltando para casa", teria dito Carol, sussurrando.

Deus ou diabo

Sam Parnia é fascinado por relatos de pacientes que sentiram a morte de perto.

"Pessoas no mundo todo descrevem experiências semelhantes, mas a interpretação do que eles veem depende muito de sua crença", diz ele.

Essas descrições incluem viagens em túneis iluminados, encontros com figuras angelicais, recordações de eventos passados e, em alguns casos, a sensação de se observar a mesa de cirurgia da perspectiva de quem está "fora do corpo".

O médico está atualmente trabalhando com vários hospitais para investigar relatos desse tipo de experiências "fora do corpo". Como parte do estudo, os pesquisadores posicionaram objetos em prateleiras em salas de operação, que só podem ser observados do alto.

Caroline Watt é psicóloga na Universidade de Edimburgo especializada em examinar relatos paranormais. De mente aberta, ela é também crítica. Ela foi coautora de um artigo que sugere que a sensação da morte pode ser baseada em atividades neurológicas.

Ela afirma que um estudo indica que cerca de metade dos pacientes que disseram ter visto a morte de perto tiveram essa experiência sem estar perto de morrer. Essa sensação foi vivida em momentos de grande expectativa de experiência traumática, como no caso de um nascimento, quando se da à luz, por exemplo. Isso sugere que, qualquer que tenha sido essa sensação, ela não chega a ser uma amostra do que pode ser experimentado perto ou depois da morte.

Ruth Lambert diz ter tido a sensação da morte depois que uma queda interrompeu a circulação de sangue para seu cérebro.

"Foi uma sensação de boas-vindas e de estar indo para um lugar melhor", relembra. "Eu senti a presença forte de Deus, de que não era a minha hora, e então eu acordei".

Desde então, ela disse ter ouvido relatos de outras pessoas que quase morreram. Ela se lembra especificamente de um homem que voltou do coma horrorizado.

"Ele achava ter visto o diabo se aproximando e dizendo: você é meu agora, peguei você."

Se Carol Brothers viu Deus ou o Diabo, ela não se lembra.

"Nenhum dos dois me quis. Eles jogaram cara ou coroa e a moeda caiu em pé."



Diocese de Bauru exige que padre Beto se retrate sobre declarações polêmicas


Padre Roberto Francisco Daniel, ou "Padre Beto", é uma figura muito conhecida em Bauru, cidade de cerca de 350.000 habitantes no centro do Estado de São Paulo.

Muito querido por boa parte da população local, o sacerdote não se omite na hora de dar declarações sobre assuntos polêmicos, como espiritismo, suicídio, fidelidade, adultério,   bissexualidade, homossexualidade e outros temas controversos, como ocorreu na entrevista que concedeu a pessoas que se identificam como espíritas do portal Bauru TV no youtube, em duas partes, como você pode ver abaixo:



No segundo vídeo, padre Beto diz que "uma pessoa que tem um relacionamento extraconjugal, e que este relacionamento é aceito pelo cônjuge, aqui existe fidelidade. O que é fidelidade? É transparência. Eu estou jogando limpo. Eu estou abrindo o jogo. Eu estou falando: 'é isso o que eu quero. Você aceita?'. Se a pessoa aceitar, é opção dela também. Então aqui todos estão jogando limpo".

Mais adiante prossegue afirmando que “se a ciência humana está constatando que hoje em dia não dá mais para você enquadrar o ser humano em homossexual, bissexual ou heterossexual, nós deveríamos nos enquadrar simplesmente como seres sexuados e que o amor pode surgir em qualquer desses níveis, se a ciência está chegando a este ponto... não é..., de nos levar a esse nível de consciência, a Igreja precisa estudar bem isso, caso contrário ela vai cometer um pecado. Qual pecado? O pecado de não saber amar o seu próximo.  Eu sei amar o meu próximo a partir do momento em que eu conheço esse próximo. Então a Igreja tem que mudar sim, ela vai ter que mudar, mas não porque a sociedade mudou, mas porque a ciência e conhecimento humano evoluiu [sic]”.

Quem não gostou nada das declarações do sacerdote foi o seu superior imediato, D. Frei Caetano Ferrari, bispo da diocese de Bauru, que emitiu nota pública "pedindo" (no popular, exigindo e impondo prazo) que o padre Beto se retrate de suas declarações, com os seguintes dizeres:
Tendo em vista os recentes pronunciamentos do padre Roberto Francisco Daniel (padre Beto) em páginas pessoais da internet, que têm provocado escândalo junto aos fiéis, agora, extrapolando-se o âmbito diocesano e indo para o mundo aberto da mídia eletrônica; tendo em vista, sobretudo, o conteúdo desses pronunciamentos que ocorrem em desacordo com os ensinamentos da Igreja no campo da doutrina, da moral e dos costumes; tendo em vista que não em poucas oportunidades o Bispo Diocesano já lhe vem alertando sobre seus pronunciamentos; e tendo em vista o diálogo realizado hoje, 23 de abril, na Cúria Diocesana, sobre o assunto, determino ao padre Beto a retirar de imediato tudo o que estiver na mídia, com palavras e imagens relativas a estas suas declarações. Determino a se retratar através do mesmo meio utilizado (site, Facebook e YouTube), no prazo até 29 de abril de 2013, confessando humildemente que errou quanto a sua interpretação e exposição da doutrina, da moral e dos costumes ensinados pela Igreja.

Nossa Diocese, que caminha rumo ao Jubileu de Ouro de sua fundação, encontra-se em oração permanente, suplicando ao Divino Espírito Santo, seu padroeiro, que ilumine nossas mentes e nossos corações para caminharmos na busca da conversão, da santidade, da comunhão e da paz.

O bispo D. Ferrari foi entrevistado também pela repórter Nilessa Tait, da TV TEM, afiliada da Rede Globo em Bauru (SP), e pelo jeito ele próprio providenciou uma, digamos, gravação paralela, para se certificar de que suas palavras não seriam desvirtuadas ou manipuladas:


Em entrevista ao portal G1, o padre Beto declarou que "ainda estou analisando o que farei a respeito dessa retratação que eles me pedem. Retirar o que publico das redes sociais é como negar o meu ser e o modo em que eu me relaciono com Deus, além de negligenciar o meu papel como padre”.

Preparem-se, católicos de Bauru e região: vem muito pano pra manga por aí...



Atualização de 29/04/13: o bispo de Bauru excomungou o padre Beto, leia a íntegra da nota da diocese clicando aqui.






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