quarta-feira, 31 de maio de 2017

Luteranos lançam pastor-robô para celebrar 500 anos da Reforma Protestante


A informação é d'O Globo:

Pastor robô’ cita trechos bíblicos 
e abençoa em cinco línguas

O BlessU-2 lança debate sobre o potencial da inteligência artificial para a fé

RIO — Cinco séculos após Martinho Lutero publicar as 95 Teses que deram início à Reforma Protestante, a cidade alemã de Wittenberg presencia um novo desafio à tradição religiosa. Trata-se do BlessU-2, um “pastor robô” capaz de dar a benção em cinco línguas diferentes. O experimento foi realizado pela Igreja Protestante de Hesse-Nassau como forma de debater o futuro da Igreja e o potencial da inteligência artificial para a fé.

— Nós queríamos que as pessoas considerassem a possibilidade de serem abençoadas por uma máquina, ou se o ser humano é necessário — disse Stephan Krebs, criador do BlessU-2, em entrevista ao “Guardian”.

O robô está sendo apresentado num evento em Wittenberg para celebrar o aniversário de 500 anos do início da Reforma, movimento religioso, político e cultural que se espalhou pela Europa após Lutero divulgar as 95 Teses.

O BlessU-2 tem no peito uma tela sensível ao toque, dois braços e uma cabeça. Os fiéis podem escolher ouvir a pregação em alemão, inglês, francês, espanhol e polonês, tanto por uma voz masculina como feminina. O robô levanta os braços, suas mãos brilham e recita versos bíblicos encerrados com a frase: “Deus lhe abençoe e proteja”. O texto dito pela máquina pode ser impresso, caso o fiel queira levar como recordação.

— A ideia é provocar o debate — disse Krebs. — As pessoas estão demonstrando curiosidade, espanto e interesse. Elas estão realmente participando, e são muito positivas. Mas dentro da Igreja, algumas pessoas pensam que nós queremos substituir os pastores pelas máquina.

Krebs e seus colegas estão coletando a resposta do público para análises futuras, mas ele não acredita que os robôs possam ser a solução para a falta de padres e pastores nos países europeus. Um robô “nunca poderia substituir o cuidado pastoral”, destacou Krebs.

— Nós não queremos robotizar o trabalho da nossa Igreja, mas ver se podemos levar uma perspectiva teológica para uma máquina — disse Krebs.




terça-feira, 30 de maio de 2017

Primeira Igreja Batista de SP ganha novo vizinho: a Cracolândia


A informação foi publicada no Estadão:

Fiéis vigiam igreja na nova Cracolândia

Primeira Igreja Batista de SP perdeu frequentadores com megaoperação que levou viciados à Praça Princesa Isabel

Felipe Resk

SÃO PAULO - José Carrasco é um senhor de 65 anos, estatura mediana e com a cabeleira mais para branca do que grisalha. Religioso, ele frequenta há 15 anos a Primeira Igreja Batista de São Paulo, que fica na Praça Princesa Isabel, no centro da capital. Foi lá onde se instalou uma nova Cracolândia, após operação policial na semana passada dispersar os usuários de droga do antigo quadrilátero da droga. Foi quando Carrasco assumiu uma nova função no templo: segurança voluntário.

Com medo de circular mais perto do fluxo, ao menos 30% dos fiéis faltaram aos cultos na semana anterior, segundo cálculos da Igreja. Por isso, Carrasco foi um dos membros da comunidade religiosa que aceitou vestir um colete e ficar com os olhos atentos na movimentação da Praça Princesa Isabel. “Como eu faço parte, conheço bem quem frequenta”, diz. “Então, a ideia é identificar quem é quem e fazer com que as pessoas se sintam acolhidas, se sintam seguras, ao me ver.”

Carrasco conta que já trabalhou como vigilante. Segundo ele, o trabalho tem sido tranquilo. “É sossegado. Se a gente não mexe com eles (usuários), eles não mexem com a gente”, diz.

“Os membros fazem trabalho voluntário, com reforço principalmente em horários de culto”, admite o pastor Reinaldo Junior, de 35 anos, segundo quem, também foi pedido reforço de policiamento ao 13.º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área. A Igreja também pôs à disposição dos fiéis, no domingo, uma van para levá-los ao Metrô Santa Cecília e ao Terminal Princesa Isabel. “No domingo da operação ficou bem vazio”, relata.

A Primeira Igreja Batista é conhecida pelo trabalho social realizado com usuários de drogas da Cristolândia. O projeto oferece café da manhã, banho e almoço aos usuários. “Depois da operação, o fluxo na Cristolândia cresceu de 300 para 450 pessoas por dia”, diz Junior.

O projeto faz, ainda, internação voluntária em quatro comunidades terapêuticas. As cerca de 120 vagas, no entanto, já estão preenchidas. “Não é só a gente: todos os lugares estão cheios”, afirma. “Por isso que, antes de se falar em internação compulsória, como está sendo discutido, tem de saber se há vagas disponíveis. Não há.”

Violência. Nesta segunda-feira, 29, por volta das 16 horas, quatro equipes da AES Eletropaulo foram à Praça Princesa Isabel para fazer reparos nos postes. O motivo é que os fios haviam sido furtados, deixando boa parte da região às escuras. “De manhã já estava sem luz”, diz o comerciante Antônio Ferreira, de 59 anos. “Já é a terceira vez só de quinta-feira (dia 25) para cá. A gente tenta trabalhar, mas não consegue vender nada”, conta.

Segundo Ferreira, os furtos de fiação começaram depois que os usuários passaram a concentrar-se na praça, cujo número de barracas tem crescido dia a dia. Na sexta, eram 15. Nesta segunda, mais de 35. “Em 30 anos aqui eu nunca vi nada parecido com essa situação.” Para Devarlei Splendore, de 53 anos, os moradores estão “sitiados”. “Os assaltos estão acontecendo à luz do dia. Ontem (domingo, 28) mesmo eu vi um à mão armada. Depois, o meliante foi se esconder na nova Cracolândia.”



segunda-feira, 29 de maio de 2017

Advogada e pastora da Bola de Neve quer mais controle sobre igrejas evangélicas


O artigo da advogada e pastora Taís Amorim de Andrade Piccinini foi publicado no portal Migalhas:

Igrejas fora da lei

Sigo torcendo (e intercedendo) para que "vire moda no Brasil as igrejas estarem legais diante da lei".

Atuo na área de direito eclesiástico desde 2002. O início dessa jornada - como todo início costuma ser, era ainda limitado e mais focado em análises e estudos do movimento cotidiano de uma entidade religiosa, a fim de conseguir dirimir as necessidades das igrejas e poder relacioná-las e adequá-las à nossa legislação pátria.

Por volta do ano de 2008 minha atividade profissional passou a ser quase que exclusiva para essa área. Comecei a escrever artigos específicos e em 2010 surgiu a ideia de publicar um livro com todo o conteúdo que eu vinha reunindo e aplicando no meu dia a dia, em prol das entidades que atendia. Esse livro (manual prático de direito eclesiástico) foi publicado, já está em sua segunda edição (revisada) e até o momento vendeu por volta de 4000 exemplares.

Desde então, venho ministrando cursos e palestras, dando assessoria a igrejas e entidades que entendem a importância de estarem regulares diante da lei.

São, portanto, 15 anos estudando e aplicando esse tema e questões atinentes, na minha rotina profissional. Ao longo desses anos, foram diversos os atendimentos feitos, incontáveis perguntas respondidas, um sem-número de orientações dadas. Nos 18 capítulos do meu livro, aponto questões práticas e necessárias para o bom e correto funcionamento de uma entidade religiosa: desde o estabelecimento de um estatuto adequado, a forma de lidar com voluntários, pastores, funcionários, membros… até orientação no âmbito tributário, para regularização de fluxo financeiro e contábil.

Mas, por mais que muitos e muitos pastores acessem essas informações, participem dos cursos, busquem assessoria jurídica, fazendo um panomorama destes anos de trabalho até aqui, confesso que me sinto triste: uma boa parte das igrejas atendidas limitam-se a apenas ajustar seu estatuto (muitas vezes visando apenas a proteção da igreja ou da própria diretoria), sem, contudo, observar outros necessários ajustes, tão importantes quanto, como: organização contabil, relação com voluntários e funcionários, remuneração pastoral e por aí vai…

Sim, há ainda aquelas igrejas que erram pela falta de conhecimento, mas há também aquelas que, mesmo conhecendo, não colocam em prática. E isso, nem sempre é porque a igreja nao é idônea. É porque, simplesmente, não dão a devida importância para tal questão.

E nesse cenário, como advogada mas também pastora evangélica, me pergunto: onde a igreja no brasil pretende chegar??? Reclamamos de uma "perseguição", nos manifestamos nas redes sociais pedindo para o povo votar contra a consulta pública que pretende estabelecer um projeto de lei para acabar com a imunidade tributária nas igrejas, mas sequer cuidamos da regularização legal das nossas igrejas!!!!

Quer saber?

Temos liberdade em excesso no nosso país.

Não há controle, não há fiscalização suficiente para pressionar as entidades para que mantenham uma boa e ajustada administração. A verdade é que poucas (muito poucas) sofrem as consequências de uma gestão indevida e nesse ambiente de impunibilidade, eu vejo cada vez mais igrejas desajustadas diante da lei!

Dia desses, uma estagiária que trabalha em meu escritório enviou no grupo de WhatsApp da equipe uma matéria que citava que uma igreja tinha sido condenada a pagar 10 mil reais de indenização a um vizinho, por ter causado incômodo pelo excesso de barulho. E ela (que atua na nossa área de abertura e regularização/alvarás/licenças) mandou a matéria com o comentário: "…se a moda pega…"

Aquela menção me incomodou! Se a moda pega, quantas igrejas seriam condenadas? Ora, "se a moda pega" me parecia dizer: são muitas igrejas que excedem o barulho e seriam muitas as condenações!!

E minha reação foi responder: "deveria virar moda as igrejas se regularizarem e se manterem em ordem diante da lei!"

Amo meu trabalho.

Recebi essa missão; entendo como um chamado e cumpro, profissionalmente, esse árduo mister por que Deus assim me ordenou.

Confesso que é mais fácil (e muito mais rentoso!) Advogar para bancos, empresas (que era o que eu fazia antes).

Mas aceitei a missão, porque sei da minha responsabilidade no reino.

Ele me mandou "espalhar" meu conhecimento, aumentar meu leque de atuação para sarar outras igrejas também. (Porque eu sempre atendi a igreja da qual faço parte e por que ela cresce muito, eu poderia ficar apenas com ela como cliente). Deus me falou (e ainda me fala) de forma muito clara: “a igreja no brasil não sabe o que é perseguição". E é verdade. E o que eu concluo é que, antes que viva isso de fato, a igreja no Brasil precisa aprender o que é estar legal diante da lei.

E eu posso garantir: falta muito!

Tenho muita alegria e orgulho de ser filha, pastora e advogada de uma igreja que há anos atrás entendeu essa importância e investe para manter incólume sua administração. Mas minha alegria será ainda maior quando eu puder vislumbrar mais e mais igrejas vivendo essa mesma realidade.

Num misto entre a vontade de desistir dessa área e a convicção de que Deus me quer insistindo em ser instrumento para ajudar a ajustar legalmente a igreja brasileira, sigo torcendo (e intercedendo) para que "vire moda no Brasil as igrejas estarem legais diante da lei" e para que os versículos 13 a 16 de Pedro capítulo 2, então, passem a ser, de fato, observados:

"Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;
Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem.
Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à ignorância dos homens insensatos;
Como livres, e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus."

E que Deus tenha misericórdia de nós!

_______________

*Taís Amorim de Andrade Piccinini é advogada especialista em Direito Eclesiástico e pastora da Igreja Bola de Neve Vila Velha/ES.



domingo, 28 de maio de 2017

Crianças não vacinadas preocupam saúde pública no Brasil



Enquanto não se resolver a intrincada poção mágica que inclui liberdades individuais, saúde pública, prerrogativas e direitos das crianças, terapias alternativas, fanatismo religioso e poder do Estado, estamos correndo sérios riscos.

A matéria é do Estadão:

Grupos contrários à vacinação avançam no País e preocupam Ministério da Saúde

Movimento, disseminado principalmente nas redes, é apontado como causa de surto de sarampo na Europa

Fabiana Cambricoli e Isabela Palhares

Embora o Brasil tenha um dos mais reconhecidos programas públicos de vacinação do mundo, com os principais imunizantes disponíveis a todos gratuitamente, vêm ganhando força no País grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios. Esses movimentos estão sendo apontados como um dos principais fatores responsáveis por um recente surto de sarampo na Europa, onde mais de 7 mil pessoas já foram contaminadas. No Brasil, os grupos são impulsionados por meio de páginas temáticas no Facebook que divulgam, sem base científica, supostos efeitos colaterais das vacinas.

O avanço desses movimentos já preocupa o Ministério da Saúde, que observa queda no índice de cobertura de alguns imunizantes oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, por exemplo, a cobertura da segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, teve adesão de apenas 76,7% do público-alvo.

“Isso preocupa e causa um alerta para nós porque são doenças imunopreveníveis, que podem voltar a circular se a cobertura vacinal cair, principalmente em um contexto em que temos muitos deslocamentos entre diferentes países”, diz João Paulo Toledo, diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, que ressalta que todas as vacinas oferecidas no País são seguras.

A disseminação de informações contra as vacinas ocorre principalmente em grupos de pais nas redes sociais. O Estado encontrou no Facebook cinco deles, reunindo mais de 13,2 mil pessoas. Nesses espaços, os pais compartilham notícias publicadas em blogs, a maioria de outros países e em inglês, sobre as supostas reações às vacinas – por exemplo, relacionando-as ao autismo.

Os pais também trocam informações para não serem denunciados, como não informar aos pediatras sobre a decisão de não vacinar os filhos, e estratégias que eles acreditam que garantiram imunização das crianças de forma alternativa, com óleos, homeopatia e alimentos.

Exemplos. A doula Gerusa Werner Monzo, de 33 anos, participa de um desses grupos. Ela afirma que há anos começou a ler sobre as vacinas e, por isso, sempre foi contrária a imunizar os filhos, hoje com 6 e 9 anos. “Tomaram as que são dadas nos primeiros meses de vida porque fui obrigada, mas não foram todas. O caçula, por exemplo, não tomou reforços da tríplice viral e a da poliomielite”, disse. Gerusa diz ser contra vacinar seus filhos por achar a imunização desnecessária em crianças saudáveis e por medo de possíveis reações.

“Meus meninos nunca tomaram vacinas como a da gripe ou febre amarela, mas são mais saudáveis que muitas crianças porque têm boa alimentação, fazem tratamento com homeopatia. As vacinas atrapalham essa imunização natural que desenvolveram.”

Ela conta, no entanto, que os dois já tiveram catapora – doença que pode ser evitada com a vacina tetra viral.

A designer Fátima (nome fictício), de 39 anos, é mãe de um menino de 3 anos que só foi vacinado, pelo calendário oficial, até os 15 meses. Ela pediu para não ser identificada, por medo de ser denunciada e porque o pai do menino não sabe que o filho não tomou todas as vacinas.

“Quando ele tinha quatro meses, tomou as vacinas tetravalente e rotavírus e dias depois seu comportamento mudou, ficou agitado, não conseguia comer, teve alergia por todo o corpo. Na época, eu não entendia o que tinha acontecido, mas, depois de conhecer os grupos que falam sobre as verdadeiras reações das vacinas, tenho certeza de que foi uma consequência delas.”

Foi depois de entrar nos grupos que ela decidiu não dar as vacinas seguintes no menino, mesmo sem ter o apoio de familiares e do pediatra. “Não comento com ninguém sobre isso, nem com o meu marido, só a minha mãe sabe que eu parei de dar as vacinas. Não vou dizer nada para o médico nem na escola para evitar qualquer problema. Essa é uma decisão minha e sei que estou cuidando bem do meu filho de outra forma, com uma alimentação saudável e tratamento homeopático”, disse.

Risco. Especialistas ressaltam que a decisão de Fátima, Gerusa e de outros pais contrários à vacinação não traz consequências apenas individuais: a queda na cobertura vacinal pode causar problemas de saúde pública. “Imagine se 5% da população deixar de tomar a vacina a cada ano. Isso forma um nicho de pessoas suscetíveis a doenças que, caso contaminadas, podem infectar mais gente”, alerta Guido Carlos Levi, da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).



sábado, 27 de maio de 2017

Egito ataca Estado Islâmico para vingar cristãos martirizados



Este mundo está cada vez mais louco...

A notícia é do Estadão:

Egito ataca base do EI na Líbia após 
atentado que matou 28 cristãos

Mascarados atiraram contra o ônibus que transportava fiéis a um mosteiro copta, deixando também 24 feridos; ação ocorre pouco mais de um mês após os atentados do Estado Islâmico a igrejas coptas no Dia de Ramos

CAIRO - O presidente egípcio, Abdel-Fatah al-Sissi, ordenou nesta sexta-feira um ataque aéreo contra bases de treinamento do Estado Islâmico na Líbia horas após um atentado contra cristãos coptas deixar 28 mortos e 24 feridos. Ele também apelou ao presidente americano, Donald Trump, que lidere a luta contra o terrorismo.

Homens mascarados abriram fogo com armas automáticas contra um ônibus e outros veículos que transportavam fiéis para o mosteiro copta de São Samuel, na Província de Minia. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

O atentado, a oeste da localidade de Al Adua, coincide com a ofensiva iniciada há alguns meses pelo braço egípcio do grupo extremista Estado Islâmico (EI) contra a minoria cristã copta no país – que representa cerca de 10% dos 90 milhões de habitantes do Egito – em meio à perda de terreno do grupo no Iraque e na Síria.

Forças de segurança iniciaram uma busca pelos agressores, montando dezenas de postos de verificação e patrulhas na estrada desértica.

O ataque ocorreu na véspera do início do mês muçulmano sagrado do Ramadã e na esteira de uma série de atentados a bomba contra igrejas cristãs coptas no Egito reivindicados pelo EI. Em 9 de abril, atentados contras as catedrais coptas de São Jorge, na cidade de Tanta, no Delta do Rio Nilo, e de São Marcos, em Alexandria, deixaram 45 mortos e um ataque suicida em 11 de dezembro contra a Igreja de São Pedro, no Cairo, matou 29 fiéis, a maioria mulheres e meninas.

Após os atentados do Domingo de Ramos, o presidente egípcio declarou estado de emergência por três meses. Na ocasião, ele acusou os jihadistas de tentar dividir o país com ataques contra minorias.

Os coptas são uma das comunidades cristãs mais importantes do Oriente Médio, e uma das mais antigas. Os muçulmanos sunitas são maioria no Egito.

A Justiça civil anunciou na semana passada o envio à Justiça militar de 48 pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques contra as três igrejas coptas realizados desde dezembro.

Segundo a Promotoria, os acusados comandavam ou pertenciam a “duas células” vinculadas ao EI, no Cairo e no sul do Egito, e participaram em “treinamento militar em campos na Líbia e na Síria”.

Um braço do grupo extremista atua ao norte da Península do Sinai, onde ataca com frequência as forças de segurança, sobretudo desde que o Exército destituiu em 2013 o presidente Mohamed Morsi, ligado à proscrita Irmandade Muçulmana.

A comunidade cristã do Egito recebeu no mês passado o apoio do papa Francisco. Durante uma visita de dois dias, o pontífice defendeu a tolerância e o diálogo entre muçulmanos e cristãos. Fervoroso defensor do ecumenismo, Francisco reuniu-se na ocasião com o papa copta ortodoxo do Egito, Teodoro II, e com o imã Ahmed Al-Tayeb, da mesquita de Al-Azhar, a instituição mais prestigiosa do Islã sunita.

Em um comunicado, o Vaticano disse que o papa ficou “muito triste” com o “bárbaro” ataque. Em uma mensagem de condolências, o papa afirmou que continuará com sua “intervenção pela paz e a reconciliação” no Egito.

“O incidente de Minia é inaceitável para os muçulmanos e os cristãos e atenta contra a estabilidade do Egito”, afirmou o imã Al-Tayeb em um comunicado. Em sua página oficial no Facebook, a Irmandade Muçulmana disse que, como em outras ocasiões, o “derramamento do sangue egípcio é proibido” e os ataques são um “crime”.

A Igreja copta apelou, por sua vez, “por mais medidas para prevenir esses incidentes que prejudicam a imagem do Egito”.



sexta-feira, 26 de maio de 2017

Atentado contra ônibus mata 23 cristãos no Egito


A trágica notícia vem da Agência Brasil:

Ataque contra ônibus de cristãos no Egito deixa pelo menos 23 mortos

Pelo menos 23 pessoas morreram nesta sexta-feira (27) e 27 ficaram feridas em um ataque feito por um grupo de homens desconhecidos contra um ônibus de cristãos no povoado de Al Adua, na província de Minia, no Sul do Egito, informou à Agência EFE e o porta-voz do Ministério da Saúde egípcio, Jaled Muyahid.

Entre os feridos, sete estão em estado grave, segundo uma fonte de segurança.

Segundo declarou essa mesma fonte à Agência EFE, o ataque aconteceu quando o ônibus, que transportava cristãos coptas, dirigia-se ao mosteiro de São Samuel, a poucos quilômetros de Al Adua.

A fonte de segurança afirmou que um número indeterminado de homens armados, que estavam em quatro veículos, rodearam o ônibus e começaram a disparar enquanto o veículo circulava por um caminho perto de Al Adua, a caminho do mosteiro.

Os feridos foram levados, segundo o porta-voz, a três hospitais nos povoados de Magaga, Al Adua e Bani Mazar, na província de Minia.

O número de vítimas poderia aumentar pelo estado de saúde das pessoas feridas, segundo a fonte de segurança.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque e ainda não se sabe quantas pessoas contribuíram pelo ocorrido.

A minoria cristã copta foi vítima de numerosos atentados nos últimos meses, pois em 9 de abril, Domingo de Ramos, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) cometeu dois ataques nas catedrais de São Jorge, na cidade de Tanta (delta do Nilo), e de São Marcos de Alexandria (costa mediterrânea), nas quais morreram 46 pessoas.

Além disso, em 11 de dezembro um terrorista filiado ao EI se explodiu no interior da Igreja de São Pedro, situada junto à catedral copta da capital egípcia do Cairo, e matou uns 30 fiéis, a maioria mulheres e crianças.

Os coptas egípcios representam entre 10% e 12% da população.

Edição: Graça Adjuto



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Papa não esconde desconforto ao encontrar Trump


A foto acima é - obviamente - uma montagem, mas outras tantas foram tiradas ontem durante o encontro do papa Francisco com o presidente norte-americano Donald Trump, sua esposa Melania e sua filha Ivanka, essas duas devidamente paramentadas com um discreto véu feminino.

É de dar dó o desconforto do papa ao lado das visitas ilustres. Prato cheio para o bom (e o mau) humor.

Seu incontornável descontentamento ganhou a internet e fez as redes sociais surtarem:












  







quarta-feira, 24 de maio de 2017

Preso por corrupção o procurador que defendia leis anticorrupção


Que tempos esquisitos estes do Brasil, viu...

A noticia é do Conjur:

Procurador preso nesta quinta foi à Câmara defender pacote "anticorrupção" do MPF

O procurador da República Ângelo Goulart Villela, preso nesta quinta-feira (18/5) sob suspeita de repassar detalhes de investigações ao dono do frigorífico JBS, já subiu à tribuna da Câmara dos Deputados para defender as chamadas 10 Medidas contra a Corrupção — proposta de reforma do Código de Processo Penal defendida pelo Ministério Público Federal.

Em audiência no dia 22 de junho e 2016, ele afirmou ser necessário o “aprimoramento do combate à corrupção em nosso país” e pediu “um basta no caixa dois” eleitoral. Das dez medidas listadas pelo MPF, ele destacou proposta para tipificar a contabilidade paralela como crime e determinar que partidos políticos respondam de forma objetiva (independentemente de dolo ou culpa) por qualquer dissimulação de valores.

Diretor de Assuntos Legislativos da Associação Nacional dos Procuradores da República e assessor da Procuradoria-Geral Eleitoral, Villela integrou um grupo criado pela Procuradoria-Geral da República para “velar pela preservação do espírito do projeto inicial” da proposta, quando a Câmara sugeriu mudanças no texto.

Ele iniciou a audiência na Câmara dos Deputados saudando o “estimado colega e amigo” Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação “lava jato” e também participante da audiência.

“É preciso dar um basta no caixa dois, que acaba gerando um abuso do poder econômico e acaba sequestrando daqueles candidatos que querem participar de um pleito justo, limpo, equilibrado e de igual possibilidade de eles contribuírem no processo eleitoral”, declarou.

Ainda estavam na Câmara, naquele dia, os procuradores Bruno Freire de Carvalho Calabrich, José Maria de Castro Panoeiro, Guilherme Guedes Raposo, Thaméa Danelon Valiengo e Roberson Pozzobon, além da subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Frischeisen, coordenadora da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (que cuida da área criminal).

Gosto amargo

Segundo o empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, Villela recebeu propina para vazar informações sigilosas sobre a operação greenfield, que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em fundos de pensão de funcionários de estatais. A primeira denúncia da operação foi apresentada também nesta quinta. Foram denunciadas 14 pessoas, incluindo os ex-diretores da Funcef, empresários ligados à Engevix, além de políticos e um ex-superintendente da Caixa Econômica Federal.

Em comunicado a colegas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, declarou que a prisão “tem um gosto amargo para a nossa instituição”.




terça-feira, 23 de maio de 2017

Quando Malafaia chamava Eduardo Cunha de "gênio"


Só se for "jênio" com "j", não é mesmo? 

"Acusação muito ridícula para o nível do cara"? Isto que é "profeta" boquirroto, meu povo!




segunda-feira, 22 de maio de 2017

Iranianos reelegem presidente o reformista Rouhani



Manja o Irã, aquela república islâmica tão criticada? Pois é, lá tem eleição direta para presidente e o candidato do manda-chuva do país, o aiatolá Ali Khamenei, perdeu para o atual presidente Hassan Rouhani (ou Rohani, há divergências quanto à grafia), que concorreu à reeleição.


Logo, ao contrário do Brasil varonil, bons ventos políticos e econômicos sopram no Irã, segundo informa o Estadão:

Reformista Rohani é reeleito no Irã

Com 57% dos votos, presidente que selou pacto nuclear com Ocidente ganha mais quatro anos no cargo em meio à recuperação econômica

Renata Tranches

TEERÃ - O reformista Hassan Rohani foi reeleito neste sábado, 20, presidente do Irã com 57% dos votos, em uma votação que mostrou o apoio dos iranianos ao pacto nuclear com o Ocidente, o fim de mais de uma década de isolamento internacional e um princípio de recuperação econômica.

O anúncio da vitória foi feito na manhã de ontem pelo Ministério do Interior. Seu rival na disputa, o juiz conservador Ebrahim Raisi - próximo do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, teve 38% dos votos.

O acordo negociado em 2015 estipulou regras para o país desenvolver seu programa nuclear, que incluem inspeções internacionais e limites para o enriquecimento de urânio. O Irã alega que o programa, que começou a ser desenvolvido nos anos 50, antes da Revolução Islâmica de 1979, tem objetivos pacíficos, enquanto seus críticos argumentam que teria ambição militar, para construir bombas.

No começo dos anos 2000, EUA e ONU impuseram sanções econômicas ao país, alegando falta de transparência. As medidas afetaram a economia iraniana. A retórica do então presidente, Mahmoud Ahmadinejad (2005-2013), pregando a destruição de Israel, não ajudou.

O clérigo Rohani foi eleito em 2013 com o aval do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para levar adiante a negociação, mesmo diante da forte resistência dos linhas-duras. O presidente prometeu que, com o pacto, viria a transformação econômica.

Com o levantamento das sanções, o país começou a acumular algumas vitórias. Voltou a exportar petróleo - segundo o embaixador iraniano no Brasil, Seyed Ali Saghaeyan, a produção foi de 1 milhão para 2,5 milhões de barris por dia, entre 2015 e este ano (mais informações nesta página), e a inflação caiu de 37,7% para 7,2%. O país fechou ainda acordos bilionários com companhias europeias e até americanas, principalmente na área de aviação. Mas o desemprego não cedeu e subiu de 10,4%, em 2013, para 11,2%, este ano.

A explicação, segundo o especialista Pejman Abdolmohammadi, pesquisador da London School of Economics, é que o presidente não influenciou drasticamente a condição econômica iraniana, apesar de ter conseguido algumas aberturas que ajudarão no longo prazo. O baixo preço do petróleo, no momento em que o país volta a exportar, limitou os ganhos do acordo.

O fim da “doutrina Obama”, de aproximação com Teerã, foi outro fator negativo e está influenciando os assuntos domésticos, segundo Abdolmohammadi. O especialista da Texas Christian University, Manocher Dorraj, acrescenta que há um lobby de Arábia Saudita e Israel - rivais iranianos - para que Trump não alivie nenhuma sanção fundamental que possa trazer prosperidade à economia do país.

Durante a campanha para tentar um novo mandato, em votação feita na sexta-feira contra Raisi, o presidente foi criticado por seus partidários por não promover a ampliação dos direitos civis e liberdades com as quais se comprometeu. “As pessoas realmente esperavam que ele pudesse fazer algo nesse sentido”, explica o pesquisador da London School. Ele foi cobrado também por não ter criado condições para libertar dois líderes reformistas em prisão domiciliar desde 2011: Hossein Mousavi e Mehdi Karroubi.

Como chefe de governo, Rohani alega que há limites para o que pode fazer. No Irã, quem dá a última palavra é o líder supremo. Mas o argumento não foi suficiente e críticas têm se repetido, como a da premiada atriz Baran Kosari, que fez campanha para Rohani em 2013. “Simplesmente dizer que ele (o governo) está sob pressão não é aceitável”, disse.

De qualquer forma, para especialistas Rohani teve um papel fundamental para mudar a imagem internacional do Irã. “Ele foi um dos presidentes mais influentes da república islâmica, mais até, eu diria, que (Mohammed) Khatami”, disse Abdolmohammadi, em referência ao histórico líder reformista. / COM REUTERS





domingo, 21 de maio de 2017

A segunda morte de Tancredo Neves


Coluna de Juca Kfouri no seu blog no UOL, de leitura obrigatória para todos aqueles que acompanharam em tempo real a agonia de Tancredo Neves naquele longínquo ano de 1985:

A segunda morte de Tancredo Neves

Tancredo Neves, o presidente que foi sem nunca ter sido, teve dos mais gloriosos enterros já vistos no Brasil.

Menos pelo que era, mais pela esperança que despertou depois de 21 anos de ditadura.

Conservador, malicioso, frasista, dava nó em pingo d’água.

Democrata, posicionou-se a todo risco pessoal tanto contra o golpe que levou Getúlio Vargas ao suicídio quanto contra o que derrubou João Goulart.

Pagou o preço de suas escolhas e certamente jamais apoiaria nem Lula nem Dilma Rousseff.

Do mesmo modo que desaprovou os golpes contra dois presidentes legítimos nos anos 1950 e 1960, provavelmente não aprovaria outro golpe mesmo contra adversários.

E, sem dúvida, não merece que sua história seja pisoteada de maneira tão vil e tão burra como está sendo por dois netos como Aécio e Andrea, um afastado do Senado depois de pego em gravações criminosas, e de baixíssimo calão, outra presa por cumplicidade depois de, hipocritamente, jurar inocência em nome da filha e da mãe.

Aécio e Andrea não honram a memória do avô.

Nem a teoria de Darwin.



STF condena médico que prescreveu abortivo para acelerar parto e causou paralisia cerebral em bebê

Imagem meramente ilustrativa. 

A informação é do próprio Supremo Tribunal Federal:

Mantida condenação de médico que prescreveu abortivo para acelerar parto e causou lesão em bebê

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC) 128682, interposto pelo médico Oscar de Andrade Miguel, condenado à pena de cinco anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, por lesão corporal gravíssima. Os fatos se referem à prescrição de medicamento abortivo a uma gestante, visando à aceleração do parto, que resultou em paralisia cerebral no bebê.

De acordo com os autos, o obstetra, com a finalidade de antecipar o parto em virtude de férias já agendadas, prescreveu medicamento com a substância abortiva misoprostol para uso domiciliar e sem controle médico. O medicamento deu causa a complicações no parto e exigiu a adoção de medidas de urgência como a sedação da parturiente e o uso de fórceps, o que resultou na falta de oxigenação do cérebro do bebê.

O profissional foi absolvido em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), ao julgar recurso da acusação, condenou-o por lesão corporal gravíssima. A defesa então impetrou recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que foi negado. Em seguida, impetrou habeas corpus no próprio STJ, também sem sucesso.

No Supremo, a defesa questiona a decisão do STJ e a condenação de seu cliente, alegando, além de nulidades no acórdão condenatório, constrangimento ilegal na dosimetria, que teria considerado duplamente determinadas circunstâncias do crime para majorar a pena. Alega ainda que a pena-base foi exacerbada com a finalidade de evitar-se a decretação da prescrição.

Decisão

O relator do recurso, ministro Luiz Fux, lembrou que a pena do médico já está em fase de execução e já houve, inclusive, propositura de revisão criminal. “Não cabe a rediscussão da matéria perante esta Corte e nesta via processual, pois o habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo de revisão criminal”, explicou. O ministro também não verificou, no caso, qualquer excepcionalidade que permita a concessão do habeas corpus, uma vez que ausentes teratologia (anormalidade), flagrante ilegalidade ou abuso de poder nas decisões atacadas.

Conforme destacou o relator, os critérios subjetivos considerados pelos tribunais anteriores para a exasperação da pena não podem ser analisados na via do habeas corpus, já que demandam minucioso exame fático-probatório. Fux verificou também que a dosimetria foi realizada com base em fatos e elementos existentes no caso, não havendo que se falar em nulidades na exasperação e ofensa ao princípio da individualização da pena. “A propósito, o Supremo fixou entendimento no sentido de que, sendo desfavoráveis as circunstâncias judiciais elencadas no artigo 59 do Código Penal, é possível a fixação da pena-base em patamar acima do mínimo legal”, concluiu.

SP/CR,AD

Processos relacionados
RHC 128682



sábado, 20 de maio de 2017

Será que Sheherazade vai amarrar filha de Silvio Santos no poste?


Rachel Sheherazade, a jornalista fascista da Paraíba que apresenta o telejornal noturno do SBT, e que se autointitula "evangélica", está com tudo e não está prosa nesta semana.

Já no dia 18 de maio, ela arranjou uma confusão no Twitter com um pessoal da esquerda, dizendo que Hitler havia fundado o PT da Alemanha, já que o nazismo - a seu ver - é uma ideologia de direita.




Essa é uma bobagem comumente dita por fãs de Bolsonaro e outros expoentes da direita, que não resistem a uma análise histórica simples e geralmente não são nem levados a sério por outros debatedores.

Afinal, é uma ideia tão tola que não compensa debater, e a gente indica alguns caminhos para que cada um faça a sua pesquisa.

Dois conselhos a respeito, apenas. Procure saber nos seus livros de História favoritos:

1) o sufoco que foi para o Hitler cumprir o prazo que ele dera a si próprio para o ataque à Polônia em 1º de setembro de 1939 (que deflagrou a Segunda Guerra Mundial). Joachim von Ribbentrop, seu ministro de Relações Exteriores levou uma carta dele próprio a Stalin (algo que Hitler abominou ter que fazer) implorando para que se finalizasse o pacto de não-agressão o quanto antes, o que foi feito em 23 de agosto de 1939 por von Ribbentrop e seu homólogo soviético Viatcheslav Molotov (sim, aquele do "coquetel"). Com isto, Stalin ganhou metade do território da Polônia e Hitler pôde concentrar todos seus esforços na frente Leste enquanto tinha garantido os inesgotáveis recursos naturais da União Soviética, com a qual ele tinha agora uma fronteira comum que invadiria em 22 de junho de 1941.


Stalin, entre von Ribbentrop e Molotov.
No fundo, ele não entendia direito o que Hitler queria, mas seus ganhos eram grandes demais para dizer não.


2) uma quase anedota: por que a suástica nazista está virada para a direita? A suástica é um símbolo ancestral, encontrado em culturas tão antigas e distintas como os astecas e os budistas do Tibete, geralmente no sentido anti-horário. Hitler desenhou a bandeira nazista (posteriormente alemã) girando a suástica para a direita porque não queria nenhuma referência à esquerda.


Buda com suástica girando à esquerda


Se alguém insistir muito, mas muito mesmo, a gente indica uma bibliografia, tá...

Feitos esses esclarecimentos singelos, já que não nos interessa aqui essa discussão inútil, hoje as redes sociais estão em polvorosa com a delação de Ricardo Saud, diretor da JBS-Friboi, dizendo que Patrícia Abravanel, filha de Sílvio Santos, esteve presente num jantar em que o magnata negociava uma propina para o sogro de Patrícia, Robinson Faria, hoje governador do Rio Grande do Norte pelo PSD.

Patrícia teria participado do jantar na casa de um dos donos da JBS, Joesley Batista, ao lado do seu atual marido, o deputado Fábio Faria (PSD-RN).

Aí, então, a internet foi à loucura com a ilustre empregada do SBT, Rachel Sheherazade, que trabalha para Sílvio Santos, pai de Patrícia e dono da rede de televisão, lembrando o triste episódio em que a nervosinha gospel ironizou um ladrão que havia sido preso a um poste e linchado.




Todos estavam querendo saber se Sheherazade, esse exemplo maravilhoso de "amor cristão", não ia querer prender Patrícia Abravanel num poste também.

Dois pesos e duas medidas?



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