Evangélicos brasileiros no fundo do poço

O vídeo abaixo bem que poderia fazer parte de algum programa de humor trash, mas guardemos as gargalhadas porque os bizarros protagonistas alegam ser "evangélicos", e supostamente estariam falando sério. 

É impressionante ver o nível a que chegou o abuso dos nomes "evangélico" e "cristão" no Brasil, fenômeno triste que - aliás - ocorre em todo o mundo, mas aqui parece ter baixado mesmo ao fundo do poço. 

Esta descida às profundezas do inferno serve, pelo menos, para alertar o pequeno remanescente de homens e mulheres fiéis ao verdadeiro Evangelho, para que não acompanhem esta queda e insistam (em muitos casos, voltem...) a pregar a mensagem da cruz de Cristo, sem negociar com o bizarro, o profano e o meramente aproveitador da ignorância e ingenuidade do povo.

Fossem esses indivíduos do poço realmente evangélicos e lessem de vez em quando a Bíblia, saberiam que o "fundo do poço" (ou "cova" ou "cisterna"), biblicamente falando, nem sempre tem o sentido popular de desgraça definitiva que lhe é atribuído no Brasil. 

Isaque, o grande patriarca do povo judeu, passou a vida cavando poços que eram sinais de vida e de aliança com Deus. 

Foi junto a um poço que o servo de seu pai, Abraão, encontrou sua mulher Rebeca (Gênesis 24). Seu neto José foi colocado pelos próprios irmãos num poço sem água (Gênesis 37:24), enquanto a Providência Divina lhe preparava os meios para levá-lo ao Egito e posteriormente salvar toda a sua família da fome. 

Ele estava na cova (Gênesis 41:14) quando teve que mudar as vestes porque o faraó havia mandado soltá-lo. Escondendo-se no poço, os servos de Davi puderam depois avisá-lo para fugir do próprio filho Absalão (2 Samuel 17:16-22). 

Foi junto ao poço que Jesus prometeu água viva à mulher samaritana e a todos que nEle crerem (João 4).

E a igreja evangélica brasileira - infeliz, pesada e inapelavelmente - parece mesmo ter caído num poço sem fundo...

Obs.: Vi o vídeo no blog Web Evangelista