O rescaldo do terrível evento ainda está em andamento e as informações por ora são desencontradas, mas dão conta de que pelo menos 12 pessoas morreram num ataque terrorista contra a revista "Charlie Hebdo", ocorrido hoje às 11h30 de Paris (8h30 de Brasília).
Neste momento, 11h de Brasília, autoridades policiais francesas confirmam que, além dos 12 mortos, há 4 pessoas feridas gravemente, enquanto 40 outros funcionários da revista estão a salvo.
O ATAQUE TERRORISTA
Segundo o que se apurou até agora, três atiradores encapuzados invadiram a sede da revista empunhando fuzis Kalashnikov e passaram a atirar indiscriminadamente matando quem estivesse à sua frente.
O diretor da publicação, Stéphanne Charbonnier, mais conhecido pelo apelido "Charb", além de três desenhistas (Jean Cabut, Tignous e Georges Wolinski, este último com 80 anos de idade), estariam entre os mortos segundo fontes oficiais.
Surpreendentemente, os terroristas conseguiram fugir, trocando tiros com policiais que chegavam à sede da revista, localizada no 11º distrito ("arrondissement") de Paris. Já há vídeos circulando na internet sobre o ataque e a fuga.
O presidente francês, François Hollande, se dirigiu imediatamente ao local e declarou que se trata de um ataque terrorista, elevando o alerta do país contra atos dessa natureza, lembrando que a polícia havia evitado vários outros atentados nos últimos tempos.
RETALIAÇÃO
O ataque terrorista desta manhã na capital francesa, ao que tudo indica, está relacionado com o fato da "Charlie Hebdo" publicar seguidamente caricaturas sobre líderes muçulmanos, ironizando o profeta Maomé.
A revista já havia sido atacada em 2011, quando um incêndio criminoso foi visto como uma retaliação islâmica contra as charges que ela havia publicado satirizando o profeta do Islã.
Testemunhas já ouvidas no local dizem que os terroristas teriam dito a frase "vamos vingar o profeta" enquanto executavam as vítimas de seu ato.
Ainda não há registro de que os atiradores tenham sido localizados ou presos, até porque muita coisa ainda vai acontecer na terrível tarde parisiense.