A matéria é do Gizmodo Brasil:
Seu computador entende a sua personalidade melhor que seus amigos
Jamie Condliffe
Toda vez que você usa um computador, deixa nele pedacinhos valiosos de informações pessoais. As máquinas podem usá-los para entender a sua personalidade muito melhor do que sua família e seus amigos.
Pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, e da Universidade de Cambridge desempenharam um estudo que comparou os traços de personalidades de 86 mil participantes adquiridos via um questionário com uma análise das suas atividades no Facebook. Quando a equipe capturava dados de mais de 100 curtidas no Facebook de uma pessoa, os algoritmos conseguiam determinar a personalidade dela com mais precisão do que seus amigos e familiares – e quase tão bom quanto seu cônjuge ou namorado. A pesquisa foi publicada no PNAS.
O mais interessante é que as técnicas não estão limitadas ao Facebook, então qualquer análise de outras evidências deixadas em um computador – seu histórico de navegação, as compras que você faz online etc – poderiam ser usadas para determinar que tipo de pessoa você é. E mais: não se trata de uma pesquisa sem aplicação prática. Os pesquisadores sugerem que com os insights que são capazes de obter, os algoritmos podem prever a sua compatibilidade com uma vaga de trabalho. Em vez de se candidatar a ela, algoritmos poderiam vasculhar a Internet em busca de colocações que se adequam ao seu perfil – uma procura por emprego às avessas.
Assustado? Acalme-se, ainda é cedo para entrar em pânico. Afinal, essa análise se baseia em apenas cinco grandes traços de personalidade; enquanto isso, muitas outras análises psicológicas usam centenas de dimensões para construir um retrato fiel de você e do seu comportamento. Enquanto os computadores não chegam a esse nível, nenhum algoritmo o conhecerá tão bem quanto… sei lá, sua esposa ou seu marido. Apesar disso, o poder dele é inegável, então talvez seja questão de tempo para ele expandir seu poder de análise. Aproveite enquanto essa hora não chega para dar aquela editada em seu perfil no Facebook! [PNAS via New Scientist]