Como não cansamos de dizer aqui, Boca Raton (Florida), nos Estados Unidos, deve ser o campo missionário mais carente do mundo, considerando-se a enorme quantidade de subcelebridades do mundo gospel brasileiro que vão fazer "missão" por lá.
Chegará o dia em que Boca Raton será habitada apenas por "missionários" brasileiros "pregando" uns para os outros, escreva aí, crente!
Agora é a vez de Micarla de Sousa, ex-prefeita de Natal (RN), querer se aventurar por lá.
Micarla foi afastada do cargo por suspeita de corrupção no final de 2012, e ficou mais conhecida no meio gospel por sua relação com Ana Paula Valadão, do grupo Diante do Trono, de quem poderia ser vizinha, já que a popstar belorizontina tem endereço no mesmo campo missionário carentíssimo.
Afinal, ser missionário no Níger poucos querem, não é mesmo?
Os processos que envolvem a ex-prefeita continuam em trâmite na Justiça, mas - ai que dó! - sua tentativa de ser "missionária" em Boca Raton foi por água abaixo, conforme noticia O Potiguar:
Juiz nega pedido de Micarla de Sousa para morar nos EUA
Diógenes Dantas
Ontem (19), eu noticiei no Blog do Diógenes, no portal nominuto.com, que a ex-prefeita de Natal, Micarla de Sousa (sem partido), pretendia passar uma temporada nos Estados Unidos, se dedicando aos estudos evangélicos. Micarla seria missionária da igreja que a acolheu.
Por meio dos advogados, ela fez uma consulta informal ao juiz federal Walter Nunes, responsável por julgar a Operação Assepsia, motivo do afastamento de Micarla da Prefeitura de Natal antes do fim do mandato.
A princípio, sem uma análise formal do caso, o magistrado opinou que não haveria problema se Micarla cumprisse todos os prazos relativos ao processo. Na visão dele, o problema da ré seria com o Ministério Público.
Micarla foi aconselhada a deixar algum imóvel como caução para eventuais questionamentos do Ministério Público e provável ressarcimento em caso de condenação.
Formalizado o pedido da defesa de Micarla, o juiz Walter Nunes decidiu negar a permissão para que a ex-prefeita passasse um ano na cidade norte-americana de Boca Raton, na Flórida.
Micarla alegou que iria estudar inglês e recuperar a saúde, abalada por estresse.
A ex-prefeita disse ao juiz que teria uma vida mais tranquila, no anonimato, ao lado dos filhos, longe de hostilidades da imprensa e do público.
Em seu despacho, Walter Nunes afirmou que o pedido não é razoável, porque Micarla tem de estar à disposição da Justiça, cumprindo prazos e intimações para depoimentos.
Como alternativa, o magistrado sugeriu que Micarla escolhesse um dos 5.560 municípios brasileiros para buscar a paz que tanto necessita.
Micarla tem 30 dias para dizer se aceita ou não a proposta de Walter Nunes.