segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A versão fúnebre do haka


Já que o feriado prolongado foi merecidamente tomado pelo rugby da Nova Zelândia, que venceu sábado passado a Copa do Mundo da modalidade, aproveitamos o Dia de Finados para continuar no pique da Oceania e apresentar aos nossos leitores a versão fúnebre do haka.

Haka, para quem ainda não está familiarizado com o termo, é um ritual típico do povo maori, os aborígenes das ilhas que hoje compõem o país que conhecemos como Nova Zelândia.

Mundialmente conhecido pela performance que a seleção neozelandesa de rugby, os All Blacks, realiza diante do time adversário antes das suas partidas, que se parece mais com um grito de guerra, o haka não se limita a isso.

O ritual varia conforme a ocasião: pode ser uma dança de celebração, uma cerimônia de boas vindas, uma homenagem a alguém que mereça ou mesmo um funeral, entre outros usos.

Na sua versão fúnebre, o haka parece ser ainda mais emocionante, uma mescla de lamento com reconhecimento pelos feitos de alguém que se foi, conforme você pode ver pelos três vídeos abaixo.

O primeiro é de um regimento da Infantaria neozelandesa, dando adeus a companheiros que morreram em serviço no Afeganistão:



O segundo é dos cerca de 2700 alunos da escola Palmerston North Boys' High School, em homenagem póstuma ao seu professor Dawson Tomatea:




O terceiro é dos próprios atletas dos All Blacks que jogam nos times de rugby da França, em homenagem na beira da estrada (autoroute A9 perto de Béziers) ao seu colega Jerry Collins, que faleceu em 5 de junho de 2015 num acidente de trânsito que vitimou também sua companheira Alana Madill, deixando uma filhinha então com 3 meses de idade, Ayla, ainda hoje em recuperação.



Culturas e oceanos à parte, não deixa de ser uma maneira bastante diferente (e interessante) de se encarar a morte e dar ao momento do adeus um sentido talvez mais nobre e vibrante, não acha?



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