segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Polícia testa computador que "prevê" crimes

Isto te lembra algum filme? Pois é, parece que esta versão policial de "profetas" computadorizados já está sendo testada na California, segundo relata Yeltsin Lima no Tecnoblog:

Computador da polícia da Califórnia prevê crimes

A primeira imagem que me veio à cabeça foi do filme Minority Report, em que os precogs preveem antecipadamente os crimes. Quando os nomes das vítimas e dos culpados aparecem em uma esfera. No caso do experimento da polícia californiana não são utilizados precogs, claro, e também não irá aparecer o nome do suspeito nem da vítima em uma esfera.

O que o computador faz, na verdade, é prever a probabilidade dos crimes acontecerem em uma área específica, além de mostrarem qual a janela de tempo em que os crimes podem ocorrer, analisando dados anteriores de até 8 anos atrás, presentes no histórico da polícia. O programa está sendo testado no condado de Santa Cruz.

O desenvolvimento do computador (e algoritmo) envolveu a participação de dois matemáticos (George Mohler e Martin Short), um antropologista (Jeff Brantingham) e um criminologista (George Tita) e está em execução desde julho. Ele se parece com um algoritmo que prevê terremotos.

Inclusive, já existe um computador que impede que um crime seja repetido, só que diferentemente desse aí, o computador da polícia californiana realmente “prevê” a possibilidade que um crime ocorra.

Segundo o analista de crimes Zach Friend o número de roubos no condado no mês de julho de 2011, comparado ao mesmo mês no ano anterior, diminuiu em cerca de 27%. Obviamente que esse número não representa apenas a eficácia do algoritmo, mas o número pode ter sido resultado dos esforços da polícia em conjunto com o sistema.

Um exemplo da eficiência do sistema foi quando a polícia de Santa Cruz visitou um estacionamento no centro da cidade, baseando-se nos dados gerados pelo computador. Eles viram duas mulheres olhando os carros estacionados. Como o computador havia informado da probabilidade de roubos acontecerem naquela mesma hora, naquele mesmo dia e naquela mesma região, as mulheres foram detidas, mas não foram presas pelo roubo, já que elas não realizaram a ação.

Uma foi presa por ter um mandado de prisão pendente e outra por porte de drogas ilícitas.

É de fato um experimento bem interessante. Crimes como assaltos, furtos, roubos de veículos ou residências e até mesmo estupro são fáceis de serem detectados, já que todos ocorrem, geralmente, em uma área bem comum. Claro que, para um projeto inicial, esperar que ele preveja um assassinato seria pedir demais.

Com informações do NYTimes

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