A informação é do Brasil 247:
FIDELIX TERÁ DE PAGAR R$ 1 MILHÃO POR HOMOFOBIA
Ex-candidato à Presidência da República foi condenado pelo TJ-SP por ter feito afirmações homofóbicas durante debate eleitoral na televisão; no dia 28 de setembro do ano passado, Levy Fidelix (PRTB) foi questionado sobre o motivo de muitos dos que se dizem defensores da família não reconheceram o direito de casais homossexuais ao casamento civil; o então candidato respondeu que "dois iguais não fazem filho" e que "aparelho excretor não reproduz"; cabe recurso
O ex-candidato à Presidência da República, Levy Fiddelix (PRTB), foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a pagar uma multa de R$ 1 milhão por ter feito afirmações homofóbicas durante um debate eleitoral na televisão. A ação civil pública por daos morais foi movida pelo movimento Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT) e a sentença judicial foi anunciada na última sexta-feira (13). Ele poderá recorrer da decisão.
No dia 28 de setembro do ano passado, enquanto participava de um debate, Fidelix foi questionado sobre o por quê de muitos dos que se dizem defensores da família não reconheceram o direito de casais homossexuais ao casamento civil. Na ocasião, Fidelix afirmou que
"dois iguais não fazem filho" e que "aparelho excretor não reproduz". O então candidato teria dito, ainda, que população LGBT deve ter atendimento psicológico e afetivo, mas "bem longe da gente".
"Aparelho excretor não reproduz (...) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo! Nós tratamos a vida toda com a religiosidade para que nossos filhos possam encontrar realmente um bom caminho familiar", disse durante o debate.
Para o Tribunal de Justiça de São Paulo, contudo, as declarações do então candidato "ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, incidindo em discurso de ódio". Conforme a sentença, a multa será revertida em ações de promoção de igualdade da população LGBT.