sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A origem da festa do Natal.

Algumas pessoas e seitas costumam dizer que a festa do Natal tem origem pagã, e que Jesus não teria nascido no dia 25 de dezembro. Ora, todo mundo sabe que a data escolhida é apenas uma convenção, mas essa é apenas mais uma daquelas historinhas que contam pra assustar cristão. A primeira evidência havia uma celebração litúrgica do Natal pelos primeiros cristãos de Roma é do ano 336, mas há evidências também de que essa era uma prática antiga das primeiras igrejas cristãs, tanto do Oriente (tradição grega) como do Ocidente (tradição latina). Havia um debate entre essas tradições sobre a data exata de se comemorar a Páscoa, até porque o calendário em vigor era o juliano, diferente do nosso atual gregoriano, em vigor desde o séc. XVI, e mais diferente ainda do calendário lunar judaico, que, a princípio, devia regular a festa da Páscoa para aquele povo. Os gregos ficaram com o dia 6 de abril, os latinos com o dia 25 de março. Havia também uma tradição rabínica (judaica, portanto), chamada de "idade integral", que dizia que os profetas do Velho Testamento haviam morrido no mesmo dia em que haviam sido concebido, ou seja, 9 meses antes do dia do seu nascimento. Assim, sendo a Páscoa, para os ocidentais, no dia 25 de março, data aproximada da morte e ressurreição de Jesus, o seu nascimento teria acontecido no dia 25 de dezembro. Leia mais sobre isso clicando aqui (em inglês).

É claro que se trata tudo de convenção, porque ninguém sabe exatamente o dia em que Jesus nasceu, nem a Bíblia faz questão de relatá-lo, mas espero que essa historinha de festa pagã seja esquecida, até porque esse negócio de "festa pagã do solstício de inverno" também é lorota. O que aconteceu é exatamente o contrário: o imperador Aureliano, que governou Roma de 270 a 275, era perseguidor dos cristãos, e inventou a tal festa do solstício, em honra ao nascimento do Sol Invicto, justamente para rivalizar com a tradição cristã do Natal, que já existia, como o imperador bem sabia e fez questão de confrontar.

Então, deixemos que os cristãos comemorem o que quiser, sem culpa, pela graça de Deus que nos foi revelada no nascimento de Seu Filho entre nós.

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