quinta-feira, 14 de maio de 2009

A perpetuação do profano

E quando a gente acha que já viu de tudo no meio dito "evangélico", eles conseguem se superar. Não sei o que chama mais a minha atenção: a tragédia perpetuada, a vítima que, mesmo depois de morta, contribui para se auto-indenizar; ou a modalidade de dízimo em parcelas fixas no cartão de crédito. A notícia saiu no Estadão e no Jornal da Tarde, e foi reproduzida no blog Paulopes, e aproveito para repeti-la aqui, como uma "homenagem" à profanação do evangelho no Brasil:

Renascer cobra dízimo de fiel morta no desabamento de templo

Luiza Silva, 62, foi uma das pessoas que morreram no desabamento do tempo da Igreja Renascer em Cristo no Cambuci, em São Paulo.

A igreja do apóstolo Estevam e da bispa Sônia não indenizou ninguém até agora, alega que espera decisão judicial, mas, veja só, um mês após a morte de Luíza, a Renascer cobrou no dia 18 de janeiro R$ 30 do cartão dela para o pagamento do dízimo.

Gleice Raquel Valente Mendonza, advogada da família de dona Luiza, informou ao Estadão que avisou a administradora do cartão para suspender os pagamentos.

A advogada também está cuidado da papelada que encaminhará à Justiça reivindicado uma indenização da Renascer pela morte de Luiza.

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