É o que diz uma pesquisa da Universidade de Harvard, que segue mais abaixo.
Restam duas dúvidas cruéis entretanto, uma real e outra imaginária, se bem que a primeira é praticamente uma certeza: quem tem hemorroida ou doença hemorroidária deve continuar passando longe de pimenta?
A dúvida imaginária é uma tentativa de se fazer humor: imagine o quanto vive aquele sujeito que você chama de "seca-pimenteira"?
Confira a matéria do Brasil Post:
Pessoas que comem pimenta têm menos risco de morrer cedo, sugere pesquisa
Ione Aguiar
Boa notícia para quem curte pimenta: pessoas que comem comida picante mais de três vezes por semana podem viver mais.
Cientistas da Harvard University analisaram os hábitos alimentares e o estado de saúde de quase 500 mil chineses ao longo de sete anos, considerando fatores como sexo, idade, estado civil, frequência de exercícios, escolaridade e outros.
A conclusão do estudo, publicado no British Medical Journal, foi a taxa de mortalidade foi 10% menor entre aqueles que comem pimenta -- principalmente a fresca-- mais de uma vez por semana, e 14% menor entre aqueles que come entre três e sete vezes por semana.
"A relação inversa entre a mortalidade e o consumo de alimentos apimentados foi mais forte até do que a diferença entre os que consumiam álcool e não consumiam", disseram os pesquisadores.
Estúdios prévios já mostraram que a capsaicina, substância que faz a pimenta arder, tem propriedades antiinflamatórias, além de ser uma espécie de "antibiótico natural".
Vale lembrar que, como em quase todo estudo desse tipo, não há como comprovar relação de causalidade entre a pimenta e a taxa de mortalidade.
O fato é que quem comeu pimenta não morreu tão cedo, mas isso pode ter várias explicações. É possível, por exemplo, que pessoas com saúde mais fraca evitem coisas picantes.
Por isso, os autores do estudo não recomendam que você passe a comer pimenta todo dia se você já não tem esse hábito, principalmente se tiver o estômago sensível.
"Basta aumentar a quantidade moderadamente. Comer de uma a duas vezes por semana tem efeito muito similar a comer de três a cinco vezes", disse Lu Qi, professor da Harvard School of Public Health e autor do estudo, à Time.