Rasputin é um desses personagens da vida real, de carne e osso, cuja história parece ter sido inventada por alguém durante o uso de algum alucinógeno.
Já chegamos a comentar aqui no blog sobre a canção em ritmo discothèque que o grupo Boney M. lhe, digamos, "dedicou" em 1978 (clique aqui para acessar o divertido e musical artigo).
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Só que cada detalhe sinistro ou bizarro de sua biografia (sobretudo as tentativas de matá-lo) é verdadeiro.
Santo ou demônio, o fato é que o fim do Império Russo centralizado na figura do czar e a Revolução Comunista de 1917 tiveram nele um dos mais importantes antecedentes.
A matéria abaixo é da Rádio Agência Nacional:
História Hoje: Conheça a história do monge russo Rasputin, morto há 100 anos
Há cem anos morria num vilarejo da Sibéria Grigori Iefimovich Novy, ou Grigori Rasputin, monge russo que se tornou personagem influente na corte de Nicolau Segundo e Alexandra Feodorovna.
Além da fama por seus poderes sobrenaturais, Rasputin tinha reputação de santo entre os camponeses e fama de devasso na corte.
Ainda pequeno chamava a atenção dos moradores do vilarejo em que vivia que acreditavam que ele tinha poderes hipnóticos e de cura.
Na adolescência, foi para o mosteiro de Verkhoture, nos Montes Urais, para se tornar monge, mas não completou os estudos, se casando aos 19 anos de idade. A fama de possuir poderes sobrenaturais se espalhou pelo império russo por volta de 1905, quando, já morando em São Petersburgo, foi procurado pelo czar Nicolau Segundo e sua esposa, a czarina Alexandra Feodorovna, que buscavam a cura de seu filho, Alexei, que sofria de hemofilia.
Envolvente e sedutor, Rasputin conseguiu tranquilizar o príncipe, diminuindo seus sangramentos e conquistou a confiança do casal. Por isso, durante anos passou a exercer o papel de conselheiro da czarina. Na corte, interferia na atuação da igreja e nos assuntos de estado, chegando a nomear e demitir ministros.
Rasputin conquistou a antipatia de grande parte da corte. Foi acusado de indecente. Ele afirmava que era capaz de livrar as mulheres de seus pecados e, dormindo com elas, ajudava a encontrar a graça divina. Por sua conduta, em 1914, sofreu seu primeiro atentando a faca e sobreviveu milagrosamente.
Aproveitando da fama de místico, previu que a Rússia cairia em desgraça durante a Primeira Guerra Mundial. Preocupado com a previsão, o czar abandonou a corte em 1915 para comandar pessoalmente o Exército. Rasputin e a czarina então passaram a governar a Rússia e foram responsáveis, em grande parte, pelo fracasso do imperador em contornar a onda de descontentamentos que antecederam à Revolução Russa.
Em 30 de dezembro de 1916, um grupo de nobres organizou uma cilada e Rasputin comeu uma refeição envenenada por cianureto, mas novamente não morreu. Foi então foi fuzilado, sendo atingido por um onze tiros, e escapou. Depois disso, foi castrado e atirado inconsciente no rio Neva.
Após o corpo resgatado, foi encontrada água nos pulmões, confirmando que ele ainda estava vivo ao ser jogado no rio parcialmente congelado.