Matéria publicada no Brasil Post:
Ciência: religiosos e ateus são igualmente propensos a fazerem coisas erradas, diz pesquisa
Macrina Cooper-White
Te cuida, bancada evangélica! A ciência comprova: ao contrário do que parece, religiosos não são mais certinhos que os céticos.
É o que revela uma nova pesquisa que deve criar polêmica: religiosos e ateus são igualmente inclinados a fazerem coisa errada.
“Pelo que sabemos, é o primeiro estudo que aborda diretamente como a moral afeta a experiência diária das pessoas”, disse por escrito Linda Skitka, psicóloga da Universidade de Illinois em Chicago e coautora de um artigo descrevendo a pesquisa.
Para a pesquisa, uma equipe de pesquisadores liderada pelo psicólogo Wilhelm Hofmann, professor da Universidade de Colônia, na Alemanha, recrutou 1.252 pessoas entre 18 e 68 anos.
Os participantes completaram um questionário para indicar seu nível de religiosidade – desde “nem um pouco” até “muito” religiosos. O levantamento também mostrou onde eles se posicionavam no âmbito político, desde “muito progressista” até “muito conservador”.
Em seguida, os entrevistados receberam questionários por sms cinco vezes ao dia, por três dias.
Nessas perguntas, homens e mulheres descreveram qualquer ato moral ou imoral cometido ou presenciado nos últimos 60 minutos – exemplos incluíam “dei um sanduíche extra que levava comigo a um mendigo”, ou “peguei meu filho adolescente olhando pornografia pesada.” Para cada ato, eles descreveram o que tinha acontecido e como se sentiram sobre o fato.
O que os pesquisadores descobriram? Pessoas religiosas e não-religiosas cometeram aproximadamente o mesmo número de atos imorais. Além disso, nenhuma diferença foi identificada entre progressistas e conservadores.
As pessoas revelaram ter praticado mais boas ações do que maldades, e disseram ter tido conhecimento de mais maldades do que boas ações.
Os pesquisadores também identificaram que as pessoas que se beneficiaram de boas ações frequentemente as “retribuíram”, fazendo algo bom para alguém em outro momento.
As únicas diferenças entre os religiosos e os não-religiosos foram notadas em como eles se sentiram e descreveram atos morais.
As pessoas religiosas se mostraram mais propensas em expressar orgulho quando praticavam atos morais, gratidão quando eram beneficiadas por atos morais, e culpa e desgosto em relação aos imorais.
Os conservadores e progressistas divergiram sobre os tipos de atos morais nos quais se concentravam.
“Os liberais mencionam mais frequentemente fenômenos morais relacionados à justiça e à honestidade”, disse à revista LiveScience o coautor do estudo Dan Wisneski, psicólogo e professor da Saint Peter’s University em Jersey City, Nova Jersey.
“Conservadores mencionam mais frequentemente fenômenos morais relacionados à lealdade e à deslealdade ou à santidade e degradação”.
Embora essas conclusões possam fornecer uma pequena pista sobre nosso nível de moralidade, os psicólogos esperam conduzir mais pesquisas via smartphones para descobrir mais sobre como interagimos uns com os outros no mundo real.
O estudo foi publicado em 12 de setembro pela revista Science.
É o que revela uma nova pesquisa que deve criar polêmica: religiosos e ateus são igualmente inclinados a fazerem coisa errada.
“Pelo que sabemos, é o primeiro estudo que aborda diretamente como a moral afeta a experiência diária das pessoas”, disse por escrito Linda Skitka, psicóloga da Universidade de Illinois em Chicago e coautora de um artigo descrevendo a pesquisa.
Para a pesquisa, uma equipe de pesquisadores liderada pelo psicólogo Wilhelm Hofmann, professor da Universidade de Colônia, na Alemanha, recrutou 1.252 pessoas entre 18 e 68 anos.
Os participantes completaram um questionário para indicar seu nível de religiosidade – desde “nem um pouco” até “muito” religiosos. O levantamento também mostrou onde eles se posicionavam no âmbito político, desde “muito progressista” até “muito conservador”.
Em seguida, os entrevistados receberam questionários por sms cinco vezes ao dia, por três dias.
Nessas perguntas, homens e mulheres descreveram qualquer ato moral ou imoral cometido ou presenciado nos últimos 60 minutos – exemplos incluíam “dei um sanduíche extra que levava comigo a um mendigo”, ou “peguei meu filho adolescente olhando pornografia pesada.” Para cada ato, eles descreveram o que tinha acontecido e como se sentiram sobre o fato.
O que os pesquisadores descobriram? Pessoas religiosas e não-religiosas cometeram aproximadamente o mesmo número de atos imorais. Além disso, nenhuma diferença foi identificada entre progressistas e conservadores.
As pessoas revelaram ter praticado mais boas ações do que maldades, e disseram ter tido conhecimento de mais maldades do que boas ações.
Os pesquisadores também identificaram que as pessoas que se beneficiaram de boas ações frequentemente as “retribuíram”, fazendo algo bom para alguém em outro momento.
As únicas diferenças entre os religiosos e os não-religiosos foram notadas em como eles se sentiram e descreveram atos morais.
As pessoas religiosas se mostraram mais propensas em expressar orgulho quando praticavam atos morais, gratidão quando eram beneficiadas por atos morais, e culpa e desgosto em relação aos imorais.
Os conservadores e progressistas divergiram sobre os tipos de atos morais nos quais se concentravam.
“Os liberais mencionam mais frequentemente fenômenos morais relacionados à justiça e à honestidade”, disse à revista LiveScience o coautor do estudo Dan Wisneski, psicólogo e professor da Saint Peter’s University em Jersey City, Nova Jersey.
“Conservadores mencionam mais frequentemente fenômenos morais relacionados à lealdade e à deslealdade ou à santidade e degradação”.
Embora essas conclusões possam fornecer uma pequena pista sobre nosso nível de moralidade, os psicólogos esperam conduzir mais pesquisas via smartphones para descobrir mais sobre como interagimos uns com os outros no mundo real.
O estudo foi publicado em 12 de setembro pela revista Science.