Um templo da Assembleia de Deus foi consumido pelo fogo na localidade chilena de Vilcún, na província de Cautín da IX Região da Araucanía, na tarde do dia 25 de julho de 2017.
Ao que tudo indica, se trata de um incêndio criminoso, já que no local havia panfletos com a inscrição "Liberdade para os presos políticos mapuches".
Os mapuches são o povo aborígene nativo da Patagônia chilena e argentina, no cone sul do continente sulamericano, cuja história é marcada pela violência que foi cometida contra eles pelos colonizadores espanhóis e as repúblicas independentes que os seguiram.
Até hoje, os mapuches chilenos estão constantemente envolvidos em militância política na qual confrontam o poder estabelecido no Chile, exigindo direitos para seu povo, sua terra e sua cultura.
No caso incendiário de Vilcún, quando os bombeiros chegaram já não havia nada mais a fazer, visto que as chamas tinham consumido o templo.
Apesar dos indícios criminosos, o incidente ainda está sob investigação.
Outro incêndio havia ocorrido a 90 km dali, em Ercilla, também na região da Araucanía, alguns meses atrás (mais precisamente no início de abril), que arrasou o templo do Centro Evangélico Misionero.
Apesar dos disparos ouvidos no início do incêndio de abril, as investigações da polícia chilena chegaram à conclusão de que a verdadeira causa do fogo foi o mau funcionamento da calefação a lenha que servia a humilde instalação, segundo noticiou o portal biobiochile.
Independentemente disso, os ânimos continuam exaltados na região da Araucanía, e o bispo católico de Temuco, D. Hector Vargas, vem insistindo num chamado à paz para todas as comunidades ali representadas.