Nas décadas de 50 e 60, o sociólogo austríaco Peter Berger estudou a fundo formas culturais, políticas e sociais da religião norte-americana.
Ele disse que a religião americana podia ser definida com a seguinte idéia:"Tenha fé na fé - pois é de grande valor terapêutico. Levante-se pela manhã, ponha-se de frente para a janela, atire a cabeça para trás, respire profundamente três vezes, repetindo: 'Eu creio, eu creio, eu creio' ".
Não demorou muito para que essa tendência chegasse ao Brasil.
Hoje se prega aos tupiniquins que tenham fé numa fé artificial vinculada ao dinheiro, sucesso, poder e fama, pois esses seriam, segundo eles, os sinais característicos do verdadeiro cristão.
Percebeu a contradição?
O que define o cristão, portanto, não é a fé inicial, redentora, mas os resultados materiais decorrentes da prática religiosa.
Assim, a “fé” que se prega deixa de ser o “firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (Hebreus 11:1), e passa a ser o “resultado visível da prosperidade material” na vida de alguém.
Não é coincidência, então, qualquer semelhança com a corrente filosófica hegemônica na modernidade, o utilitarismo, cujo lema maior é que “os fins justificam os meios”.
Não há dúvida de que o reino de Deus já é para esse mundo, mas pelo andar da carruagem, parece ser apenas para esse mundo, segundo o que alguns "evangélicos" pregam.
Não basta ter fé, é preciso exercitá-la, alegam.
O sacrifício de Jesus já não é suficiente, é preciso sacrificar-se de novo para garantir uma salvação para aqui e agora, salvação que se traduz em bens e posses, carro do ano na garagem, e polpudos recursos na conta bancária.
O que deveria ser espiritual tem que ser expresso em valores materiais visíveis e palpáveis, numa ânsia sem fim por um bem-estar real que dê ao crente o conforto de uma vida tranquila, em que Deus seja apenas um detalhe, um nome que se usa como mantra para espantar o mau-olhado.
Assim, Deus foi reinventado pelo homem pós-moderno.
Nessa visão, não é mais o homem que depende de Deus, mas o Todo-Poderoso passou a depender do que o homem crê, de suas necessidades, de seus favores, e de sua fé na fé.
Num mundo consumista, Deus passou a ser mais um artigo de consumo, algo que se usa, se abusa e se desgasta com o tempo, e que precisa sempre estar atualizado com o modismo vigente.
O sucesso passou a ser o deus dos novos tempos. Bem... não tão novos assim... a riqueza e o poder continuam fazendo súditos há milênios. Talvez o melhor nome para esse velho “deus” seja egoísmo.
Entretanto, quando se trata da vida cristã, é preciso reconhecer que ela envolve pontos altos e pontos baixos.
Ser cristão não é viver em função de fama, dinheiro, sucesso, poder.
Ser cristão é viver em função de Cristo, como o próprio nome diz. E Ele alertou... "no mundo terei aflições..." (João 16:33).
Paulo disse em Filipenses 4:
Muitos já experimentaram e continuam experimentando essa situação muitas vezes na vida.
Há momentos de muito sucesso financeiro, e há momentos da falta dele.
A corrente gospel fashion moderna chamaria isso de fracasso, mas quem é cristão aprende que o Senhor tem um propósito certo para cada ocasião.
E mesmo aqueles momentos que aparentemente são de derrota ou fracasso, o Senhor tem o maravilhoso poder de usá-los e revertê-los em favor dos Seus filhos.
Mesmo nessa situação, um crente pode ser acometido momentaneamente pelo deus do egoísmo.
Afinal, muitos gostam de serem apenas doadores, não só de recursos financeiros, mas de carinho, atenção e afeto.
E quando chega o mau dia, têm que aprender a receber as mesmas coisas que doavam, ainda que não esperassem retribuição das pessoas a quem, eventualmente, houvessem doado alguma coisa, ou ainda de outras pessoas que querem apenas compartilhar o bem que Deus lhes deu.
Uma das experiências mais gratificantes da vida de um cristão é quando outras pessoas querem doar-lhe alguma parte dos seus recursos, da sua atenção, do seu carinho.
Quem retém as bênçãos, ou quer apenas doar num rito sacrifical, e não aprende a receber, está perdendo a grande chance de descobrir as infinitas possibilidades do amor de Deus.
O cristão sabe, por experiência própria, que o Senhor realmente cuida dos Seus filhos, e nada lhes falta.
Talvez, isso represente uma certa crise de consciência e de vivência, pois convivemos com muitas pessoas, mesmo crentes, que vêem no sucesso financeiro um objetivo final de vida e um sinal característico do que eles julgam ser um "verdadeiro cristão".
Chega, então, o momento de rever as convicções.
Ter dinheiro é ótimo, mas não ter também é igualmente ótimo... pois é mais uma oportunidade para ver o poder de Deus agindo e intervindo nesse pequeno mundo carente da presença dEle.
Como disseram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei Nabucodonosor, em Daniel 3, se o Senhor quiser nos livrar da fornalha, tá tudo bem, mas se Ele não quiser nos livrar, tá tudo bem também...
A Ele toda a glória!
Ele disse que a religião americana podia ser definida com a seguinte idéia:"Tenha fé na fé - pois é de grande valor terapêutico. Levante-se pela manhã, ponha-se de frente para a janela, atire a cabeça para trás, respire profundamente três vezes, repetindo: 'Eu creio, eu creio, eu creio' ".
Não demorou muito para que essa tendência chegasse ao Brasil.
Hoje se prega aos tupiniquins que tenham fé numa fé artificial vinculada ao dinheiro, sucesso, poder e fama, pois esses seriam, segundo eles, os sinais característicos do verdadeiro cristão.
Percebeu a contradição?
O que define o cristão, portanto, não é a fé inicial, redentora, mas os resultados materiais decorrentes da prática religiosa.
Assim, a “fé” que se prega deixa de ser o “firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (Hebreus 11:1), e passa a ser o “resultado visível da prosperidade material” na vida de alguém.
Não é coincidência, então, qualquer semelhança com a corrente filosófica hegemônica na modernidade, o utilitarismo, cujo lema maior é que “os fins justificam os meios”.
Não há dúvida de que o reino de Deus já é para esse mundo, mas pelo andar da carruagem, parece ser apenas para esse mundo, segundo o que alguns "evangélicos" pregam.
Não basta ter fé, é preciso exercitá-la, alegam.
O sacrifício de Jesus já não é suficiente, é preciso sacrificar-se de novo para garantir uma salvação para aqui e agora, salvação que se traduz em bens e posses, carro do ano na garagem, e polpudos recursos na conta bancária.
O que deveria ser espiritual tem que ser expresso em valores materiais visíveis e palpáveis, numa ânsia sem fim por um bem-estar real que dê ao crente o conforto de uma vida tranquila, em que Deus seja apenas um detalhe, um nome que se usa como mantra para espantar o mau-olhado.
Assim, Deus foi reinventado pelo homem pós-moderno.
Nessa visão, não é mais o homem que depende de Deus, mas o Todo-Poderoso passou a depender do que o homem crê, de suas necessidades, de seus favores, e de sua fé na fé.
Num mundo consumista, Deus passou a ser mais um artigo de consumo, algo que se usa, se abusa e se desgasta com o tempo, e que precisa sempre estar atualizado com o modismo vigente.
O sucesso passou a ser o deus dos novos tempos. Bem... não tão novos assim... a riqueza e o poder continuam fazendo súditos há milênios. Talvez o melhor nome para esse velho “deus” seja egoísmo.
Entretanto, quando se trata da vida cristã, é preciso reconhecer que ela envolve pontos altos e pontos baixos.
Ser cristão não é viver em função de fama, dinheiro, sucesso, poder.
Ser cristão é viver em função de Cristo, como o próprio nome diz. E Ele alertou... "no mundo terei aflições..." (João 16:33).
Paulo disse em Filipenses 4:
11 Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância.Essa é a chave do entendimento do sucesso do cristão... há momentos em que se tem tudo, e há momentos em que não se tem nada.
12 Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito ou passando necessidade.
Muitos já experimentaram e continuam experimentando essa situação muitas vezes na vida.
Há momentos de muito sucesso financeiro, e há momentos da falta dele.
A corrente gospel fashion moderna chamaria isso de fracasso, mas quem é cristão aprende que o Senhor tem um propósito certo para cada ocasião.
E mesmo aqueles momentos que aparentemente são de derrota ou fracasso, o Senhor tem o maravilhoso poder de usá-los e revertê-los em favor dos Seus filhos.
Mesmo nessa situação, um crente pode ser acometido momentaneamente pelo deus do egoísmo.
Afinal, muitos gostam de serem apenas doadores, não só de recursos financeiros, mas de carinho, atenção e afeto.
E quando chega o mau dia, têm que aprender a receber as mesmas coisas que doavam, ainda que não esperassem retribuição das pessoas a quem, eventualmente, houvessem doado alguma coisa, ou ainda de outras pessoas que querem apenas compartilhar o bem que Deus lhes deu.
Uma das experiências mais gratificantes da vida de um cristão é quando outras pessoas querem doar-lhe alguma parte dos seus recursos, da sua atenção, do seu carinho.
Quem retém as bênçãos, ou quer apenas doar num rito sacrifical, e não aprende a receber, está perdendo a grande chance de descobrir as infinitas possibilidades do amor de Deus.
O cristão sabe, por experiência própria, que o Senhor realmente cuida dos Seus filhos, e nada lhes falta.
Talvez, isso represente uma certa crise de consciência e de vivência, pois convivemos com muitas pessoas, mesmo crentes, que vêem no sucesso financeiro um objetivo final de vida e um sinal característico do que eles julgam ser um "verdadeiro cristão".
Chega, então, o momento de rever as convicções.
Ter dinheiro é ótimo, mas não ter também é igualmente ótimo... pois é mais uma oportunidade para ver o poder de Deus agindo e intervindo nesse pequeno mundo carente da presença dEle.
Como disseram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei Nabucodonosor, em Daniel 3, se o Senhor quiser nos livrar da fornalha, tá tudo bem, mas se Ele não quiser nos livrar, tá tudo bem também...
A Ele toda a glória!