A briga entre Edir Macedo e a Folha de S. Paulo continua e promete novos rounds. Agora, nas denúncias de evasão de divisas a Folha de S. Paulo passou a se referir à Igreja Universal do Reino de Deus pela sigla Iurd, e não mais com as maiúsculas IURD, como era conhecida até então. A mensagem não tão subliminar assim é que o Edir Macedo dirige uma igreja universal do reino de deus com todas as letras minúsculas, como se fosse uma sátira ao fato dela não ser tão universal assim, ter um reino restrito e servir a um deus pagão qualquer (talvez o dinheiro). Tudo bem que o diretor da Folha, Otávio Frias Filho, seja ateu convicto, e tenha até proporcionado um momento constrangedor quando, logo após a morte do seu pai, Octávio Frias de Oliveira, tenha escrito e publicado uma carta aberta ao bispo - D. Manuel Parrado Carral - que celebrou a missa de 7º dia que sua mãe havia encomendado ao pai, dizendo que ele era agnóstico, esquecendo-se que, dentro da tradição da família, aquele era um momento de reunião dos amigos e parentes para a celebração da memória do pai, já que, cá entre nós, é pra isso que servem essas ocasiões, e não para diatribes ateístas ou agnósticas. Entretanto, também cá entre nós, não deixa de ter uma certa dose de razão a Folha ao escrever a sigla com letras minúsculas. A IURD (ou Iurd, escolha!) prega um deus genérico que ninguém sabe exatamente qual é, mediante o qual se tem acesso a um reino de poder material no mundo presente, aqui e agora, daí não se entender bem em que sentido ela pretende ser universal ou mesmo igreja.