A julgar pelo estrago que a nova geração de "evangélicos" anda fazendo com este nome que um dia teve respeito no Brasil, Jesus deve estar voltando mesmo. Maranata!
É tanta inversão de valores, tanto materialismo, tanta desfaçatez, que nem vergonha eles sentem mais.
Depois da "oração da propina" do mensalão do DEM de Brasília, passando pela nobre estirpe dos "traficantes evangélicos", agora tem corrupto envolvido no escândalo do desvio de verbas da merenda das escolas de São Paulo que pede oração para um tal "pastor" a fim de que dê tudo certo com suas tramoias.
Sim, é isto mesmo o que você leu, por incrível que pareça tem "pastor" estuprando o idioma (com o futuro no gerúndio, "vou estar orando") e abençoando ladrões que roubam a comida de crianças pobres nas escolas públicas do Estado de São Paulo, segundo noticia a Carta Capital:
Pastor “abençoou” propina do merendão do PSDB
Interceptação telefônica autorizada pela Justiça mostra que investigado estava preocupado com entrega
Interceptações telefônicas realizadas durante as investigações da máfia da merenda em São Paulo mostram que um vendedor da cooperativa Coaf pediu a benção de um pastor para transportar 80 mil reais em propinas. O vendedor Carlos Luciano estava preocupado porque um mês antes um outro integrante da quadrilha havia sido preso com 95,5 mil reais quando se aproximava da cidade de Taiúva, interior do estado.
Na chamada realizada no dia 18 de novembro às 17h16, Carlos Luciano conversa com um pastor sobre a entrega. Carlos diz que está “angustiado” em função da remessa. O pastor responde “não é só você não, amanhã vamos ficar nóis (sic) tudo ansioso esperando a resposta”. Carlos diz que está levando uma “comissão” de 80 mil reais a uma “pessoa de confiança” e seria “onça sobre onça”, possivelmente se referindo a notas de 50 reais. Carlinhos diz esperar a “benção de Deus”.
O vendedor diz que “vai estar orando” e o pastor diz que “Deus vai cuidar”. Lopes acabou sendo preso no início desse ano junto de outros seis investigados. Todos já foram soltos.
Tirando da boca de crianças pobres, a fraude possibilitou só no ano passado ganhos de pelo menos 25 milhões de reais. Tudo ia muito bem, até que a gula dos merendeiros foi ficando cada vez maior, e brigas internas sobre quem levaria a maior parte desse bolo fez um integrante da cooperativa realizar a denúncia em uma delegacia de polícia.
A denúncia deu origem à operação Alba Branca, que apura o envolvimento direto de Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa paulista, dos deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).
Nesta semana foram autorizadas a quebra de sigilo de Capez e de seus assessores. Todos já negaram as acusações.
Até o momento já foram citados em depoimentos e interceptações telefônicas os nomes dos secretários da Casa Civil do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido; da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte Nogueira e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald do governo Alckmin.