sexta-feira, 12 de agosto de 2016

As religiosas ilhas Fiji valem ouro no rugby olímpico


Após 92 anos de ausência, o rugby voltou a fazer parte do programa olímpico no Rio de Janeiro 2016.

Até então, a última vez em que o esporte havia sido incluído numa Olimpíada foi em Antuérpia 1924, e isto na versão tradicional do rugby, com 15 jogadores de cada lado.

A reintrodução da modalidade nos Jogos Olímpicos se deu na versão Sevens, em que 7 jogadores de cada time disputam a partida em tempo bem menor do que o da versão de 15, o que permite dois ou três jogos no mesmo dia, facilitando o encaixe do rugby no apertado calendário de duas semanas de disputa.

As potências estiveram presentes no Rio de Janeiro. Estavam lá a Grã-Bretanha, berço do rugby, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Argentina, entre outros, mas quem levou o título pra casa foi a delegação das Ilhas Fiji, ex-colônia britânica que fica no meio do Pacífico.

As Ilhas Fiji têm pouco menos de 1 milhão de habitantes, com uma distribuição religiosa bastante democrática.

Convivem lá 57 % de cristãos (a maioria protestantes), 34 % de hindus e 7 % de muçulmanos, todos muito zelosos de sua fé, como se viu ontem no final do jogo em que as Ilhas Fiji massacraram a Grã-Bretanha por 43 a 7, na disputa pela medalha de ouro, a primeira medalha (de qualquer metal) conquistada numa Olimpíada pela nação insular.

Quem viu a premiação pela TV se surpreendeu ao perceber que o hino nacional de Fiji é uma versão do hino cristão "Olhando para Cristo" (nº 579 do hinário Cantor Cristão, por exemplo), originalmente composto por Charles Austin Miles com o título Dwelling in Beulah Land.

Confira o hino de Fiji:


E veja abaixo a reportagem da Al-Jazeera sobre a repercussão do título olímpico nas ilhas da Oceania:




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