sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Iconoclastas sem causa

Neste mundo de simplificações absurdas e reducionismo doentio, sempre aparece alguém, geralmente ateu, para apontar o dedo nos crimes praticados em nome da religião. 

Afinal, ser iconoclasta é fácil.... é só sair por aí destruindo templos e dogmas, o difícil mesmo é propor algo em troca.... se é verdade que a religião produz aberrações, também é verdade que produziu muita coisa boa, como a caridade e o respeito aos direitos humanos, baseado no Direito Natural, que é, em essência, uma releitura humanista dos princípios religiosos. 

Se é verdade que os religiosos foram, por muito tempo, coniventes com a escravidão e o desrespeito aos povos indígenas, também é verdade que o movimento de respeito a esses direitos começou dentro da própria igreja, 3 séculos atrás. 

Jonathan Edwards (1703-1758), que foi um grande pregador puritano, pregou um sermão clássico chamado "Pecadores nas Mãos de um Deus Irado", mas foi também o primeiro missionário entre os índios norte-americanos. 

Ao entrar em contato com esse mundo indígena, passou a defender a idéia do respeito a esses povos e sua cultura, o que lhe resultou uma perseguição dentro da própria igreja, mas se ele não tivesse começado esse movimento tão precocemente na história da humanidade, seria muito provável que os indígenas do mundo estivessem extintos totalmente hoje em dia. 

O tragicômico é que os que atacam os problemas (reais) da religião, se esquecem convenientemente de delatar os problemas daqueles que a atacaram, como o regime ateu de Stalin e Mao Tse Tung que mataram juntos algo em torno de 100 milhões de pessoas. 

O ateu Pol Pot, com suas 3 milhões de vítimas no Comboja, é fichinha perto deles... mas vamos varrer esses crimes anti-religião pra baixo do tapete, não é mesmo?!

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