por Philip Yancey:
No final da vida, Henri Nouwen disse que a oração se tornou para ele principalmente um momento de "ouvir a bênção". "A verdadeira "obra" da oração", disse, "é ficar em silêncio e ouvir a voz que fala coisas boas a meu respeito". Isso pode parecer auto-satisfação, admitiu, mas não é quando significa se ver como o Amado, alguém em quem Deus escolheu habitar. Quanto mais ele ouvia essa voz, menos inclinado ficava a julgar seu valor pela forma como os outros o tratavam ou pelo que já havia conquistado. Ele orava para que a presença interior de Deus se expressasse em sua vida diária, enquanto comia e bebia, falava e amava, brincava e trabalhava. Buscava a liberdade radical de uma identidade ancorada em um lugar "acima de todos os elogios e acusações humanas".
Também descobri que a oração significa muito mais que dizer a Deus o que quero que faça. Significa, principalmente, colocar-me num lugar em que Deus possa "renovar minha mente", em que eu possa absorver minha nova identidade como o Amado de Deus, a qual Deus insiste ser minha porque creio.
Numa analogia audaciosa, Kathleen Norris inverte o ponto de vista que normalmente atribuímos a Deus:
"Certa manhã de primavera, vi um jovem casal com uma criança no portão de embarque do aeroporto. O bebê olhava intensamente para as outras pessoas e tão logo reconhecia um rosto humano, não importava de quem fosse, se jovem ou velho, bonito ou feio, aborrecido, alegre ou preocupado, ele reagia em total deleite.
Era lindo de se ver. Nosso monótono portão de embarque tinha se transformado no portão do céu. Enquanto observava essa criancinha brincando com qualquer adulto que assim permitisse, senti-me como Jacó tomado de assombro, porque percebi que é assim que Deus olha para nós, fixamente em nosso rosto para se deleitar, para ver as criaturas que ele criou e chamou de boas, junto com o resto da criação. E, como diz o salmo 139, as trevas não são nada para Deus, que consegue olhar através de qualquer mal que tenhamos feito em nossa vida e enxergar a criatura feita à imagem divina.
Desconfio que apenas Deus e as crianças amadas conseguem enxergar dessa maneira."
(Philip Yancey, em “O Deus (In)Visível”, Ed. Vida, pág. 158)
No final da vida, Henri Nouwen disse que a oração se tornou para ele principalmente um momento de "ouvir a bênção". "A verdadeira "obra" da oração", disse, "é ficar em silêncio e ouvir a voz que fala coisas boas a meu respeito". Isso pode parecer auto-satisfação, admitiu, mas não é quando significa se ver como o Amado, alguém em quem Deus escolheu habitar. Quanto mais ele ouvia essa voz, menos inclinado ficava a julgar seu valor pela forma como os outros o tratavam ou pelo que já havia conquistado. Ele orava para que a presença interior de Deus se expressasse em sua vida diária, enquanto comia e bebia, falava e amava, brincava e trabalhava. Buscava a liberdade radical de uma identidade ancorada em um lugar "acima de todos os elogios e acusações humanas".
Também descobri que a oração significa muito mais que dizer a Deus o que quero que faça. Significa, principalmente, colocar-me num lugar em que Deus possa "renovar minha mente", em que eu possa absorver minha nova identidade como o Amado de Deus, a qual Deus insiste ser minha porque creio.
Numa analogia audaciosa, Kathleen Norris inverte o ponto de vista que normalmente atribuímos a Deus:
"Certa manhã de primavera, vi um jovem casal com uma criança no portão de embarque do aeroporto. O bebê olhava intensamente para as outras pessoas e tão logo reconhecia um rosto humano, não importava de quem fosse, se jovem ou velho, bonito ou feio, aborrecido, alegre ou preocupado, ele reagia em total deleite.
Era lindo de se ver. Nosso monótono portão de embarque tinha se transformado no portão do céu. Enquanto observava essa criancinha brincando com qualquer adulto que assim permitisse, senti-me como Jacó tomado de assombro, porque percebi que é assim que Deus olha para nós, fixamente em nosso rosto para se deleitar, para ver as criaturas que ele criou e chamou de boas, junto com o resto da criação. E, como diz o salmo 139, as trevas não são nada para Deus, que consegue olhar através de qualquer mal que tenhamos feito em nossa vida e enxergar a criatura feita à imagem divina.
Desconfio que apenas Deus e as crianças amadas conseguem enxergar dessa maneira."
(Philip Yancey, em “O Deus (In)Visível”, Ed. Vida, pág. 158)
ola irmao helio! aqui e o lucas. que linda a reflexão! gostei muito. lembrando agora de um sobrinho meu que tem 11 meses de vida. ele ri e brinca independente de quem chega ate ele. as vezes ficamos complexados com as nossas falhas, mas ha um deus de misiricordia, que independente de tudo nos ama e nos deu seu filho unigenito para nos salvar. deus não olha diretamente para nossas falhas,(ainda que ele nao inocente) mas sim pelo nosso coraçao. abraço
ResponderExcluirOlá, mano Lucas!
ResponderExcluirEsta meditação me lembra do Salmo 131:
"Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos; não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim.
Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo.
Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre."
Abraço!