Todos nós – cristãos realmente convertidos a Cristo - temos amigos queridos que seguem doutrinas, digamos, exóticas. Verdade seja dita: talvez eles pensem o mesmo de nós, já que tivemos oportunidade de compartilhar com eles a nossa fé. Afinal, muitos que se dizem cristãos adotam também práticas esdrúxulas e esotéricas, como banhos de sete águas, suor ungido, “unções” animais, sopros demolidores, e algumas versões piratas de lutadores de videogame. Essa constatação os anima a nos enviarem algumas mensagens igualmente fantasiosas, como aquela que diz que tatuagens e piercings prejudicam a alma a encontrar seu caminho na transmigração que, segundo dizem, todas as almas fazem.
No fundo, tanto os esotéricos como os pseudocristãos têm uma característica semelhante: o desejo mórbido de controlar o seu próprio destino mediante uma disciplina que mostra aos outros uma certa aparência de sabedoria, de autocontrole, de inteligência superior. Nada que Paulo já não houvesse previsto (e advertido) aos colossenses (2:23), “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne”. A preocupação de Paulo, na época, era o início de um movimento ainda incipiente e que cresceria muito nas primeiras décadas da Igreja, contra o qual o Espírito Santo reservou o apóstolo João para combatê-lo mais direta e veementemente: o gnosticismo.
Guardadas as devidas proporções em relação ao gnosticismo original, fundamentalmente ser gnóstico não é nada mais, nada menos, do que alegar ser dotado de um conhecimento especial sobre a divindade e a transcendência que o torna superior aos demais (pobres) mortais. Cada um à sua maneira, o ser humano tem a tendência atávica de controlar o seu destino e buscar a qualquer custo superá-lo quando a – inevitável – morte chegar. É a constante luta por transcender as limitações naturais da vida, o que é perfeitamente compreensível, mas não exatamente sábio. O cristão que entendeu a mensagem do evangelho sabe que nada é, e entrega a sua vida (e a sua transcendência, portanto) nas mãos da divindade cristã, onde se sente plenamente acolhido e garantido. Não vê em si nenhum bem ou obra que lhe permita conseguir, por outros meios que não a fé, superar o destino fatal de toda a humanidade. Já os esotéricos e pseudocristãos não se conformam com este fato insofismável, e, portanto, precisam crer em manifestações materiais, visíveis, palpáveis, de que estão conseguindo trilhar o caminho progressivo de conhecimento que – ainda que inconscientemente – se propuseram. Necessitam doentiamente de provas físicas de que estão no rumo certo, ainda que esta comprovação se dê por uma espécie de iluminação espiritual autossugerida, que produz, no entanto, resultados numa vida piedosa (ou religiosa) facilmente percebida pelos outros. Criam para si uma espécie de “pedágio divino”, em que recebem tíquetes comprovantes de cada quilômetro vencido, e têm verdadeiro gozo em mostrá-los aos outros, como se estivessem dispostos a repartir gotas da “autoridade” sapiencial que alcançaram e que lhes permite, na sua imaginação, controlar o seu destino numa espécie de programa de milhagem celestial.
Para o cristão convicto, entretanto, não há meio termo nem negociação com o gnosticismo, ou, pelo menos, não deveria haver. Nosso destino e nosso futuro estão completamente nas mãos de Deus. Somos somente salvos pela fé no sacrifício redentor de Jesus Cristo, e fora disso nada sabemos ou pretendemos, senão viver uma vida consagrada a Ele, fundamentada na Sua Palavra, em que unicamente Ele dita os passos do nosso crescimento e autoridade, segundo lhE aprouver. Quanto aos gnósticos, só podemos pedir a Deus que lhes abra os olhos, e lhes faça ver que nada neste mundo se compara a viver uma vida dependente exclusivamente da graça do Pai. Isto, sim, é a verdadeira sabedoria e transcendência.
No fundo, tanto os esotéricos como os pseudocristãos têm uma característica semelhante: o desejo mórbido de controlar o seu próprio destino mediante uma disciplina que mostra aos outros uma certa aparência de sabedoria, de autocontrole, de inteligência superior. Nada que Paulo já não houvesse previsto (e advertido) aos colossenses (2:23), “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne”. A preocupação de Paulo, na época, era o início de um movimento ainda incipiente e que cresceria muito nas primeiras décadas da Igreja, contra o qual o Espírito Santo reservou o apóstolo João para combatê-lo mais direta e veementemente: o gnosticismo.
Guardadas as devidas proporções em relação ao gnosticismo original, fundamentalmente ser gnóstico não é nada mais, nada menos, do que alegar ser dotado de um conhecimento especial sobre a divindade e a transcendência que o torna superior aos demais (pobres) mortais. Cada um à sua maneira, o ser humano tem a tendência atávica de controlar o seu destino e buscar a qualquer custo superá-lo quando a – inevitável – morte chegar. É a constante luta por transcender as limitações naturais da vida, o que é perfeitamente compreensível, mas não exatamente sábio. O cristão que entendeu a mensagem do evangelho sabe que nada é, e entrega a sua vida (e a sua transcendência, portanto) nas mãos da divindade cristã, onde se sente plenamente acolhido e garantido. Não vê em si nenhum bem ou obra que lhe permita conseguir, por outros meios que não a fé, superar o destino fatal de toda a humanidade. Já os esotéricos e pseudocristãos não se conformam com este fato insofismável, e, portanto, precisam crer em manifestações materiais, visíveis, palpáveis, de que estão conseguindo trilhar o caminho progressivo de conhecimento que – ainda que inconscientemente – se propuseram. Necessitam doentiamente de provas físicas de que estão no rumo certo, ainda que esta comprovação se dê por uma espécie de iluminação espiritual autossugerida, que produz, no entanto, resultados numa vida piedosa (ou religiosa) facilmente percebida pelos outros. Criam para si uma espécie de “pedágio divino”, em que recebem tíquetes comprovantes de cada quilômetro vencido, e têm verdadeiro gozo em mostrá-los aos outros, como se estivessem dispostos a repartir gotas da “autoridade” sapiencial que alcançaram e que lhes permite, na sua imaginação, controlar o seu destino numa espécie de programa de milhagem celestial.
Para o cristão convicto, entretanto, não há meio termo nem negociação com o gnosticismo, ou, pelo menos, não deveria haver. Nosso destino e nosso futuro estão completamente nas mãos de Deus. Somos somente salvos pela fé no sacrifício redentor de Jesus Cristo, e fora disso nada sabemos ou pretendemos, senão viver uma vida consagrada a Ele, fundamentada na Sua Palavra, em que unicamente Ele dita os passos do nosso crescimento e autoridade, segundo lhE aprouver. Quanto aos gnósticos, só podemos pedir a Deus que lhes abra os olhos, e lhes faça ver que nada neste mundo se compara a viver uma vida dependente exclusivamente da graça do Pai. Isto, sim, é a verdadeira sabedoria e transcendência.