Todas as pessoas que, como eu, tiveram que cuidar de um ente querido em situação terminal por vários anos, sabem dos problemas que a situação lhes confronta, mas também conhecem a riqueza de alma e espírito que se ganha ao participar da luta incessante de um ser humano pela vida.
Por isso é tão comovente a história de vida de Edwarda O'Bara, que terminou na última quarta-feira, depois de impressionantes 42 anos em coma.
O seu apelido carinhoso era "Branca de Neve", por isso nada melhor do que homenageá-la com a ilustração ao lado.
Que família maravilhosa ela teve, que não desistiu nunca de estar lá, ao lado dela, cuidando da sua melhor sobrevivência diante do quadro gravíssimo que ela enfrentou.
A notícia foi publicada no Terra:
"Branca de neve": americana morre após 42 anos em coma
A paciente há mais tempo em coma no planeta morreu na quarta-feira, em Miami, após 42 anos na condição. Edwarda O'Bara ficou conhecida como "Branca de Neve" e tinha 59 anos. As informações são do jornal Daily Mail.
Edwarda entrou em coma aos 16 anos devido à diabetes. Na manhã de 3 de janeiro de 1970, ela acordou com muita dor porque a forma oral de insulina que ela tomava não estava chegando ao sangue. Ela foi levada ao hospital e, segundo a família, teria dito à mãe: "prometa que você não vai me deixar sozinha".
A mãe, Kaye, cumpriu a promessa a até 5 anos atrás, quando morreu e, desde então, a irmã de Edwarda, Colleen, passou a cuidar dela em sua casa. Colleen deixou o emprego para poder se dedicar à nova tarefa. "Eu não pensei duas vezes. Ela é minha irmã", conta à reportagem.
Entre os cuidados, a "Branca de Neve" precisava ser virada a cada duas horas, receber insulina e ser alimentada por um tubo. Colleen conta que falava constantemente com a irmã e acreditava que ela ouvia cada palavra.
Colleen diz ter mantido a esperança sobre a condição da irmã, mas ela notou nos últimos dias que ela tinha dificuldade em receber comida. Na quarta-feira, ela diz que saiu do lado de Edwarda para pegar um café. Quando voltou, a irmã já havia falecido. "Ela então fechou seus olhos e se juntou à minha mãe no céu", diz Colleen.